Semana passada, estava eu em um posto de gasolina da capital
quando o frentista, após pegar a chave do carro, começou a preparar a bomba
para os R$ 30,00 de álcool que eu havia pedido. Saí do carro, como de costume,
para avaliar o serviço, quando um amigo do rapaz se aproximou e o cumprimentou.
Enquanto ele fazia o serviço, os dois conversavam, até que um assunto me chamou
a atenção:
- Oh rapaz, outro dia capotei o carro. Maior prejuízo.
Tive que pagar R$ 6 mil de conserto. Vendi as minhas férias, peguei um
dinheirinho que tava economizando para arrumar o carro – contou o frentista.
- Ih... É foda demais. O conserto ficou R$ 6 mil?
- Pois é. Foi R$ 6 mil lá na Canaã (Vila Canaã, bairro de
Goiânia famoso por revenda de peças de carros roubados). Lá na Canaã com R$ 6
mil você arruma qualquer coisa (risos).
- Ah, legal (risos). Mas nem me fale em carro. Você ficou
sabendo que roubaram o meu carro? Eu tava lá casa do Manoel (nome fictício)
assando uma carne e quando eu vi não tinha mais nada. Acharam lá depois do
Parque Ateneu, todo depenado. Gastei uns R$ 4 mil para arrumar ele – revelou o
amigo.
Moral 'irônica' da história: todo círculo vicioso só funciona se todos
fizerem a sua parte.
Em tempo: este blog desaconselha compras de peças de
automóveis em desmanches ou ‘robautos’. Lembre-se, a peça que você está
comprando pode já ser sua, ou de um amigo.