quinta-feira, dezembro 31, 2009

Até o próximo ano!!

É difícil fazer uma retrospectiva do ano inteiro, já que 365 dias é muito tempo para relembrar todas as coisas boas e ruins que passamos. O que sei é que chego hoje, no último dia do ano, com as minhas três principais metas concluídas: o reconhecimento da minha cidadania italiana, ter conhecido pelo menos uma parte da Europa e estudado um pouco por lá, isto tudo com muita saúde, paz e felicidade, com a graça de DEUS!!

Sem contar nas dezenas de pessoas maravilhosas que cruzaram o meu caminho neste ano, e, novamente, agradeço aos céus por isto. Quando se está sozinho achar amigos sinceros é maravilhoso.

O ano que vem quero, acima de tudo, estes três itens (saúde, paz e felicidade). No mais, penso fazer de 2010 um ano de estudo. E trabalho (isto se eu não ganhar na mega-sena daqui a pouco, rsrs), porque, infelizmente, as minhas reservas ($$$) estão no fim. Mas o mais importante será terminar o ano com uma carga de conhecimento bem maior do que entrei, já que precisarei disto para meus objetivos a partir de 2011.

Sendo assim, seguem algumas metas:

- Ficar fluente no inglês;
- Conseguir uma boa nota no exame do IELTS;
- Conhecer mais alguns lugares novos da Europa e/ou do Brasil;
- Dar pelo menos uma passadinha na Itália, afinal sou italiano (e preciso exercer a minha cidadania em cidades como Veneza e Roma, rsrs);
- Ler, pelo menos, um livro por mês;
- Assistir de 12 a 18 filmes no cinema (parece uma meta pequena, mas para o ano que estou programando será um desafio);
- Não deixar o meu italiano enferrujar;
- Fazer novas amizades tão boas como as que eu fiz este ano;
- Manter viva as antigas amizades;
- Assistir o maior número possível de partidas da Copa do Mundo;
- Escrever mais de 51 posts aqui no blog, já que esta foi a marca alcançada neste ano;

Tá bom, né?? Vamos fazer o balanço daqui um ano.

Para você, leitor deste espaço, muito obrigado por me aguentar estes 365 dias e espero ver todos novamente por aqui nos próximos 365.

Feliz Ano Novo a todos!! Um grande abraço!!

quarta-feira, dezembro 30, 2009

Top 10 Cidades Européias - Parte 2

Aí está a segunda parte:

05 – Paris, França

Paris dispensa apresentações. Tem um charme único. Aliás, a França o tem e Paris é apenas a sua maior representação. É tudo muito grandioso. Desde a Torre Eiffel, com os seus 324 metros de altura, passando pelo Museu do Louvre, com 35 mil objetos históricos, e terminando em Versalhes e o seu Palácio de pacos 11 hectares. E Paris é muito mais do que estes três marcos. Tanta coisa que uma semana é pouco para estar na capital francesa. Talvez um mês, mas o melhor seria morar lá por um ano ao menos.

04 – Roma, Itália

Roma é Roma. Difícil explicar esta frase, só estudando a história e percorrendo as suas ruas. Uma cidade que começou cidade, se transformou no maior império da história, foi abandonada, queimada diversas vezes, virou propriedade do Papa, voltou a ser peça importante de um outro império e hoje é capital de um dos mais belos países do mundo. Precisa dizer mais? Andar por Roma é ter aula a céu aberto. É se surpreender a cada esquina e a cada monumento.

03 – Barcelona, Espanha

Toda vez que penso em Barcelona, lembro-me de chegar às 3 horas da manhã, pegar o metrô e ver um grupo de pessoas voltando de alguma balada, dançando e cantando no meio do vagão. A capital da Catalunha é jovem, bonita e cheia de surpresas. Tem atrativos que vão das praias às montanhas. Aliás, uma visita matutina ao fabuloso Park Güell mostra muito bem o que é estar em Barcelona. Criativa e singular, e sem aquele caos de cidade grande, apesar de contar com mais de 1,5 milhões de pessoas.

02 – Mônaco, Mônaco

Estar em Mônaco é estar em um mundo à parte. Imagine uma cidade-país entre a praia e a montanha, cheio de lugares maravilhosos, onde só existam milionários e turistas com muita grana. E tudo isto aberto a nós, pobre mortais, que podemos até mesmo alugar um carro e dar uma volta pelo circuito de Mônaco da Formula 1, já que a corrida se passa nas ruas da cidade. Da praia da para ver todo o principado, com uma orla que dispensa comentários. Só não é melhor porque não traduz a realidade do mundo, infelizmente.

01 – Veneza (Venezia), Itália

Tem quem adora e quem deteste. Como eu estou no primeiro time, um dia ainda quero entender as críticas que ouço de uma cidade que é única no mundo, em todos os sentidos. Onde ruas são canais, e calçadas são pequenas passarelas que dão acesso a um verdadeiro labirinto de becos onde não se perder é impossível. E se perder é o melhor do passeio, já que há tanto o que ser encontrado. Quem nunca foi não tente imaginar como é. Com certeza fará uma idéia errada, já que não se parece com nenhum outro lugar. Belíssima. Grandiosa. Obrigatória. Única.

segunda-feira, dezembro 28, 2009

Top 10 Cidades Européias - Parte 1

Em vários posts anteriores fiz promessas de rankings que nunca foram concretizados. Agora, no apagar das luzes de 2009, até como uma forma de retrospectiva dos lugares que estive, apresento a relação das dez melhores cidades que conheci este ano.


Critérios? Nenhum especificamente, fica por conta do que vi, apreciei e senti. Subjetivo, é claro, mas qual ranking não é?


10 – Assisi (Assis), Itália


Esta cidadezinha me surpreendeu bastante. Resolvi visitá-la por dois motivos: o primeiro por ser a terra natal de São Francisco de Assis, e o segundo por estar tão perto de Perugia (apenas 20 minutos de trem), local onde morei por um

mês. Lá descobri que também é terra de Santa Clara. Caminhar por suas ladeiras é relaxante. Uma verdadeira cidade medieval que ainda hoje guarda fortes traços daquele tempo. Antes de ir embora assisti uma missa no santuário de São Francisco, em uma câmara subterrânea, onde ficam os seus restos mortais.


09 – Lucca, Itália


Capital da província homônima, Lucca guarda dentro de suas muralhas as surpresas de uma cidade que foi colônia romana a partir de 180 a.C. As mais variadas lojas de marcas famosas parecem querer contrariar a arquitetura antiga que insiste em nos transportar para os seus primórdios. Andar pelas ruas sem rumo foi um dos passeios mais agradáveis que fiz na Europa. Melhor ainda, sentar na sarjeta, tomar uma cerveja e ficar apreciando as suas igrejas e torres depois de um dia de caminhada. Indescritível.


08 – Milão (Milano), Itália


Dizem que Milão não passa de um local cheio de gente engravatada, apressada, com muito pouco do que se ver. Nada disso. Um passeio pelas ruas, uma visita a um de seus parques, uma passada por antigos monumentos que cruzam as principais avenidas, vão te surpreender. Sem falar no fabuloso Duomo, de arquitetura gótica, e na galeria Vittorio Emanuele, ao lado. Milão não é, claro, uma cidade cheia de marcos históricos, como Roma, mas o contraste do moderno com o antigo faz desta cidade ponto obrigatório.


07 – Florença (Firenze), Itália


Não preciso dizer o porquê Florença é fantástica. Berço do Renascimento, a cidade respira arte e cultura. Foi sobre as suas ruas que vários artistas, arquitetos e pensadores concretizaram as suas obras que influenciaram tanto a história do mundo ocidental. O seu maior expoente, sem dúvida, é Leonardo da Vinci, que além de artista e pintor era também cientista e inventor. Parada obrigatória na Galleria degli Uffizi, um dos museus mais importantes do mundo, onde há destaque para as obras de Sandro Botticelli.


06 – Londres, Inglaterra


Londres se traduz na diversidade cultural. É só pegar o metrô e contar o número de línguas diferentes que você vai ouvir. Resultado de anos em que foi ‘capital do mundo’, cidade mais importante do poderoso Império Inglês. Hoje as oportunidades de emprego e de instrução atraem milhares de pessoas todo o ano. Isto sem falar nos turistas que abarrotam a cidade para conferir, além da cultura, a sua arquitetura única e as várias peculiaridades (como os carros com direção na direita, ou os ônibus de dois andares).


No próximo post, as cinco primeiras. Confiram!!

sexta-feira, dezembro 25, 2009

Uma música para o Natal

Talvez o Natal seja a data festiva que mais pode ser expressada por meio de músicas. Há tantas que caracterizam a comemoração do nascimento de Jesus Cristo, data sagrada para todos nós, cristãos. Por isto, para comemorar mais um Natal, quero deixar uma canção não tão famosa como Jingles Bells ou Noite Feliz, mas belíssima. Na voz de Ivan Lins, composta por ele próprio e o goiano Tavinho Daher:

Um Natal Brasileiro

Voa, voa, passarinho
Pousa de mansinho
No cartão-postal
Canta, conta, Padrezinho
Como que seria
Um feliz Natal

Que o Betinho imaginou
E que o povo tem de cor
Esquecer que dura só um dia
Lembrar velhas canções
Que um ano se anuncia
Mais paz nos corações
Beijar quem lhe faria
Feliz o seu Natal






Um feliz NATAL a todos!!

segunda-feira, dezembro 21, 2009

Toca pra Morrinhos!!

Posso girar o mundo, mas nada me dá mais prazer do que viajar pelo meu próprio Estado. O interior de Goiás é algo mágico, com sua culinária fantástica, pessoas simples e educadas e aquela sensação de vida bucólica que as cidades do interior nos conseguem transmitir em poucos minutos.

Neste último final de semana tive um motivo mais do que especial para deixar a capital e rumar ao sul do Estado, mais precisamente a Morrinhos. Mesmo nos 'cafundó do Judas' (não tem termo melhor para definir a distância entre o Brasil e a Europa), a minha amiga Juliana Luiza lembrou deste que vos fala e me convidou para seu casamento. Não poderia deixar de ir, não é mesmo??

Apesar de ter tido muito mais contato com a Juliana, que foi minha colega de faculdade durante o curso de jornalismo, considero muito também o seu, agora, marido, Danilo. Desde a primeira vez que eu o conheci já deu para perceber que o cara é gente finíssima. A festança (e que festa!!) foi a cara dos dois: animada, descontraída e divertida.

Lá ainda tive ainda a oportunidade de rever mais três amigos dos quais já estava com bastante saudades: o casal Anapaula (minha ex-colega de Tribuna do Planalto), o seu marido Alysson e a Cristiane, que também cursou jornalismo com a gente. Soma-se ainda a esta turma o Rodrigo, companheiro de todas as horas e viagens (rsrs).

Só posso deixar aqui os meus votos sinceros de felicidades, saúde, paz, harmonia e tudo mais de bom para o mais novo casal morrinhense que, apesar de se estabelecerem em Goiânia, não vão deixar nunca de 'tocarem para Morrinhos!!'.

sexta-feira, dezembro 18, 2009

Allora??

Depois de dois posts futebolísticos, só me vem a mente uma palavra: "Allora??". Do italiano, significa "Então??", e abre uma janela no diálogo para que haja uma conclusão, explicação ou decisão, do falante ou por parte do interlocutor.

Faz pouco mais de duas semanas que estou novamente no calor de Goiânia. E haja calor!! Depois de quase seis meses na Europa me vem em mente o constante e, muitas vezes, irritante "Allora??".

Já tenho um plano pré-formulado para o ano que vem, vamos ver como as coisas acontecem até fevereiro, já que fico aqui no Brasil pelo menos até o início deste mês. Até lá, que coisa fazer?? Allora??

Tenho descansado muito e estudado um pouco. Não quero perder o pouco de italiano que aprendi nestes últimos meses e, pensando nisto, comprei alguns livros e uma gramática ainda em Perugia. Estou trabalhando com eles. Já tomei a decisão de que 2010, seja como for, será um ano de estudos. Só espero que as necessidades financeiras e laborais não me desanimem.

Mas o "Allora??" que mais me preocupa é em relação ao futuro profissional. Não só a mim, pelo que percebo conversando com as pessoas ao meu redor. Hora de ativar um antigo projeto que está no fundo do baú? Talvez. Mais um motivo para mim voltar com tudo para os estudos.

Por tudo isto, não vou esperar 2010 chegar para começar a por em prática as resoluções de ano novo. Voltei com as relações de livros lidos e filmes assistidos no lado direito deste blog. Estes indicadores podem parecer uma vaidade do titular de um espaço como este, mas ajuda muito na auto cobrança. É tão triste chegar em agosto, por exemplo, e ver que só tem dois livros na lista.

Ainda tem muita coisa que quero escrever sobre 2009. A começar por alguns rankings que já prometi há um tempão. Allora?? Então, neste blog 2010 já chegou, mas 2009 ainda não acabou.

terça-feira, dezembro 08, 2009

Campeonato Brasileiro 2010

O Campeonato Brasileiro de futebol terminou no último domingo, 6, consagrando Flamengo, Vasco, América-MG e São Raimundo-PA, nas quatro divisões disputadas. Com o fim da competição, a nova ordem do futebol nacional parta 2010 já está automaticamente pronta.

Todo ano eu gosto de fazer o balanço de como estão as divisões e como foi o progresso (ou retrocesso) em relação à participação de Estados e Clubes. Este ano vou compartilhar aqui no blog estas estatísticas. Confiram:

Campeonato Brasileiro 2010 - Série A

Atlético-GO (Promovido Série B 2009)
Atlético-MG
Atlético-PR
Avaí-SC
Botafogo-RJ
Ceará-CE (Promovido Série B 2009)
Corinthians-SP
Cruzeiro-MG
Flamengo-RJ
Fluminense-RJ
Goiás-GO
Grêmio Barueri-SP
Grêmio-RS
Guarani-SP (Promovido Série B 2009)
Internacional-RS
Palmeiras-SP
Santos-SP
São Paulo-SP
Vasco-RJ (Promovido Série B 2009)
Vitória-BA

Estados participantes:

Em 2009: 9 (33,33%)
Em 2010: 9 (33,33%)

Clubes por Estado:

Estado X(Y)

X: Número de times em 2010
Y: Número de times em 2009

São Paulo - 6(6)
Rio de Janeiro - 4(3)
Minas Gerais - 2(2)
Rio Grande do Sul - 2(2)
Goiás - 2(1)
Bahia - 1(1)
Paraná - 1(2)
Ceará - 1(0)
Santa Catarina - 1(1)
Pernambuco - 0(2)

Comentário: Com a ascenção do Atlético-GO, o Estado de Goiás entra em posição de destaque e terá mais times na série A do que outros Estados mais tradicionais, como Bahia e Paraná. A participação dos Estados ainda é muito pequena, já que apenas um terço terão jogos da série A, e o eixo Rio-São Paulo ainda será dominante (com metade dos participantes).

Campeonato Brasileiro 2010 - Série B

América-MG (Promovido Série C 2009)
América-RN
ASA-SE (Promovido Série C 2009)
Bahia-BA
Bragantino-SP
Brasiliense-DF
Coritiba-PR (Rebaixado Série A 2009)
Duque de Caxias-RJ
Figueirense-SC
Guaratinguetá-SP (Promovido Série C 2009)
Icasa-CE (Promovido Série C 2009)
Ipantinga-MG
Náutico-PE (Rebaixado Série A 2009)
Paraná Clube-PR
Ponte Preta-SP
Portuguesa-SP
Santo André-SP (Rebaixado Série A 2009)
São Caetano-SP
Sport-PE (Rebaixado Série A 2009)
Vila Nova-GO

Estados participantes:

Em 2009: 12 (44,44%)
Em 2010: 12 (44,44%)

Clubes por Estado:

Estado X(Y)

X: Número de times em 2010
Y: Número de times em 2009

São Paulo - 6(5)
Minas Gerais - 2(1)
Pernambuco - 2(0)
Paraná - 2(1)
Rio de Janeiro - 1(2)
Distrito Federal - 1(1)
Goiás - 1(2)
Bahia - 1(1)
Rio Grande do Norte - 1(2)
Sergipe - 1(0)
Ceará - 1(2)
Santa Catarina - 1(1)
Rio Grande do Sul - 0(1)
Paraíba - 0(1)

Comentário: Na série B a participação dos Estados melhora um pouco, mas ainda não chega aos 50%. São Paulo será mais uma vez o Estado predominante, com mais de um quarto dos times. As outras vagas estão espalhadas por mais 11 Estados.

Campeonato Brasileiro 2010 - Série C

ABC-RN (Rebaixado Série B 2009)
Águia de Marabá-PA
Alecrim-RN (Promovido Série D 2009)
Brasil de Pelotas-RS
Campinense-PB (Rebaixado Série B 2009)
Caxias-RS
Chapecoense-SC (Promovido Série D 2009)
Criciúma-SC
CRB-AL
Fortaleza-CE (Rebaixado Série B 2009)
Gama-DF
Ituiutaba-MG
Juventude-RS (Rebaixado Série B 2009)
Luverdense-MT
Macaé-RJ (Promovido Série D 2009)
Marília-SP
Paysandu-PA
Rio Branco-AC
Salgueiro-PE
São Raimundo-PA (Promovido Série D 2009)

Estados participantes:

Em 2009: 13 (48,15%)
Em 2010: 14 (51,85%)

Clubes por Estado:

Estado X(Y)

X: Número de times em 2010
Y: Número de times em 2009

Rio Grande do Sul - 3(2)
Pará - 3(2)
Santa Catarina - 2(2)
Rio Grande do Norte - 2(0)
Minas Gerais - 1(2)
São Paulo - 1(2)
Pernambuco - 1(1)
Rio de Janeiro - 1(0)
Distrito Federal - 1(1)
Alagoas - 1(2)
Ceará - 1(1)
Mato Grosso - 1(2)
Acre - 1 (1)
Paraíba - 1(0)
Maranhão - 0(1)
Sergipe - 0(1)

Comentário: Das três séries de 20 times, é a mais 'democrática', já que em 2010 pouco mais da metade dos Estados participarão. Isto se deve à regionalização do campeonato. Rio Grande do Sul e Pará terão o maior número de participantes, mas a maioria dos Estados possuirão um time apenas.

Campeonato Brasileiro 2010 - Série D (Confirmados)

Confiança-SE (Rebaixado Série C 2009)
Marcílio Dias-SC (Rebaixado Série C 2009)
Mixto-MT (Rebaixado Série C 2009)
Sampaio Correa-MA (Rebaixado Série C 2009)

sexta-feira, dezembro 04, 2009

Os grupos da Copa do Mundo 2010

Foram sorteados há poucos minutos os oito grupos da Copa do Mundo 2010, que será disputada na África do Sul. Confiram as chaves comentadas:

Grupo - A

África do Sul
México
Uruguai
França

Sem dúvida o grupo da morte da competição. Para infelicidade dos anfitriações, que deverão ter vida curta no torneio. México, Uruguai e França brigarão por duas vagas, com um leve favoritismo por parte da equipe européia.

Grupo - B

Argentina
Nigéria
Coréia do Sul
Grécia

Grupo relativamente fácil para los nuestros hermanos. Já as outras três seleções farão uma disputa equilibrada pela segunda vaga.

Grupo - C

Inglaterra
Estados Unidos
Argélia
Eslovênia

A chave mais fácil da Copa é a dos ingleses. A Eslovênia, que surpreendeu ao eliminar a Rússia, tem tudo para ficar com a segunda vaga, se não houver surpresas.

Grupo - D

Alemanha
Austrália
Sérvia
Gana

Este grupo é complicado. Austrália é a mais fraca, mas a Alemanha terá que ter cuidado contra Sérvia e Gana.

Grupo - E

Holanda
Dinamarca
Japão
Camarões

Tranquilo para a Holanda, 100% durante as eliminatórias e primeira seleção a se classificar para a Copa. A Dinamarca tem tudo para ficar na segunda posição.

Grupo - F

Itália
Paraguai
Nova Zelândia
Eslováquia

Gostei do grupo da Itália. Deverá se classificar em primeiro. Paraguai e Eslováquia brigarão pela segunda vaga.

Grupo - G

Brasil
Coréia do Norte
Costa do Marfim
Portugal

Acredito que a dificuldade do Brasil será escalonada. Estreiará em um jogo tranquilo (Coréia do Norte), pegará em seguida uma boa seleção africana (Costa do Marfim) e terminará contra Portugal, que não fez uma boa eliminatória, é verdade, mas é sempre uma equipe difícil. Aposto em Brasil e Portugal com chances para Costa do Marfim.

Grupo - H

Espanha
Suíça
Honduras
Chile

Não acredito em dificuldades para a Espanha, apesar de não ser um grupo fácil. Vejo Suíça e Chile brigando pela segunda vaga.

A Copa do Mundo 2010 - África do Sul terá início no dia 11 de junho de 2010, em Joanesburgo, com o jogo África do Sul X México. A Itália, atual campeão do mundo, estréia dia 14 de junho, na Cidade do Cabo, contra o Paraguai. Já o Brasil inicia a sua campanha um dia depois, contra a Coréia do Norte, também em Johanesburgo, palco da final no dia 11 de julho.

sexta-feira, novembro 27, 2009

Como aprender uma língua estrangeira

Há alguns meses atrás, mais precisamente em janeiro deste ano, escrevi um post sobre os desafios de aprender um novo idioma. Ao pesquisar os tópicos mais visitados do blog, me surpreendi ao ver que este estava entre os mais populares.

A razão, porém, não é nenhuma surpresa. Aprender uma língua estrangeira é tão importante hoje em dia quanto difícil. Partir do zero e chegar à fluência é o sonho de qualquer estudante, mas a grande maioria fica no meio do caminho. Razão? Penso que poucos têm noção do que é necessário para se tornar um falante em outro idioma.

Com tudo isto é quase uma obrigação da minha parte interromper a série de viagens européias para passar um pouco da minha experiência em aprendizado de língua estrangeira.

Dois atributos necessários para se aprender de fato uma língua estrangeira: disciplina e prática. Esqueçam o que vocês vêm a respeito de propagandas de escolas de idiomas, que prometem fluência em poucos meses. Não há fórmula mágica. Língua é vivência, prática. Quanto mais se pratica, mais rápido estará falando.

É aí que entra a disciplina. A grande maioria dos estudantes não mora no país onde se fala o idioma-alvo. O que fazer? Encaixar a prática de idiomas no dia-a-dia. Ver filmes, ler livros, visitar sites na internet, escrever qualquer coisa, até mesmo pensar ou falar sozinho, tudo isto faz a grande diferença no caminho da fluência.

Cursos de idiomas são muito importantes, mas, se tratando de aprendizado de língua estrangeira, eles não vão fazer o trabalho sozinho. Disciplina é a palavra. Se você não fizer a sua parte, a sua situação não melhorará. Lembre-se sempre disto antes de gastar rios de dinheiro com aulas e, no final, se lamentar por ter aprendido muito pouco.

Então, como fazer? A melhor forma, é claro, é se mudar para um país onde se fala a língua desejada, entrar em um bom curso e ficar por conta de estudar, sem contato com outros idiomas, principalmente com a sua língua materna. Fácil, né? Claro que não.

Quero deixar aqui uma humilde sugestão para quem quer realmente aprender a falar um idioma. Não apenas faça um curso, mas pratique a língua todos os dias, nem que seja um pouquinho por dia. Faça todas as lições e leia bastante. Preste atenção no fundamento de cada língua, já que é muito comum chegar lá na frente e perceber que não aprendeu direito alguma coisa elementar. Com certeza fará falta. Neste caso, volte você mesmo e supra esta lacuna.

Quando estiver em vias de terminar o nível intermediário é hora de investir um pouco mais no aprendizado. Tire umas férias, viaje até o país onde se fala o idioma e faça um curso, mesmo que seja por um mês. Até pouco tempo atrás eu pensava que era dinheiro jogado no lixo, mas não é. Hoje tenho certeza: é fundamental. Um mês longe da sua língua materna, falando, ouvindo, lendo e escrevendo um outro idioma faz maravilhas.

Se você não tem nenhuma possibilidade de realizar uma experiência deste tipo, não desanime. Muitas pessoas conseguem se tornar fluentes sem pisar fora do seu país natal. Só que, neste caso, você precisará de doses mais fortes de disciplina e prática. Quase uma overdose, para falar a verdade. Mas, lembre-se sempre: quanto mais você praticar, mais rápido ficará fluente.

Bons estudos!!

Em tempo: Terminei hoje o meu curso de um mês de língua e cultura italiana, na Università per Straniere di Perugia. Não, ainda não falo perfeitamente o italiano, e ainda cometo muitos erros, mas já sinto uma certa fluência, o que me animou muito. Em um mês fiz praticamente a carga horária de dois semestres de um curso tradicional no Brasil. A universidade, aliás, é muito boa e recomendo a todos que queiram aprender este idioma.

sábado, novembro 21, 2009

Bruxelas e o Tintin Tour

Já havia feito todo o roteiro. Sairia de Roma, passaria por Venezia, Barcelona e voltaria a Roma no dia 30 de setembro. Passaram-se mais alguns dias e eis que a Ryanair resolve fazer outra boa promoção. Dou aquela olhada sem compromisso e acho para este mesmo dia um vôo Barcelona (Girona)-Bruxelas (Charleroi) por um euro. Me animei.

Por que ir até a Bélgica, pequeno país ao norte da França que fala três línguas (francês, neoladês e alemão) totalmente estranhas para mim, e que não é incluso no mapa turístico europeu? O motivo eu tinha, era só encontrar uma passagem de volta. Hummm..... Não tinha Charleroi-Roma, mas achei Charleroi-Torino (Turim), para o dia 3, exatamente quando eu precisava. Não pensei duas vezes e dois euros mais pobre havia incluído Bruxelas no meu roteiro.

Ah sim, o motivo. Fácil, Bruxelas é a terra de Tintin, personagem criado pelo cartunista belga Hergè. Tintin é conhecido no Brasil, principalmente, pela série animada produzida no início dos anos 90 e que foi veículada principalmente pela TV Cultura nesta década. O personagem-herói, porém, deu suas caras muito antes, em diversas publicações de histórias em quadrinhos, hoje com versões brasileiras pela Editora Companhia das Letras e disponíveis nas melhores livrarias.

Georges Prosper Remi, ou apenas Hergè (pseudônimo que se origina do som das letras iniciais do seu sobrenome e nome, R e G, nesta ordem), começou sua carreira no Petit Vingtième, suplemento infantil do quotidiano católico Le Vingtième Siècle. São nas suas páginas que nasce em 1929, Tintin, o repórter aventureiro que protagoniza 24 histórias até 1983, ano da morte de Hergè.

No início as histórias de Tintin eram muito ingênuas, com uma visão eurocentrista e, de certa forma, racista. As primeiras aventuras do herói, como Tintin no País dos Sovietes, Tintin no Congo e Tintin na América retratam bem a falta de visão das verdadeiras demandas sociais do mundo. Graças a sua amizade com Chang Chong-jen, um jovem chinês que estudava escultura na Bégilca, Hergè conseguiu visualizar seus erros e passou a escrever histórias de denúncias sociais, como O Lotus Azul e A Ilha Negra.

Um de seus grandes trabalhos foi sem dúvida Tintin no Tibet, que conta a perseverança e o valor da amizade por parte do herói, que desafia a maior cadeia de montanhas do mundo, e todos os alertas das pessoas à sua volta, atrás de seu amigo Chang(o amigo chinês de Hergè também era personagem), que havia sofrido um acidente de avião. Na época Hergè teve uma grande desilusão e a obra foi uma forma de reafirmar o seu verdadeiro sentimento em relação a amizade.

Cresci assistindo Tintin e até hoje brinco que ele é minha inspiração jornalística. O que não é brincadeira é a minha fascinação por todas as suas aventuras e a sua facilidade de entrar sempre em confusões e conseguir sair mais forte de cada situação. Tintin é um misto de aventura e mistério, que ultrapassa às suas histórias e chega a criar questões sobre o próprio personagem.

Enfim, depois desta grande introdução, vamos aos fatos da minha viagem. Inversamente a Barcelona, para mim Bruxelas seria uma cidade calma, bonita e acolchegante. Errei feio. O frio faz a capital da Bélgica ficar pouco atraente. Não falo apenas da temperatura, mas dos costumes do povo belga. É possível entrar em um metrô cheio e não ouvir uma voz sequer? Em Bruxelas é.

Não sabia muito sobre Bruxelas, e fui descobrindo conforme andava pela cidade. O lugar mais bonito é sem dúvida a Grand Place, praça medieval que sedia a prefeitura e o palácio real. Mas se não fosse pelo meu Tintin Tour sairia realmente desapontado da cidade. Procurei pela internet tudo relacionado ao personagem e pus os pés na estrada.

Os dois melhores pontos é, sem dúvida, o Museu de História em Quadrinhos e o Museu Hergè. Este último não fica em Bruxelas, mas em Louvain-La-Neuve e é necessário pegar um trem. Com o meu fracês 'perfeito', cheguei até o atendente e falei "Bonjour", seguido de insistentes apontadas para o panfleto que dizia o nome da cidade. Ele entendeu.

O museu é relativamente grande e vale a pena reservar uma tarde para vê-lo mais atentamente. Como não havia NENHUMA placa de 'proibido fazer fotos' pus a câmera para funcionar. Não tinha muita gente no museu e como ninguém fazia fotos, comecei a ficar meio constrangido. Só tirava quando não tinha ninguém vendo. Já que não tive problemas, liguei o 'deixa disto' e passei a ser menos discreto.

Quando percebi, um segurança (pequeno, a vontade foi de sair no braço, rsrs) me informou que era proibido tirar fotos. Dei um ok, e continuei vendo o que via. Ele se voltou novamente a mim e pediu para apagar a foto que tinha feito. Apaguei e continuei a visita. Foi quando ele me pediu para apagar TODAS as fotos que havia feito (foi nesta hora que quase avancei). Com muito mal humor fui apagando, uma por uma, pensando em um jeito de burlar aquele cara. Como não me veio nada em mente, acabei perdendo as fotos. Se tivesse parado na parte que estava tirando discretamente ficaria com algumas, pelo menos. É, quem tudo quer nada tem. Menos mal: no museu de história em quadrinhos havia muita coisa legal e fiz várias fotos lá.

Problemas à parte, a visita no museu Hergè é uma verdadeira viagem à vida do cartunista. Dá para perceber toda a importância que os belgas dão ao seu mais importante herói. E em dúvida é um belo passeio para quem conhece, e não conhece, Tintin.

No dia 3, peguei o avião direto a Torino, com a intenção de alugar um carro e descer até Roma. Masssss.... Isto é assunto para um próximo post.

quarta-feira, novembro 04, 2009

Barcelona: a cidade 'quase' perfeita

O que falar de Barcelona? Ela é tudo que eu pensava que Bruxelas seria, e vice-e-versa. O que significa isto? Pelo seu tamanho e centro importante da Espanha, achei que a cidade fosse um caos, como quase a totalidade das grandes cidades. Errei feio.

Já Bruxelas pensava ao contrário. Um centro pequeno, de um país minúsculo, reconhecido por sua organização. Tinha esperanças de encontrar uma cidade calma, limpa, bonita, segura e tranqüila. Errei feio.

Meu objetivo, porém, não é comparar duas cidades tão diferentes. Deixarei Bruxelas para um outro post, já explicando porque fiz tanta questão de visitá-la.

Acho que posso resumir Barcelona pela minha chegada. Como já escrevi aqui, meu avião atrasou cinco horas em Treviso e eu cheguei de madrugada a Girona, onde pousam os vôos da Ryanair.

Fui todo o trajeto imaginando como chegaria ao meu albergue, longe do centro da cidade. Tinha três desafios a minha frente. Primeiro, haver ônibus de Girona a Barcelona. Depois, conseguir um transporte público para chegar ao albergue. Por último, o albergue ainda estar aberto, aceitando check-in.

Não me preocupava muito com o primeiro. Como estes transfers do aeroporto para a cidade são orientados pelos horários dos vôos, tinha fé que teria lá um ônibus à espera. E assim foi.

Depois de uma hora e meia de estrada, cheguei a Estação Norte de Barcelona, onde enfrentaria a pior situação: procurar um ônibus para o meu albergue, no meio da madrugada e numa cidade grande e desconhecida.

Na saída já comecei procurar um bom lugar para dormir, ali mesmo no chão da estação, quando me chamou a atenção algumas pessoas que entravam no túnel do metrô. Pensei: “O que estará havendo, já que certamente o metrô está fechado”? É claro, fui atrás.

Que surpresa ao me deparar com a estação aberta e meia dúzia de pessoas comprando bilhetes. Ainda estava incrédulo, mas também fui lá comprar. Passei a catraca e só acreditei que pegaria um metrô as DUAS da manhã quando o trem parou de frente a mim e abriu a porta.

Era sábado, talvez isto explique o horário tardio de funcionamento do transporte público, não sei. Logo que entrei, fiquei mais surpreendido ainda quando eu vi um grupo de jovens cantando e dançado no meio do metrô (é claro, depois de uma biritinha). Alguns dias depois descobri que aquela cena resumi Barcelona.

A capital da Catalunha é cheio de energia. Não só não dorme, como tudo é motivo para festa. Imaginem uma cidade grande, bem arquitetada, com praia e montanha, onde as ruas são tranqüilas, cheia de eventos e belos monumentos.

Lá se destacam as obras do arquiteto Antonio Gaudì, como a catedral da Sagrada Família (ainda em construção, com previsão de término em 2020) e o Parque Güell. Este último é maravilhoso, situado em cima de uma montanha dá para ver toda Barcelona e respirar ar puro. Entre suas subidas e descidas, as obras naturalistas de Gaudì. De tirar o fôlego (e não falo só dos barrancos).

Barcelona é uma cidade ‘quase’ perfeita. Digo ‘quase’ porque um centro de 1,5 milhões de habitantes deve ter algum ponto negativo forte. Não consegui detectar nenhum nos quatro dias que ali fiquei. Roteiro mais do que obrigatório para quem vem a Europa.

sexta-feira, outubro 30, 2009

Nas ruas de Monte Carlo

Apesar de ser um espaço para poucos, a Fórmula 1 é um universo fascinante. De todas as corridas, sem dúvida, a mais aguardada do ano é o GP de Mônaco, por seu charme e glamour. No Brasil ele ficou ainda mais famoso depois das seis vitórias do inesquecível Ayrton Senna, cinco de forma consecutiva (1989-1993).

A prova ocorre nas ruas de Monte Carlo, uma fração de Mônaco. Ela inicia em uma reta que curva para a direita, vira na Saint Devote, segue até a subida do Casino, entra na parte do Mirabeau Haute e Bas (a curva mais famosa), desce até o túnel. Na saída, passa pela chicane, parte para o Tabac e o mergulho da piscina. Para completar ainda tem a curva da Rascasse e a Antony Noghes, que leva os pilotos novamente à reta inicial.

Por ser nas ruas da cidade, é muito fácil dirigir neste circuito. Basta pegar um carro e se aventurar no trânsito. No nosso caso, alugamos um em Marseille e rumamos para Mônaco, tendo sempre em mente, claro, este famoso trecho.

Não podíamos de deixar de fazer um video. Este ficou a cargo do Rodrigo. A Erika ficou no banco de trás só observando e anotando todas as contas dolorosas da nossa aventura. E eu guio vocês todos, a partir de agora, pelas ruas de Monte Carlo.

terça-feira, outubro 27, 2009

De volta ao blog

Depois de um mês viajando por cinco países diferentes, eis que voltei a fixar residência, agora em uma nova cidade. Ontem pela manhã cheguei em Perugia, onde pretendo aprimorar o meu italiano durante o próximo mês. É a minha última escala nesta passagem pela Europa, já que em dezembro, se DEUS quiser, volto ao Brasil.

No início da minha maratona até que tentei manter o blog atualizado, mas foram tantos lugares, albergues, hotéis e situações diferentes que ficou impossível escrever aqui. Então, agora mais tranquilo, volto a este espaço para contar o que de melhor aconteceu. Até porque servirá de terapia para mim não enlouquecer sozinho aqui dentro do meu quarto, rsrs.

Só repitulando, a primeira parte desta viagem eu fiz sozinho. Saí de Roma e fui a Veneza (23/09), de lá parti para Barcelona, na Espanha (26/09), e acabei em Bruxelas, na Bégica (30/09).

Da capital da União Européia voltei para a Itália, voando para Turim (03/10), desci novamente a Roma (04/10), de onde eu comecei a segunda parte, desta vez com meus amigos Erika e Rodrigo.

Saímos de Roma, cruzamos a Toscana e fomos a Volterra, cidade etrusca, de mais de 3 mil anos (05/10). Demos um pulo em Florença (06/10) e fizemos uma escala em Gênova (08/10). Daí fomos a Marselha, na França (09/10), fizemos Mônaco, Cannes e Nice (10/10) e chegamos a Paris (11/10). Partimos para Londres (17/10), retornando a Roma (21/10). Se você já se cansou de ler, imagina eu, viajando, rsrs!!

Enfim, nos próximos dias estarei bem afiado aqui no blog, contando o que vi de mais interessante neste pacote todo. Já na próxima oportunidade, um video muito legal, principalmente para quem gosta de Fómula 1.

domingo, outubro 04, 2009

De volta a Itália

Já estou de volta ao bel paese, depois de uma semana em Barcelona e Bruxelas. Duas cidades tão diferentes, mais com contrastes tão impactantes. Deixo para um próximo post as minhas impressões, porque neste momento estou no aeroporto de Fiumicino (Internacional Leonardo da Vinci) a espera de dois grandes amigos meus, a Erika Lettry e o Rodrigo Alves, que chegam daqui a pouquinho.

O tour Ryanair a 1(um) euro foi um sucesso, graças a DEUS. Fiz quatro trechos (Roma Ciampiano-Treviso/Venezia-Girona/Barcelona-Charleroi/Bruxelas-Caselles/Torino), num total de 4 euros, com tudo incluso. É claro que nem tudo foi flores, não pude despachar bagagem, apenas carregar uma pequena bagagem de mão de no máximo dez quilos, mas no final valeu a pena.

Desci em Torino porque não achei promoção de volta para Roma. Até já tinha comprado o roteiro Roma-Venezia-Barcelona-Roma, mas acabei achando melhor incluir a Bélgica. Além da curiosidade de conhecer um país onde todo mundo fala muito bem, é claro que não poderia perder a oportunidade de fazer um Tintin Tour, já que estamos falando da cidade do seu criador, o famoso cartunista Hergè.

Gostaria de ter alugado um carro para descer de Torino a capital italiana, mas por motivos de força maior (limite de cartão de crédito é @$#;*) acabei voltando de trem noturno. Dormi um pouco, mas hoje estou um caco. Preciso de uma noite descente de sono urgente, em uma cama macia e limpa.

domingo, setembro 27, 2009

Ryanair paga para eu voar

A grande maioria das pessoas que já vieram para a Europa, ou que pesquisam sobre companhias aéreas, conhece a Ryanair, empresa de aviação irlandesa famosa por suas ofertas incríveis. Há quase uma semana, este que vos escreve está fazendo um giro voando Ryanair, com trechos comprados por apenas um euro, tudo incluso.

O curioso, porém, ocorreu ontem, sábado, 26, quando me preparava para decolar de Treviso, Itália, rumo à cidade espanhola de Girona, há cerca de 100 km de Barcelona. Cheguei ao aeroporto, passei pela fiscalização, aguardei, entrei na fila, entreguei a passagem e desci as escadas até a porta que dá para a pista. Até aí tudo normal. Por volta das 18:15, horário marcado para a decolagem, uma voz no alto falante anunciou um atraso de meia-hora, por motivos técnicos.

Já descrente, mas ainda incrédulo de que ali seria o início de uma via crucis, subi de volta juntamente com os outros passageiros e esperei o novo horário. Quando o relógio estava perto das 18:45, contudo, o display eletrônico foi atualizado, jogando o nosso vôo para 22:15.

Levantei da onde estava sentado e fui achar um local calmo para tentar conectar à internet wi-fi. Com dor no coração, ainda recebi a última notícia: o avião estava com atraso indeterminado.

Foram uns 20 minutos de mal humor, até quando me conformei e comecei a me divertir com a situação. Já que a internet não funcionava, aproveitei uma tomada embaixo das escadas para carregar a bateria esgotada do meu notebook. Acomodei a minha mochila como um travesseiro e dentei, meio que fechando aquele espaço, delimitando um “home-office” (rs!!).



Fiz de tudo para passar o tempo. Ouvi músicas, joguei paciência, liguei para casa, descansei um pouco. A única preocupação era em relação ao meu destino. Se voasse ainda naquele sábado chegaria de madrugada em Girona, mais de madrugada ainda em Barcelona e teria dificuldades de chegar ao meu albergue já reservado.

Às 21:15, já com três horas de atraso, um novo anúncio. A Ryanair, como forma de atenuar os problemas, ofereceu um voucher de comida aos viajantes entediados. Corri, juntamente com os outros, para pegar o meu.


Eram cinco euros para gastar com lanche e bebidas não-alcoólicas. De imediato fui para a lanchonete e enfrentei uma fila gigantesca para pegar o rango “de graça”. Foi aí que, olhando aquele voucher, me dei conta. Pera lá!! Se eu paguei um euro pela a passagem e a Ryanair me deu cinco para comer, então a companhia está pagando quatro euros para eu voar.

Comi o lanche (muito bom!!) e voltei para o tédio da espera. Pouco depois das 10 horas, um grupo de técnicos chegou no avião que vinha de Londres e começaram a consertar a nossa aeronave. O problema era na porta. Uns 20 minutos bastaram para que tudo se resolvesse. Embarcamos e, com a graça de DEUS, chegamos a Girona a uma da manhã.

quarta-feira, setembro 23, 2009

Veneza: labirinto sedutor

Nao é nada fàcil andar em Veneza. Suas ruas sao tao variadas em tamanho, distancia, curvas e finalidades que aqui, certamente mais do que qualquer outro lugar, eu me senti em um labirinto.

Quem nao se lembra da historia do Minotauro do Labirinto? Pois e, aqui em Veneza eu diria que nao existe uma besta no final das ruas, mas com certeza ha sereias, espalhadas por todo lugar. Estas sim, é o personagem mitologico ideal para esta cidade. No momento que voce adentra as ruas de Veneza, sente uma vontade louca de se perder por ali, como se fosse atraido por um cantico desconhecido.

Como nao se perder por esta cidade tao serena?? Facil!! Como na lenda das sereias, o segredo e enganar os sentidos. Nao olhe para os lados, nao veja nada e nao pare. Pegue o mapa e continue firme para o seu destino. Porque se voce der um passo em falso ira se perder e se apaixonar pelas ruas de Veneza. Assim como milhares de turistas que lontam as suas ruas.

PS: Desculpem a falta de assentos e perdoem a falta de correcao ortografica. Computador europeu e tempo na lan house se esgotando, rsrs.

sábado, setembro 19, 2009

Roma IV - Os monumentos

Outro dia descobri aquela ferramenta que vê o que a pessoa escreveu no orkut para acabar acessando o seu blog. Achei legal que, pelo que escreveram, a maioria das pessoas foram parar em posts que respondiam as suas perguntas. Fiquei feliz por este espaço estar cumprindo bem o seu papel informativo.

Vamos lá para mais um post, digamos, útil? Seguindo a série 'Roma - Aventurações', queria sugerir algumas dicas para quem vem e quer ver o melhor da cidade em pouco tempo. Eis os monumentos indispensáveis em Roma.

Gosto de dividir um passeio na capital italiana em três partes: as piazzas, a região do Coliseu e dos Foruns Romanos, além do Vaticano. Você pode querer saber: dá para reservar um dia para cada um? A resposta: depende do grau de profundidade que você quer ter na sua visita. Explico melhor, parte por parte.

1 - As 'Piazzas'

São quatro que você não pode perder: Repubblica, Spagna, Popolo e Navona. Ficam todas relativamente perto uma das outras, então o acesso não é difícil. O problema, em relação a tempo, é que elas ficam localizadas bem no centro da cidade, no meio de ruas fascinantes, tanto por sua arquitetura, como pelo comércio tentador. Para quem tem $ e quer fazer compras, recomendo a Via del Corso, Via del Tritone, Via del Babuino, além de todas as outras que cruzam estas, como a famosa Via Condotti. Não deixem de ver também as dezenas de igrejas e palácios que existem na região. O Pantheon, perto da Piazza Navona, é visita obrigatória. (Observação depois do post publicado, atualizado 20/09: Como fui me esquecer do que, para muitos, é o monumento mais belo de Roma. A Fontana de Trevi é mais do que obrigatório, é intimação conhecê-la. E jogar uma moedinha, se quiser voltar a Roma. Fica na mesma região das praças).

2 - Coliseu e arredores

Falar de Roma é, sem dúvida, falar do Coliseu. Se você gosta de história e arqueologia, esta é a sua região. Pode-se ver o Coliseu de fora, tirar fotos, apreciar, mas entrar e conferir por dentro não tem preço. Ou melhor, tem, já que o passeio custa 12 euros. Com o mesmo bilhete, porém, dá para entrar também no Palatino e nos Fóruns Romanos. Não deixe de conferir os arcos, principalmente o de Constantino e o de Titus. Logo atrás do Palatino há o Circo Massimo, ou o que restou dele. Lá era onde ocorria as famosas corridas de bigas. Hoje, porém, é apenas um velho campo gramado. Mas vale a pena a visita.

3 - Vaticano

Três são os pontos principais: a Basílica de São Pedro, os Museus Vaticanos e o Castel Sant`Angelo. A Basílica é de graça, mas não se esqueça de ir vestido apropriadamente, com vestes discretas, pelo menos até o joelho, e camisas, ou camisetas, que cubram os ombros. Caso contrário será barrado. Lá dentro passe nas tumbas dos papas e, se tiver com o orçamento em dia, pague 6 euros para subir até a cúpula. Para os museus, dê a volta nas muralhas e pegue a fila quilômétrica. São 14 euros, mas vale a pena. Principalmente pela visita à Capela Sisitina, obra prima de Michelângelo. Há também vários outros museus que você poder visitar com o mesmo ingresso. O Castel Sant'Angelo é 6,5 euros, outra visita que não pode faltar.

E o tempo: vai do gosto de cada um. Acho que o mínimo é um dia para cada área. Mas se você gostar de compras e ar livre, vai querer passar mais tempo nas belas ruelas do centro de Roma. Se prefere história, certamente terá que retornar aos sítios arqueológicos perto do Colisseu. Se ama a arte, não vai passar menos que um dia só nos Museus Vaticanos. Se é muito religioso, vai ficar mais de mês conferindo as centenas de igrejas. A opção é sua.

terça-feira, setembro 15, 2009

Roma III - Prós e contras

Já estou alguns dias na segunda etapa da minha viagem. Depois da cidadania reconhecida, estou passando alguns dias em Roma. Aliás, a capital italiana deverá ser o meu QG até o final desta viagem. Na semana que vem, porém, já parto em um giro por algumas cidades européias. Falarei mais no futuro.

Esta é a segunda vez que venho para Roma. Na primeira fiquei apenas dois dias e foi muito corrido. Contudo, foi sensacional, pois vim com um pessoal muito gente boa que também estão por aqui em busca do reconhecimento da cidadania.

Agora, com mais tempo, estou avaliando melhor a cidade. Como eu já escrevi por aqui, Roma é grande. A riqueza arqueológica é impressionante. As ruas respiram história. É tanta coisa para ver, tocar e sentir que a gente fica até perdido.

Por outro lado, Roma tem um lado muito caótico. O trânsito é terrível. Nos horários de pico há congestionamentos por toda a cidade. Me lembra Goiânia, naquelas tarde insuportáveis, em que cruzar a T-9 é impossível por qualquer rua que se pegue. Roma também tem um problema de falta de limpeza. É uma pena, mesmo sabendo que o lado positivo compensa de longe o negativo.

quinta-feira, setembro 10, 2009

Missão cumprida!!

Após 86 dias desde a minha chegada aqui na Itália, fiz a última visita ao comune (prefeitura) como cidadão extra-comunitário. Depois de anos e mais anos recolhendo informações, documentos, tocando processos judiciais, fazendo telefonemas, enviando e-mails, idas e vindas, espera, espera, e mais espera, finalmente fui reconhecido cidadão italiano. Hoje, dia 10 de setembro de 2009, às 11 horas da manhã (hora de Roma).

Neste momento só posso agradecer a todos os meus amigos, família, parentes, e todas as pessoas que me ajudaram nesta caminhada. Acima de tudo agradeço a DEUS, pela paciencia e perseverança. E, é claro, lembrar do meu avo, João Batista Sartorato (Giovanni Sartorato), italiano de Santa Lucia di Piave, Treviso, que imigrou para o Brasil com poucos anos de idade. Tive o privilégio e a alegria de conhece-lo e estar ao seu lado em várias oportunidades. Muito obrigado vo, e a todos!!

sexta-feira, setembro 04, 2009

Ótima surpresa - Lucca

Quando se pensa em Itália logo vem a mente várias cidades famosas como Roma, Milano, Torino, Pisa, Firenze, Napoli..... Quem nunca viu uma imagem do Coliseu, escutou as histórias da renascencia em Firenze ou ouviu falar da torre inclinada de Pisa? A Itália, porém, é mais do que a imagem criada no consciente coletivo. Como todo país, há jóias escondidas, prontas a serem descobertas.

Apesar de ser a capital de uma província, um leigo nunca pensaria em ir a Lucca, cerca de 30 minutos de trem de Pisa. Desde que cheguei por aqui ouvia falar sobre esta cidade, mas nunca tive vontade de visitá-la. Até que, há algumas semanas, topei em dar um pulo por aquelas bandas.

Lucca foi uma colonia romana que, durante a idade média, viu a construção do mais moderno muro de proteção daquela época. A muralha demorou um século e meio para ser construída e circunda todo o centro antigo. O detalhe mais legal é que não é apenas um muro, mas sim um nível superior, já que a sua espessura é tão grande que em cima há árvores, pequenas casas, área para passeio e até um calçadão. Ele tem cinco quilometros de comprimento e, como nunca foi utilizado em batalha, permanece inteiro até os dias atuais.

Aproveitando a polivalencia dos recursos da internet (rsrs) resolvi fazer alguns pequenos videos para ilustrar o post. Este primeiro é da entrada da cidade.



Já em cima da muralha, dá para ver a cidade do lado de fora e o centro antigo, no lado de dentro.



Explicando um pouco melhor como funciona o muro da cidade.



Mostrando como funciona os portais da cidade, que podiam isolar o centro urbano em caso de guerra.



Novamente em cima do muro, agora em uma outra parte, falando sobre o sistema antigo de vigilancia da cidade.



Nas ruas antigas e estreitas, o charme da cidade de Lucca.



Na Piazza Anfiteatro.



Despedindo de Lucca, passando sob as muralhas.



Fica a dica para quem vem a Itália: tendo um tempinho vale a pena incluir Lucca no roteiro. O tamanho e a arquitetura do local não só nos deixam fascinados como turistas, mas também nos faz bater uma pontinha de vontade até mesmo de fixar residencia em tão belo local.

quarta-feira, agosto 26, 2009

Da série....

Coisas que voce só ve na Europa:


Um homem parou na frente de casa em uma Mercedes, desceu, catou algumas coisas do lixo, colocou dentro do carro e foi embora.

Ia twittar, mas achei que daria mais caracteres do que o permitido, então resolvi escrever um post.

sexta-feira, agosto 21, 2009

Explicações

Dizem que quando o caldo do pobre desanda, a coisa fica preta. Depois de cinco dias de dor de dente, eis que me vem uma dor de garganta. Putz!! Fiquei pensando no que ando fazendo e nos pecados que tenho cometido, enfim, para encontrar uma explicação, rsrs.... Meu DEUS!!

Mas, graças a ELE, tudo 100% de novo. Tirando o calor. Fui sair de Goiania para sofrer de calor na Itália. Macchè!! Ontem a temperatura passou dos 40 graus. O problema é que a temperatura daqui é diferente da de lá. Não sei porque, acho que devido a umidade, a sensação de 30 graus aqui, por exemplo, é muito pior do que em Goiania. Aqui se gasta várias camisas em um só dia.... Voce sai do banho molhado de suor.

No meio do calor, voltando do supermercado, até que tive uma boa surpresa. Pela primeira vez alguém me parou na rua para me perguntar uma direção e eu sabia explicar. Estava fazendo a rótula para entrar na rua de casa, quando uma senhora encostou o seu carro e perguntou: "Para Roma?". Achei muito bom, porque era só ela ir reto que terminaria na estrada, mas eu enchi o peito e incrementei a explicação.

Como aqui é uma região turística, no verão vem MUITA gente de fora. E é claro que quase ninguém sabe andar pela cidade. Já perdi a conta do número de vezes que alguém me parou e eu nem sonhava em saber aonde ele queria chegar, já que também sou novo por aqui.

Pouco depois, já em casa, estava estendendo roupas na sacada quando um outro carro parou e um sr. me perguntou se seguindo reto chegaria no mar. "Chega também, mas é mais fácil voltar e ir pelo centro". Pronto, já estava pós-graduado em informações, rsrs.

domingo, agosto 16, 2009

Aviso aos navegantes

To sem inspiração (para não falar outra coisa, rsrs) para atualizar o blog. Uma dor de dente (ciso) horrível me ataca desde de sexta-feira. Espero estar bem logo para escrever, já que não me faltam assuntos. No início da fila está a visita à belíssima cidade de Lucca.

sexta-feira, agosto 07, 2009

As regras do jogo

Eu sei que já comparei a minha saga pelo reconhecimento da cidadania italiana com o Big Brother, mas a cada dia que passa as semelhanças são tantas que é inevitável voltar ao assunto. As vezes me deito na cama e fico olhando para o alto, a procura das camaras. Não é possível que ninguém esteja assistindo isto. Que desperdício, rs.

Mesmo podendo sair de casa, ver novas pessoas e entrar em novas aventuras, a situação do jogo atual não nos poupa da rotina de não ter nada de produtivo para fazer. Há praga pior para o cérebro do que isto? As vezes acordo angustiado e o sentimento só vai passando com o desenrolar do dia. É, a pior espera é aquela que voce não sabe quando vai terminar.

Menos mal que há toda uma política de relacionamento entre os participantes deste jogo, o que não o deixa tanto monótono. Os sentimentos, porém, muitas vezes, parecem mergulhados em um bojo de liquidificador, pronto para bater. Pode ir do insuportável ao maravilhoso em poucos minutos.

O jogo, enfim, é assim. As regras são estas, o caminho é este. Quando mais chego perto do final, mais ele espicha. É como um labirinto, que voce não sabe quando conseguirá sair. A palavra por aqui é controlar os sentimentos e torcer para que o tempo passe rápido. Espero que consiga atingir a linha de chegada antes que o liquidificador estrague e a massa vaze sobre a pia e respingue no chão.

PS: A série Roma ainda terá outros capítulos por vir. Este post foi só um intervalo.

sábado, agosto 01, 2009

Roma II - O metro

Roma tem duas linhas de metro. A principal é a vermelha, que liga a Estação Termini a pontos estratégicos da cidade, como a Piazza Spagna ou o Vaticano. A secundária é a azul, que cruza com a primeira no Termini e liga os romanos a outros marcos da cidade, como as Estação Tiburtina e Ostiense, o Colisseu e o Circo Massimo.

As linhas C e D já estão planejadas. A C-verde, inclusive, já está em construção, cruzará a linha A nas estações Otaviano e San Giovanni, e a B na estação Colosseo.

Para uma cidade de quase 3 milhões de pessoas, Roma tem uma rede de metro pequena, em comparação às outras cidades da Europa. O fator complicador é que toda a capital italiana é zona arqueológica, e antes de fazer qualquer construção subterranea é necessário estudos e mais estudos. Com isto, é claro, o quilometro do metro fica muito mais caro.

No domingo, 26, utilizei pela primeira vez a metropolitana de Roma, juntamente com um grupo de amigos. Saimos da estação Vittorio Emmanuelle rumo ao Vaticano, estação San Pietro. Entre a primeira e a terceira estação (Repubblica) fiz um pequeno video dentro do trem. Confiram!

quarta-feira, julho 29, 2009

Roma I - A ode

Muito antes deste escriba resolver ir para a Europa, ou até mesmo antes de saber o que era lead ou agenda setting, durante uma aula de cursinho, um professor empolgado disse uma frase que nunca esqueceria: "Roma foi grande!".

Não deixaria aquela frase escapar da minha mente porque foi repetida umas 2.000 vezes durante a aula de história. O cara era pra lá de empolgado com Roma, e achava que a aula dele era a oitava maravilha do mundo. A aula foi legal, mas a frase, sem dúvida, melhor.

Ela, porém, tinha uma falha. Roma não foi grande, Roma é grande. Ou melhor, Roma é surpreendente. Mesmo com tudo o que a gente estuda durante 20 anos de ensino fundamental, médio, e outros, a cidade consegue te causar surpresas a cada esquina. É só virar em uma rua e pode ter certeza que Roma vai te surpreender.

Roma é a expressão do mundo ocidental. Uma cidade que virou império e que depois voltou a ser cidade. Não tem monumentos. A própria cidade é um grande centro histórico cheio de aspectos do mundo. Não só a capital da Itália, mas da nossa própria cultura.

Um labirinto imprevisível. Mesmo com um mapa na mão a probabilidade de voce se perder é grande. E que se perca. Porque se não chegar onde previa, vai se surpreende com outra parte da cidade que nem pensava em ver naquele momento. Roma é assim. Imprevisível. É Roma.

quarta-feira, julho 22, 2009

O bruxo em italiano

Em Goiania já era tradição: segunda-feira, dia de ir ao cinema. Quando fixei a data de vinda para a Itália sabia que não manteria este costume, mas tinha certeza de que o primeiro filme que veria na telona era Harry Potter e o Enigma do Príncipe, ou Harry Potter and the Half-Blood Prince.

Aqui na Itália, porém, o correto não é o primeiro e nem o segundo nome. Naturalmente, se chama Harry Potter e il Principe Mezzosangue. Só que a tradução para o italiano não para por aí. Diferente do Brasil, os filmes exibidos aqui são todos traduzidos. Nada de língua original e de legenda.

Já que moro em um centro pequeno, há apenas dois cinemas na minha cidade. Um deles, acreditem, está fechado devido às férias de verão. Coisa de italiano. O outro só está exibindo um filme em um única sessão diária, às 22:00. Por minha sorte o filme da vez é o do bruxo. Hoje criei coragem e encarei.

Logo na entrada um ponto positivo em relação ao Brasil. O ingresso inteiro custa 6,5 euros, ou seja, bastante acessível para os cidadãos daqui. Na Itália não tem meia, mas sim um preço reduzido que, se não me engano, era de 4,5 euros.

O cinema só tem uma sala, grande e confortável. Tá, o espaço entre filas é pequeno, mas para o meu tamanho sempre é e sempre será, independente do local. A poltrona não tem um encosto muito grande, mas é de veludo e bem fofa.

Notei que era, talvez, a única pessoa que havia ido sozinho. Casais de namorados, famílias, mãe e filho. O cinema por aqui é lazer para grupos. Não diferente do Brasil, é verdade. Antes do filme, música. Não fugindo a atual regra, um repertório inteiro de Michael Jackson.

Queria avaliar a pontualidade. Não estou na Inglaterra, mas mesmo na Itália as pessoas são muito mais pontuais do que no Brasil. Ponto positivo. Exatamente às 21:59 mais 30 e alguns segundos a iluminação abaixou e o filme começou.

Nada de traillers, nem dos famigerados comerciais. A primeira imagem que veio foi o símbolo da Warner Brothers e daí já prosseguiu-se. A tela não era grande e as cortinas para os corredores não foram fechadas, deixando entrar iluminação para dentro da sala. Ponto negativo.

Exatamente na metade do filme a projeção parou. Hora do intervalo. Todos de pé para irem no banheiro, ou comprar mais pipoca.

O meu maior temor era em relação à língua. Ver algo em outro idioma sem legenda não é fácil. A história foi amadurecendo e, se eu não entendia 100%, pelo menos não fiquei perdido em nenhuma parte. É claro que já tinha lido o livro duas vezes, e já conhecia bem a história, mas até mesmo nos trechos que foram enxertados pelo roteirista não tive maiores problemas. Nas piadas a minha moral só aumentava, já que eu conseguia compreender e rir juntamente com a platéia italiana.

Não vou avaliar o filme, até porque estava tão rodeado de coisas novas que preferi me divertir ao invés de 'caçar defeitos'. Aliás, na minha humilde opinião, este foi o melhor livro de todos os sete. Achei falta de uma batalha mais ampla no final, como é narrado por J.K. Rowling. Saí do cinema satisfeito, pronto para a próxima. Desde que, é claro, o enredo não seja tão profundo que meu italiano não de conta do recado.

PS.: Estive um pouco ocupado nos últimos dias, por isto não atualizei. Continuarei com as novidades constantes. Tenho muita coisa para escrever, sobre a minha ida a Pisa, o festival latino-americano em Milão, os banheiros públicos na Itália, as minhas primeiras experiencias como motorista, além das clássicas, como andar de trem na Itália e quanto custa para morar por aqui. Aguardem!!

terça-feira, julho 07, 2009

Manchetes do dia

Já não sou mais um prisioneiro. O vigile passou e agora posso tocar a vida sem restrições aqui na Itália (Se você não entendeu, explico em posts futuros). Para comemorar, fui dar um giro pela cidade. Passei por uma feira semanal, que tem aqui toda a terça-feira, com muita roupa e produtos do tipo 'made in Paraguay'. Só olhei, já que tenho que controlar os meus euros.

Depois do almoço fui na biblioteca. Toda cidade aqui na Itália tem uma biblioteca pública e de qualidade. À disposição para empréstimos tem até filmes em DVD. O acervo não é muito grande, mas de graça até injeção na testa, não é? rsrsrsrs.

Me sentei um pouco para ler o Corriere della Sera, jornal diário milanês, um dos mais respeitados da Itália. Na 'pauta do dia' a principal notícia é a reunião de cúpula do G-8 na cidade de L'Aquila, capital da região de Abruzzo, que em abril último sofreu uma série de infelizes abalos sísmicos que matou centenas de pessoas.

A crise financeira e a interação entre os países deveriam ser os assuntos mais ventilados antes da reunião, mas uma série de novos terremotos, de menores proporções, é verdade, colocou a segurança do próprio evento como prioridade. Por aqui se brinca que só falta o Berlusconi ser o anfitrião de um fim trágico dos maiores líderes do planeta. Enfim, depois de todos os escândalos.....

Um novo pacote que dificulta ainda mais a vida dos imigrantes também é assunto no jornal. Um protesto de 'bandantis' (pessoas que trabalham tomando conta de idosos) abriu uma de suas páginas. Na foto, uma mulher com um cartaz que dizia: "Se eu não trabalho a sua avozinha vai para o hospício". Isto porque um dia antes um dos ministros deu uma entrevista falando que algumas badantis, que são badantis de verdade, vão ter que pagar o preço por aquelas mentem e acabam como prostitutas ou receptoras de drogas. Enfim, o eterno problema de imigração na Europa.

No fim ainda tinha uma reportagem sobre a intenção da Ryanair (maior empresa aérea low-cost da Europa) de transportar pessoas em pé, em seu novo plano de transporte barato. A idéia já é antiga, mas que ninguém se surpreenda se isto realmente vingar. Para aumentar o nível de esquisitice da página, o jornal ainda trouxe, em uma correlata, a história de um passageiro que ajudou a consertar o avião de uma companhia inglesa e evitou um atraso que seria de quase oito horas em seu vôo. Ele, é claro, era engenheiro aeronáutico e foi recebido com aplausos pelo restante dos passageiros. Imaginem só.

sábado, julho 04, 2009

Big Brother..... Itália

Sempre tive uma opinião pouco republicana sobre o Big Brother, programa criado na Holanda e comercializado em todo o mundo pela Endemol. Enquanto vários ‘diplomados’ e politicamente corretos não se cansam de pichar o reality-show, eu vou na contra-mão e consigo enxergar aspectos interessantes.

Você deve estar pensando que falo das bundas estrategicamente bem focadas, ou do prêmio de R$1 milhão, bolada levada pelo último vencedor da versão brasileira. Não. É claro que as ‘traseiras’ das participantes são desejadas, assim como o dinheiro me viria bem a calhar, mas me refiro a algo mais profundo.

A convivência diária e intensiva com pessoas, até então, desconhecidas, e a necessidade da criação de toda uma política de interação e sobrevivência, sempre me cativou. Não escondo que tenho um lado de interesses psicológicos intensos e que uma experiência deste tipo é desejada.

Ainda não fui selecionado para o Big Brother Brasil, Itália, Argentina ou Fim-do-Mundo, mas ando tendo uma experiência interessante aqui no velho continente. Já que não conhecia pessoalmente nenhuma das pessoas das quais estou compartilhando o mesmo espaço, sinto-me no meio de um jogo como o da TV.

Para deixar a coisa ainda mais ‘realista’, há cerca de 15 dias estou meio que confinado em casa, à espera do vigile (tipo de um policial municipal) para a confirmação da minha residência. Não posso sair nos dias úteis, no horário comercial. Quando o relógio chega às 18:30 me sinto como se tivesse terminado o ‘castigo’ do dia.

Por enquanto não tenho enlouquecido. Principalmente porque as pessoas aqui ‘da casa’ são muito gente boa e eu já vim preparado psicologicamente para toda esta situação. Sinto que esta é a primeira, mas não será a última vez que passarei por uma situação deste tipo. Tomara, já que são ocasiões ricas e de aprendizagem. Talvez, sei lá, no futuro, esta experiência possa ser realmente rica, literalmente, rsrs.

quarta-feira, julho 01, 2009

Duas semanas

Completei duas semanas na Italia. Eis alguns aprendizados e observações:

- Mudar de país não quer dizer, necessariamente, revolucionar a sua vida. Mesmo em um local distante a sua rotina pode permanecer quase a mesma;
- Em resumo: a Itália não é tão diferente do Brasil assim. Isto, é claro, analisando o contesto geral;
- Deixar um lugar onde você mora, a sua casa, onde você conhece muita gente, para ir morar em um local desconhecido com um monte de gente que você não conhece pode ser interessante;
- Fazer novas amizades é interessante. É difícil imaginar o quanto é rica a convivência diária com novas pessoas;
- Morar perto da praia não muda muito a vida;
- A melhor maneira de aprender a língua morando em outro país é sair bastante de casa;
- A espera é a pior das angústias;
- Verão na Itália é quente. Troppo quente.
- Uma garrafa de Jack Daniels acaba rápido;
- Lambrusco de 1,5 litro por 1,5 euro é maravilhoso;

quinta-feira, junho 25, 2009

Por que eu não vi o Coliseu?

Depois de uma noite mal dormida eu já sabia que teria que sacrificar algum dos meus planos. Chegaria em torno de uma da tarde em Roma e poderia me mandar para a Toscana apenas no final da tarde. Passaria algumas horas na cidade, tempo suficiente para conferir o seu maior monumento, o Coliseu. Pelo menos este era o meu plano principal.

A viagem entre Lisboa e Roma foi torturante. Desde a decolagem eu só pensava em chegar à capital italiana e não ter que embarcar em mais nenhum avião. Do alto eu vi a linda Sardenha, com suas praias maravilhosas. Senti um alívio gigantesco quando um dos comissários anunciou o pouso.

Demorou para mim pegar as malas. Aliás, o sistema de entrega de bagagens do Aeroporto Internacional Leonardo da Vinci deixa um pouco a desejar. Estava receoso em relação ao meu italiano e já sentia um pequeno medo por estar, pela primeira vez, sozinho em um país que não fala a minha língua.

Logo fui descobrir que meu italiano estava bom. Pouco antes do desembarque fui parado por um policial que me fez as perguntas básicas. Deu uma boa olhada para as minhas malas, mas não as abriu. Me virei bem.

Na saída mais uma prova de que podia ficar um tanto quanto sossegado em relação ao novo idioma. Um motorista de táxi veio me oferecer uma corrida e eu, logo após negar, já emendei: “Dovè la stazione? (Onde é a estação)”. E não é que ele me explicou direitinho, tanto que nem errei o caminho? Comprei uma passagem para o Leonardo Express (que liga o aeroporto a Roma Termini, principal estação da cidade), e embarquei.

Neste momento eu percebi que logo teria um fardo a carregar, literalmente. Levar mais de 30 quilos de bagagem não é brincadeira. Fui descobrir isto na pior hora possível. Não havia outro remédio.

Além da mochila que levava nas costas (com 15 quilos), carregava mais uma mala (14 quilos) e uma mochila (7 quilos) nas mãos. Com o tempo as alças da mala foram ferindo os meus dedos e meus músculos começaram a doer. Imaginem a cena: eu, em Roma Termini, não conseguindo carregar a minha bagagem.

A vontade era largar tudo em um canto e ir embora. Como não era possível, e eu muito apegado às minhas coisas, continuei a carregá-las. Foi inevitável. Quem passou do meu lado, sem dúvida, teve um pouco de dó. Eu carregava as malas durante uns 30 segundos e parava para descansar. Não conseguia ir além. Na somatória dos problemas eu não sabia onde tinha que ir para comprar a passagem de trem e a estação era enorme. Me perguntei mais de uma vez: “o que estou fazendo aqui?!”

Nesta hora já sabia que minha visita ao Coliseu (há alguns quarteirões dali) era inviável. Mesmo se deixasse a bagagem no guarda-volumes, estava esgotado fisicamente. Resolvi economizar alguns euros (oito só para deixar as malas lá na estação), esperar o trem e me mandar para a Toscana. Aliás, da onde eu iria ficar até Roma eram apenas 15 euros, e eu poderia voltar em uma outra oportunidade, com mais calma. Assim deixei a capital italiana, rumo ao norte do país.

sábado, junho 20, 2009

Como irritar um português

Após uns 20 minutos de espera, foi a minha vez de apresentar os documentos. Um novo guichê foi aberto bem na minha vez. Logo após a mulher da minha frente se dirigir ao seu próprio, me dirigi a esta nova porta. Olhei para o oficial português e disse “bom dia!”, mas ele estava entretido conversando com o seu colega ao lado e não respondeu. Apenas pegou o meu passaporte e começou a olhar.

- Bom dia (falou seco, ríspido e rápido), qual é o motivo da viagem (com o mesmo tom)?

- Vou para a Itália reconhecer a cidadania italiana.

Logo fez uma cara de quem comeu e não gostou, e respondeu – Mas isto não se faz aqui, você tem que fazer lá no consulado (já com um humor de quem tinha acabado de acertar o dedão na cama, acentuando o sotaque português).

- Não, eu tenho que apresentar o pedido ao comune italiano – respondi.

- Mas para que você quer a cidadania? (com o mesmo tom)

Neste momento não acreditei que teria que responder aquela questão cretina. Antes, porém, de eu poder pensar em algo educado para responder, ele prosseguiu.

- Você quer a cidadania para vir morar aqui?

- Não sei o que vou fazer com a cidadania. Posso vir. Talvez estudar, mas não sei ainda. (tentei dar um tom de ‘não é da sua conta’).

- Mas por que você pode ter esta cidadania – questionou levantando um pouco a voz.

- Porque meu avô era italiano.

- De onde?

- Treviso, Itália – queria falar ‘Treviso, Vêneto’ mas estava com um misto de nervosismo e muita raiva.

Baixou o olho, esperou uns segundos - Vai ficar quanto tempo?

- Até dia 10 de setembro.

- Até dia 10 de setembro? repetiu com tom de desdenho – Onde vai ficar?

- Em Livorno.

- Você tem parentes aqui?

- Não, vou ficar na casa de um amigo – Desta vez eu antecipei – Eu tenho uma carta, o sr. quer ver?

Ele franziu a testa e, sem olhar para mim, respondeu – Sim, dê-me.

Peguei calmamente a carta na minha mochila e lhe entreguei. Ele começou a analisá-la quando o seu rosto começou a mudar de expressão.

- Mas isto aqui não vale para nada – com olhos cheios de cólera e começando a gritar – Esta em italiano, como que o sr. apresenta uma carta em italiano a um oficial português? Isto serve lá na Itália, mas aqui não. E blá, blá, blá... (começou a falar pelos cotovelos e me dar um sermão monumental).

Eu tinha dois caminhos: esnobar a raiva dele e falar que estou indo para Itália, então a carta tem que estar mesmo em italiano, ou admitir que isto tinha sido um erro. Já que as coisas não estavam boas para o meu lado, preferi a segunda opção.

- É, realmente foi um erro. Eu iria pegar um vôo direto e acabei mudando de última hora.

Mas o oficial não me escutava, continuava reclamando, falando e não me deixava explicar. Sem mais nada o que fazer, olhei para a cara dele, e o esperei terminar.

- Blá, blá, blá, e esta carta não vale nada – parou.

Contorci os lábios para abaixo e abri as mãos como dizendo “o que o sr. quer que eu faço”. Ele respirou fundo, e, pela primeira vez desde que eu havia lhe dado a carta, falou sem gritar.

- O que o sr. faz no Brasil?

A-há, ponto para mim! Desde o início estava esperando esta pergunta.

- Sou jornalista.

- Ah, é jornalista? – questionou novamente fazendo descaso.

- Sim, sou jornalista – E com um só movimento peguei a minha carteira internacional de jornalista e a coloquei entre os seus olhos e o meu passaporte, já que neste momento ele estava analisando o meu documento de viagem.

- Ele a abriu, verificou e não falou mais nada. Olhou para o meu passaporte. Encheu os pulmões de ar, fazendo menção de que falaria algo, mas desistiu. Pegou o carimbo e bateu no meu passaporte.

- Passe – resumiu, com tom de ressentimento e entregando de volta meus documentos, sem voltar a olhar para os meus olhos.

Peguei todos eles e prossegui. Estava dentro.

Em terras portuguesas

Era seis e meia da manhã, horário local, quando desembarquei em Lisboa, capital portuguesa. Fiquei aliviado em esticar as pernas já que havia passado às últimas nove horas sentado em um assento de classe econômica do Airbus A330 da companhia TAP. Só levantei uma única vez, para utilizar o banheiro, já no final da jornada.

Estava com um pouco de sono, já que não tinha pregado os olhos durante o vôo. Mesmo assim, como no Brasil o relógio ainda marcava duas e meia da madrugada, horário que normalmente vou dormir, o cansaço de permanecer em uma poltrona apertada me incomodava mais do que a falta de horas de sono.

Depois de muita confusão, com gente atropelando outras pessoas para descer primeiro (normal no final dos vôos, principalmente os internacionais), atravessei a porta e desci lentamente as escadas até o solo. Apesar daquilo tudo ser estranhamente familiar, já que todas as placas estavam escritas em português e conseguia entender sem nenhum problema o que as pessoas diziam, logo me deparei com uma cena estranha.

Pessoas uniformizadas levantavam placas escritas (Brussels, Paris-Orly, Rome) e gritavam o nome das cidades. “Conexão para Roma, Paris Orly e Bruxelas”, insistiam. Parecia que estava na rodoviária de Goiânia, com um bando de gente gritando “Brasília”, “Goiás” ou até “Mozarlândia”. Ou, se quiserem ir mais a fundo, podemos comparar com a Bolívia, com funcionários das empresas de ônibus gritando o nome das cidades andinas.

Mesmo com um bilhete para Roma em mãos, resolvi ignorar os chamados. Peguei o ônibus e segui para o terminal de passageiros. No meio do caminho cheguei a pensar que tinha feito mal, mas foi só chegar no hall de entrada e já encontrei um outro homem fazendo o mesmo ‘serviço’. Desta vez perguntei, e ele me indicou o lugar na fila da imigração.

A minha primeira impressão de Portugal foi boa. Na imigração havia uma fila apenas para cidadãos de países de língua portuguesa. Confesso que me senti especial, já que ela era um pouco menor, enquanto canadenses, australianos e até estadunidenses tinham que pegar a fila normal. Pena que foi apenas uma primeira impressão.

quarta-feira, junho 17, 2009

Para não se esquecerem

O mundo é mesmo intrigante. Depois de viajar milhares de quilômetros, cheguei em um lugar muito estranho: exatamente pelo fato de ser tão parecido com a minha própria casa. Acho que esta é a principal observação que faço das pouco mais de 24 horas que estou na Itália.

Claro, há várias diferenças, mas, no geral, não muda tanto do Brasil. Tanto que, de vez enquando, me esqueço que estou tão longe da minha cidade. Parece que vou atravessar a rua, pegar meu carro, virar a esquina e chegar na praça Universitária, ou na rua de casa.

A viagem foi ótima, graças a DEUS!! Sair de casa é sem dúvida o melhor combustível para todo jornalista. Em pouco tempo já tenho várias histórias para contar. Vou deixar, porém, para a próxima. Por enquanto fica algumas recomendações, para que ninguém se esqueça, principalmente eu:

- Nunca entrar na Europa por Portugal;
- Dormir bem antes de pegar um vôo de longa duração, já que você não vai conseguir dormir durante a viagem;
- Se o vôo for a noite, prefira poltrona de corredor. Na janela não se vê nada e não dá para esticar as pernas;
- Os 32 kg é apenas o máximo da bagagem que normalmente é permitida em vôo internacional. Ou seja, você pode levar menos. Melhor: nunca leve toda a cota se estiver sozinho.
- Ser jornalista serve para algum coisa (é só uma brincadeira!! Defensores da profissão: eu gosto e também defendo o jornalismo);

sábado, junho 06, 2009

Resumo do Brasileirão - Maio/2009

Rodadas jogadas: 4;

Líder: Internacional – 12 pontos (100% de aproveitamento);
Libertadores: Vitória (9 pontos), Santos (8 pontos) e Náutico (8 pontos);
Rebaixamento: Botafogo (3 pontos), Sport Recife (2 pontos), Atlético-PR (1 ponto) e Coritiba (1 ponto);

Maior goleada até o momento: Fluminense 1 X 4 Santos – 24/05/2009, no Maracanã, Rio de Janeiro;

Ataque mais positivo: Santos - 11 gols
Melhor defesa: Internacional – 1 gol

Pior Ataque: Fluminense, Corinthians e Botafogo – 3 gols
Defesa mais vazada: Coritiba – 11 gols

Melhor público até o momento: 68.217 em Flamengo 2 X 1 Atlético-PR, no Rio de Janeiro, dia 31/05/2009;
Pior público até o momento: 1.939 em Santo André 1 X 1 Botafogo, em Santo André, dia 10/05/2009;

Artilheiro(s): Felipe (Goiás) e Marcelinho Paraíba (Coritiba), 4 gols;

Campeonato Brasileiro - 4a Rodada

Estava devendo, já que devido a escolha das sedes da Copa 2014 os meus posts do Campeonato Brasileiro atrasaram um pouco.

Coritiba 1 X 3 Goiás – O time goiano jogou um primeiro tempo perfeito, jogando pelas duas alas e acertando bem as finalizações. Virou com 3 a 0, com o jogo praticamente definido. No segundo tempo, viu o Coritiba diminuir, mas estancou bem as tentativas de reação dos paranaenses.

Atlético-MG 0 X 0 Santo André – O empate mostra a força do time paulista e abastece ainda mais a tese de que a equipe poderá se manter na série A, para 2010. Mesmo com Celso Roth, o Atlético ainda não se encontrou.

Botafogo 2 X 2 Sport – O time de Recife começou com tudo e logo abriu 2 a 0. A fase, porém, quando não é boa, tudo dá errado. Em casa, o Botafogo foi para cima e conseguiu empatar. Ruim para os dois.

São Paulo 3 X 0 Cruzeiro – O São Paulo barrou medalhões como Hernanes e Dagoberto e o time foi outro em relação à derrota para o mesmo Cruzeiro, dias atrás, no Mineirão, pela Libertadores. Além de tudo mostra que o tricolor é Borges mais 10. O Cruzeiro não se encontrou e terá que repensar muita coisa para o jogo do dia 17.

Santos 3 X 1 Corinthians – Foi a revanche da final do Campeonato Paulista. O Santos tem um time limitado, mas que consegue se superar em certas horas. Já o Corinthians ainda não mostrou ser um time confiável em uma competição longa e de alto nível.

Flamengo 2 X 1 Atlético-PR – Resultado que mostra que o atacante Adriano não poderia entrar em hora melhor no Mengo. Aliás, estrear o artilheiro na mesma época em que se livra do Obina não é para muitos times (rs). Carece de melhor observação. Do lado paranaense, a campanha até o momento liga o sinal amarelo na Arena.

Vitória 1 X 0 Grêmio – O time baiano vem se destacando no início do campeonato e é o melhor dentre os times médios. Bom início pode indicar briga futura por vaga na Libertadores. Já o Grêmio vem pensando mais na Libertadores do que no nacional, o que não poderia ser diferente.

Náutico 1 X 1 Fluminense – O Timbu é a maior surpresa do início do campeonato, mas precisa se reforçar se não quiser cair na tabela. A medida que os times maiores vão se acertando a tendência é o time pernambucano perder fôlego. Já o Fluminense precisa resolver os problemas internos e melhorar o futebol em campo.

Grêmio Barueri 2 X 2 Palmeiras – Repito. Os dois ‘pequenos’ times paulistas deverão ser carne de pescoço durante todo o campeonato. O Palmeiras ainda está em queda livre desde a ótima primeira fase no Campeonato Paulista.

Internacional 2 X 1 Avaí – Pode até parecer um placar magro, mas para quem está priorizando outra competição, com o Inter, somar três pontos é fundamental. Após três empates, o Avaí ainda não mostrou forças para tentar algo maior do que tentar fugir do rebaixamento.

Série B – Destaques para a ótima vitória do Vila Nova (2 a 1) fora, contra o Duque de Caxias, e os 100% de aproveitamento do Guarani, que ganhou do Bragantino, em casa, no último minuto. Depois de ser goleado pelo Vasco, o Atlético perdeu fôlego e empatou em casa com a Ponte Preta (1 a 1). Já o Vasco perdeu a primeira para o Paraná Clube, em Curitiba, mas segue entre os primeiros.
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