sábado, junho 20, 2009

Em terras portuguesas

Era seis e meia da manhã, horário local, quando desembarquei em Lisboa, capital portuguesa. Fiquei aliviado em esticar as pernas já que havia passado às últimas nove horas sentado em um assento de classe econômica do Airbus A330 da companhia TAP. Só levantei uma única vez, para utilizar o banheiro, já no final da jornada.

Estava com um pouco de sono, já que não tinha pregado os olhos durante o vôo. Mesmo assim, como no Brasil o relógio ainda marcava duas e meia da madrugada, horário que normalmente vou dormir, o cansaço de permanecer em uma poltrona apertada me incomodava mais do que a falta de horas de sono.

Depois de muita confusão, com gente atropelando outras pessoas para descer primeiro (normal no final dos vôos, principalmente os internacionais), atravessei a porta e desci lentamente as escadas até o solo. Apesar daquilo tudo ser estranhamente familiar, já que todas as placas estavam escritas em português e conseguia entender sem nenhum problema o que as pessoas diziam, logo me deparei com uma cena estranha.

Pessoas uniformizadas levantavam placas escritas (Brussels, Paris-Orly, Rome) e gritavam o nome das cidades. “Conexão para Roma, Paris Orly e Bruxelas”, insistiam. Parecia que estava na rodoviária de Goiânia, com um bando de gente gritando “Brasília”, “Goiás” ou até “Mozarlândia”. Ou, se quiserem ir mais a fundo, podemos comparar com a Bolívia, com funcionários das empresas de ônibus gritando o nome das cidades andinas.

Mesmo com um bilhete para Roma em mãos, resolvi ignorar os chamados. Peguei o ônibus e segui para o terminal de passageiros. No meio do caminho cheguei a pensar que tinha feito mal, mas foi só chegar no hall de entrada e já encontrei um outro homem fazendo o mesmo ‘serviço’. Desta vez perguntei, e ele me indicou o lugar na fila da imigração.

A minha primeira impressão de Portugal foi boa. Na imigração havia uma fila apenas para cidadãos de países de língua portuguesa. Confesso que me senti especial, já que ela era um pouco menor, enquanto canadenses, australianos e até estadunidenses tinham que pegar a fila normal. Pena que foi apenas uma primeira impressão.

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