sábado, julho 30, 2005

O Jardim e as Borboletas

Olá Pessoas,

Depois de quase uma semana, volto a escrever neste blog. Hoje descobri que o meu computador funciona com áudio no MSN, usando o microfone. Nossa, empolguei. To aqui conversando com a Ana Carol e escrevendo no meu blog. Num sábado a noite, conversando no MSN?? Acho que to precisando mudar de vida, ehehehehehehe.

Mas aluguei uns filmes aqui e vou assistir. Pelo menos isso, né?? To querendo ver se nesse semestre eu mudo minha vida um pouco. Sei lá, to querendo voltar para a aula de Japonês, entrar na academia e começar logo num estágio. Acho que tô precisando de uma renovada. Este semestre foi muito bom, aprendi muitas coisas, mas acabou não sendo completo. Espero rever algumas coisas.

Uma coisa que preciso rever é quanto aos livros de auto-ajuda. Ou melhor, já revi. Quando tiver dinheiro vou comprar uns três. Me identifico demais quando leio lá na Saraiva(pobre, fazer o q??). Acho que só vai me fazer bem. Pelo menos os que ajudam a superar a minha timidez, ahahahaha.

Vou escrever pouco hoje. E para terminar, quero comentar um pequeno poema de Mario Quintana, que achei uma vez na net. Acho que é perfeito para este momento.

"Com o tempo, você vai percebendo que para ser feliz com uma outra pessoa, você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela. Percebe também que aquela pessoa que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, definitivamente, não é o homem ou a mulher da sua vida.

Você aprende a gostar de você, a cuidar de você e, principalmente, a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas ... É cuidar do jardim para queelas venham até você.

No final das contas, você vai achar não quem você estava procurando, masquem estava procurandopor você!"


Mario Quintana

É interessante ler as linhas acima. O mais interessante é tentar seguí-las. Muitas vezes a gente cuida do nosso jardim para uma borboleta específica. E acaba enxotando as outras que vem sobrevoá-lo, perseguidas por sua beleza. Mas, às vezes, a nossa borboleta preferida não está nem aí pro nosso jardim, e você não consegue atraí-la.

Daí você fica sem essa, e sem as outras, que vieram até seu jardim e você não deu a mínima bola. Acaba como um lindo jardim solitário. Temos que tomar muito cuidado. Porque quando percebermos isso, normalmente já é tarde demais. E quando nós quisermos procurar a borboleta excluída, ela pode estar embelezando um outro jardim.

Abração a todos!!

segunda-feira, julho 25, 2005

Crise de Idade

Olá pessoas,

Não sei porque mas gosto de escrever aos Domingos. Mesmo porque, depois da Segunda-Feira, o Domingo é o pior dia da semana, na minha opinião. Então é um bom dia para se tentar ficar menos deprimido possível. E escrever me ajuda muito nesta questão. Amanhã(ou hoje, já que passou da meia-noite) é Segunda, minha última Segunda de férias.

Não vou querer avaliar minhas férias antes que acabem. Tem uma semana ainda pela frente. Mesmo curtas, essas férias tiveram alguns aspectos especiais. Mas, da mesma forma que já estamos vendo nossas férias no retrovisor, ao nosso lado uma placa informa que há um novo semestre pela frente. E daí fico imaginando o que ele reserva para mim.

Assisti um filme no cinema hoje: “A Fantástica Fábrica de Chocolates”. Um remake dirigido pelo grande Tim Burton. Muito bom o filme, e notei algumas coisas especiais. Primeiro que nunca tinha fechado uma fileira inteira do cinema. Isso ocorreu porque estávamos Eu, a Erika, Lorena, Rodrigo, e um punhado de primos e irmãos dele, ehehehehe. Foi muito legal ir de “galera” no cinema.

Agora o filme não me causou tanto impacto. Fiquei meio triste com isso. Porque tenho certeza que significaria muito se eu fosse criança ainda. Sempre gostei de coisas mágicas e de lugares especiais quando tinha apenas um algarismo na minha idade. E isso significa que talvez eu esteja crescendo(risos). Mas falando sério, não gostaria de perder totalmente meu lado infantil. Talvez seja inevitável.

Outro filme que assisti hoje é o super-velho “Nunca fui Beijada”. Nunca tinha assistido. Me identifiquei bastante. Acho que todo mundo que é tímido se identifica com esse tipo de filme. Mas me causou uma coisa meio ruim de pensar que o filme é sobre duas pessoas, uma de 25 e outra de 26 anos, inseridos num universo de jovens com 16 ou 17 anos de idade. Fica parecendo que pessoas com mais de 20 já são extremamente velhas.

Ficar velho me deprime. Mas acho que não devo pensar nisso agora. Mesmo porque eu ainda não sou velho. Acho que tenho que visualizar a maneira de viver o presente da melhor forma possível. Então voltando a pensar sobre o próximo semestre, vou tentar agir mais e pensar de menos. Essa foi uma conclusão(das milhares) que tirei neste 1º. Semestre de 2005. Com certeza um período inesquecível na minha vida.

Terra De Gigantes

Engenheiros do Hawaii

Hey mãe!
Eu tenho uma guitarra elétrica
Durante muito tempo isso foi tudo que eu queria ter

Mas, hey mãe!
Alguma coisa ficou pra trás
Antigamente eu sabia exatamente o que fazer

Hey mãe!
Tenho uns amigos tocando comigo
Eles são legais, além do mais, não querem nem saber
Mas agora, lá fora,
Todo mundo é uma ilha
A milhas e milhas e milhas de qualquer lugar

Nessa terra de gigantes
(Eu sei, já ouvimos tudo isso antes)
A juventude é uma banda
Numa propaganda de refrigerantes

Hey mãe!
Já não esquento a cabeça
Durante muito tempo isso foi
Isso era só o que eu podia
Isso era só que o que queria fazer
Mas, hey mãe!
Por mais que a gente obedeça
Há sempre alguma coisa que a gente
não consegue fazer
Por isso, mãe
Só me acorda quando o sol tiver se posto
Eu não quero ver meu rosto
Antes de anoitecer
Pois agora lá fora,
O Brasil todo é uma ilha
A milhas e milhas e milhas...

Nessa terra de gigantes
Que trocam vidas por diamantes
A juventude é uma banda
Numa propaganda de refrigerantes

Nas garras da águia
nas asas da pomba
Em poucas palavras
No silêncio total
No olho do furacão
Na ilha da fantasia
Quanto vale a vida
Nessa terra de gigantes?

Abraços e fiquem com DEUS,

quinta-feira, julho 21, 2005

Frases I

Decidi que vou divulgar umas frases que encontro pela vida. A primeira é sobre a pior ação do mundo: a indeferença.

"Se teus esforços forem vistos com indiferença, não desanime, pois o sol ao nascer dá um espetáculo indescritível, e no entanto todos continuam dormindo. Portanto, sejamos como o sol, que não visa nenhuma recompensa, nenhum elogio, não espera lucros nem fama, simplesmente brilha!" - Autor Desconhecido

segunda-feira, julho 18, 2005

E a semana passada foi assim.....

Olá Pessoas,

O que acontece quando uma pessoa passa o dia inteiro dentro de casa apenas dormindo, vendo TV e mexendo no computador?? Sei lá, mas eu acho que estou pirando, ehehehe. Antes que isso ocorra deixa eu contar um pouco como está sendo minhas férias. Vou falar um pouco sobre a semana passada.

Domingo – 10/07/2005

Acordei na hora do almoço e fui para o Serra fazer Goiás X Santos. Fiz reportagem do Santos e, mais uma vez, o time que fiz reportagem venceu. Mas foi um jogo MUITO bom. Aquele segundo gol do Santos, que o Gaúcho deu uma voadora e, mesmo assim, não conseguiu evitar o gol, foi coisa de cinema. Depois do jogo Scacha, Adriano e Eu fomos no Bar do Tchê tomar uma. E ver o Vasco perder para o Internacional. Tava um frio do outro mundo aquele dia.

Segunda – Feira – 11/07/2005

Fui com a minha mãe comprar leite no Extra. Estava numa super oferta. O detalhe é que só podia levar uma caixa por pessoa. É impressionante ver, nestas horas, como funciona o jeitinho brasileiro. As pessoas passam várias e várias vezes pelo caixa a fim de poder levar a maior quantidade de leite possível. E eu com minha mãe, é claro, também usamos deste artifício. Eu não concordo com essa limitação de compra. Eu acho que, já que estamos no mundo capitalismo-selvagem, e sofremos com os problemas deste sistema, devemos, pelo menos, poder desfrutar das coisas boas que ele traz, como a liberdade de consumo. Desta forma fizemos o trajeto três vezes, mas na última eu já tava querendo ir embora daquele lugar, ehehehe. À noite fomos Eu, Rodrigo, Fellipe, Lorena e Erika comprar o presente do baiano lá no Flamboyant. Eu vi a quinta temporada do Simpsons a venda e fiquei com uma vontade enorme de comprar. Deixei ela na prateleira. Mas sabia que seria por pouco tempo.

Terça – Feira - 12/07/2005

Hebert´s Birthday. Acordei, na hora do almoço, como sempre, e fui com a Ana Carol comprar as bebidas e o que faltava para o jantar daquela noite. Fomos lá no Marcos Serrinha. Compramos dois vinhos italianos e um nacional, baratim, ehehehehe. Saímos de lá e passamos na Jaime Câmara. Fui pegar um livro com o Renato, e a Ana foi deixar uns livros com o primo dela(que depois fui saber era o Jaime Câmera Júnior, mas enfim....). Aproveitamos e fomos visitar a Gabriela Louredo no “Raddar”(êê furona.... ehehehehe), e depois fomos falar com o sonolento Rodrigo Alves lá no “O Popular”. Fomos à casa do baiano deixar as coisas e voltei para a minha casa. Tentei estudar um pouco para o Seminário de Jornal Impresso II, que ia ocorrer no outro dia, mas acabei deixando para depois da festa, como sempre. Fui para a casa do baiano de novo. O jantar foi pra lá de bom. A Ana Carol cozinha muito bem. O vinho italiano estava bom por demais. Acho que aprendi a tomar vinho, ehehehehe. Foi muita gente prestigiar o Hebert. Ficamos revezando lá no computador para ver quem seria o melhor DJ(eu, é claro, venci de lavada, ehehe). Daí suspendemos o concurso quando o Renato foi tentar assumir o cargo(o gosto musical dele não é lá aquelas coisas, cá entre nós.... ehehehehe. Ficamos até às 03:00 da manhã. Cheguei em casa e fui estudar para o seminário ainda. Li metade do que tinha que ler. Deixei o resto para depois.

Quarta – Feira - 13/07/2005

Duas coisas me surpreenderam na manhã de quarta. A primeira: Eu estava com vontade de pegar ônibus. Bem não era uma vontaaaadeeee, mas devia ser porque fazia algum tempo que isso não ocorria. A segunda: Achei uma vantagem em se pegar um ônibus. Como eu tinha que estudar o resto do capítulo do seminário, então não dava para mim ir de carro, já que no ônibus eu poderia investir minha atenção aos estudos. Chegamos lá na pamonharia(isso mesmo, a Rakell marcou a aula para o buteco) e apresentamos o livro. Ainda bem que fui o primeiro. Quando passei a bola para o Baiano minha barriga começou a questionar o porquê que eu tinha comido tanta Lasanha no dia anterior. Saí correndo pro Campus, e o pior, o banheiro do ICB estava lavando tive que ir até o IESA. Mas compensou a corrida, ehehehehe. Depois da “aula” a Rakell pagou uma coca para a gente e fomos embora(eu de carona, Brigado Rodrigo!! :) ehehehehe). Depois disso a minha maior companhia foi a cama. Acho que fui picado pelo Tsé-Tsé, ehehehe. Dormi a tarde inteira, acordei, comi e dormi a noite inteira.

Quinta – Feira - 14/07/2005

Até que enfim o dia tinha chegado. E foi um dia especial. Por duas coisas. Uma: minha carteira de motorista vencia naquele dia e eu, enfim, poderia ir encomendar a definitiva. Outra: O São Paulo ia disputar a finalíssima da Libertores, a noite, com boas chances de ganhar. Fui até o Araguaia Shopping, lá no Vapt-Vupt, mas me informaram que eu ia ter que esperar mais um dia para renovar minha habilitação. Então aproveitei que estava lá e fui no cinema. Queria ver “Batman”, mas o mais próximo do horário era “Guerra dos Mundos”, então foi esse mesmo. Assistir filmes com amigos é muito bom, mas assistir sozinho é algo diferente. Sei lá. Parece que a gente entra mais no filme. Eu assisti na terceira fileira, mas acabei me arrependendo depois, pois meu deu uma baita dor de cabeça. O filme é mais ou menos. Gostei muito da forma de narrativa, achei que foi o diferencial. Mas a história já é muito batida, me lembrou bastante Independence Day, no início. É claro que “Guerra dos Mundos” é bem superior a este outro que apela para o patriotismo exacerbado do estadunidense. Cheguei em casa e fui para a concentração do jogo. Tinha uma garrafa de Mioranza, e foi aí que realmente descobri que tinha aprendido a tomar vinho. Já não apreciava mais um vinho de R$5, ehehehehe. Eu e meu pai acabamos com a garrafa durante o jogo. Mais eu do que ele, mas ele me ajudou. Acho que nem preciso falar mais nada sobre o jogo. Só uma coisa: Fellipe, eu torço para os dois sim, ehehehehe.

Sexta – Feira - 15/07/2005

Fui, novamente, ao Araguaia Shopping, renovar a minha carteira. Desta vez deu certo. Nossa, nem acredito que minha foto vai trocar. E a nova ficou boa, a mulher me mostrou lá na hora. Mas o que gostei mesmo foi o atendimento lá do Vapt-Vupt. Não podemos deixar de reconhecer que foi um ponto positivo do governo Marconi. O que me deu raiva foi quando eu fui pagar e a mulher do Itaú falou: “Não aceitamos cheque de outro banco”. Lá foi eu ir num caixa eletrônico sacar o dinheiro e voltar pra lá. Mas acabou tudo certo, graças a DEUS. Depois fui à rádio fazer a programação musical do Banquete. Acabou que não deu para ir no aniversário da Gabi Canseco, lá no Café Cancun. Mas dei uma passada mais cedo no Flamboyant para depositar um cheque. Nossa, me senti o kra mais solitário de todo o mundo, sexta à noite, no shopping e sozinho. Encontrei o Fernando Prado e a Gabriela Dutra lá. Eles quiseram que quiseram que eu os acompanhasse para assistir Batman, mas não estava com vontade. Fui até a Saraiva e não teve jeito – meu lado consumista falou mais alto e eu levei para a casa a 5ª. Temporada de “Os Simpsons”. MUITO boa, para falar a verdade. Só não foi melhor por causa do preço que acabou com minha conta bancária. Mas..... Ainda fiquei quase até fechar o shopping lendo um livro de alto-ajuda(tavendo!!, estes passeios sozinhos dá nisso). Gostei demais. Acho que vou até comprá-lo, claro, quando tiver dinheiro. Um ovomaltine e casa. Fiquei assistindo a minha nova aquisição até dormir.

Sábado - 16/07/2005

Todo sábado eu sempre acordava atrasado para o Banquete Esportivo(que é de manhã), mas este quase acordei atrasado para os Doutores(que é a tarde). Trabalhei na rádio. Ainda bem, já que o Goiás perdeu feio. Ficamos eu e o Gabriel Lisita fazendo o plantão. Depois, a noite, fui, com a Erika e a Ana Carol, até a casa do baiano assistir filmes. Eles, os três, foram loucos de pegar cinco filmes, ehehehehe. E eu fui louco por comprar sorvete e chocolate. Mas foi tudo de bom. Principalmente pelo cachorro-quente que a Ana preparou. Muito bom mesmo. Assistimos três filmes, não me lembro os nomes. Ficamos até quase às 06:00 da manhã. O melhor filme foi a sessão das 03:30 às 05:30. Acho que se chamava “Lado a lado”. Bom, nem todos assistiram(né, Erika), mas foi muito bom. Cheguei em casa era mais de seis. Mas meus pais nem ligaram tanto. Eles estavam mais preocupados em xingar um bando de gente que ficou a noite inteira tocando Rap alto na porta de casa. Às 07:30 eu fui dormir.

É isso pessoas, abraços,

Ah, hoje tem letra de música. Eu to com ela na cabeça a semana inteira. Acho que me identifico com ela.

Accidentally in Love

Counting Crows

So she said what's the problem baby
What's the problem I don't know
Well maybe I'm in love (love)
Think about it every time
I think about it
Can't stop thinking 'bout it

How much longer will it take to cure this
Just to cure it cause I can't ignore it if it's love (love)
Makes me wanna turn around and face me but I don't know nothing 'bout love

Come on, come on
Turn a little faster
Come on, come on
The world will follow after
Come on, come on
Cause everybody's after love

So I said I'm a snowball running
Running down into the spring that's coming all this love
Melting under blue skies
Belting out sunlight
Shimmering love

Well baby I surrender
To the strawberry ice cream
Never ever end of all this love
Well I didn't mean to do it
But there's no escaping your love

These lines of lightning
Mean we're never alone,
Never alone, no, no

Come on, Come on
Move a little closer
Come on, Come on
I want to hear you whisper
Come on, Come on
Settle down inside my love

Come on, come on
Jump a little higher
Come on, come on
If you feel a little lighter
Come on, come on
We were once
Upon a time in love

We're accidentally in love
Accidentally in love (x7)

Accidentally

I'm In Love, I'm in Love,
I'm in Love, I'm in Love,
I'm in Love, I'm in Love,
Accidentally (X 2)

Come on, come on
Spin a little tighter
Come on, come on
And the world's a little brighter
Come on, come on
Just get yourself inside her

Love ...I'm in love

sexta-feira, julho 15, 2005

O Valor de uma Nova Conquista

Olá Pessoas,

Hoje eu não vou conseguir fugir do futebol. O São Paulo venceu o Atlético Paranaense por 4 a 0 e se sagrou campeão da Libertadores novamente. Este foi o terceiro título das Américas do glorioso tricolor paulista. Não quero apenas ficar aqui dando uma de torcedor, mas pretendo explicar o que isso influencia na minha vida.

O ano era 1992, tinha apenas 10 anos de idade, quando meu pai levou a família para jantar na casa de um amigo. Eu não sabia muito bem, mas aquela visita tinha uma segunda intenção. Era noite de final da Taça Libertadores da América, e o jogo São Paulo X New Old Boys não iria passar na TV aberta. E é claro, esse amigo do meu pai tinha TV a cabo, ehehehehe....

Na época eu não acompanhava futebol, mal sabia quem era a bola dentro de campo, mas fui e assisti toda aquela partida. A alegria do meu pai era contagiante. Também depois de quase 40 anos torcendo para um time, ver ele ganhar um título dessa expressão deve ser uma coisa maravilhosa. Para mim tanto fazia. Mas é claro, como todo bom filho torcia para o time de meu pai.

O mais estranho de tudo era que o dono daquela casa, o amigo de meu pai, era uruguaio e gostava muito dos times da Argentina. Com certeza ele devia estar torcendo para o New Old Boys, mas isso não intimidou meu pai. Quando o São Paulo venceu a decisão de pênaltis(3X2), foi uma festa só.

A partir do segundo semestre eu comecei a colecionar as figurinhas do Campeonato Brasileiro 1992(nossa, como tô velho). Daí comecei a ligar mais para o futebol. Mesmo assim demorei um pouco para começar a me entreter com aquele jogo que todo mundo gostava.

Em dezembro outra reunião festiva. Mas agora foi em casa mesmo. Apenas eu, meu pai, minha mãe e meu irmão. Eu me lembro que passou um filme do Jack Nicholson(aquele com a Cher, das bruxas e tal, não me lembro o nome) e depois veio o jogo. Era São Paulo X Barcelona, direto de Tóquio, na madrugada. Um jogo para entrar para a história com certeza. Do clube e minha.

Nunca me esqueço quando o São Paulo levou o primeiro gol. Meu pai virou para a gente e disse num ar que me inspirou a maior confiança do mundo: - Nós vamos virar isso. E vocês sabem, quando a gente tem 10 anos e os pais falam algo com tanta confiança, você acredita. E, como num passe de mágica, nós ganhamos por 2 a 1 e o mundo inteiro estava ao nosso alcance. Me lembro que aquele dia fui dormir e deixei meu pai gravando todos os detalhes da festa tricolor.

Enfim, em 1993, o São Paulo repetiu a dose. Não quero entrar muito nesse ano, porque posso me alongar muito. O fato é que eu já vivia o futebol nesse ano, e a nova conquista só meu deu mais força para isso. Mas foi em 1994, que veio a minha maior decepção. Sabe quando a gente é criança e pensa que tudo vai ser felicidade, a vida toda, e que nunca perderemos? Pois é, caí dessa ilusão da pior forma possível.

É uma longa história, mas vou tentar simplificar. Eu odiava o Palmeiras aquela época. Tudo por causa de uns amigos meus que viviam “em disputa” comigo. Tem até uma história para deixar todo mundo arrepiado, sobre os dois jogos das oitavas-de-finais daquela competição, quando o tricolor enfrentou essa “coisa” verde. Eu nunca contei essa história para ninguém, mas talvez um dia eu conte, sei lá. O detalhe maior é que a nossa classificação sobre o time da Parmalat foi um grande triunfo, talvez minha maior felicidade em toda a minha história de torcedor.

Passamos pelo Unión Española do Chile, nas quartas, e depois encaramos o Olímpia nas semi-finais. Primeiro jogo, vitória suada por 2 a 1 no Morumbi. No segundo, lá em Assunción, conseguimos segurar até quase 40 minutos do segundo tempo, quando eles fizeram 1 a 0 e levaram a decisão para os pênaltis. Me lembro que era alta madrugada, só tinha eu e meu pai na sala. No último pênalti, dos paraguaios, eu não vi. Virei minha cabeça para cima e só ouvi o narrador dizer as mais belas palavras do mundo, naquele momento: Defesa de Zetti!!!!! Estávamos na final mais uma vez.

O que poderia dar errado? São Paulo, atual bi-campeão da Libertadores, na final novamente, e favorito a ser o único tri-campeão mundial(apenas o próprio São Paulo, o Santo, o Milan e a Internazionale de Milão têm a honra de serem bi-campeões mundiais). Primeiro jogo, lá na Argentina, perdemos por 1 a 0 para o Vélez Sarsfield. Mas com a segunda partida em casa tudo seria diferente, não??

Não..... Era noite e eu esperava o jogo. Já estava pra lá de nervoso. Não conseguia fazer nada. No início da partida eram unhas partidas que caiam. Até o primeiro gol. Muller fazendo, de pênalti, 1 a 0 para o tricolor. Mas se um pênalti deu-me alegria naquele momento, um outro fez meu céu se encobrir de nuvens negras.

O jogo terminou. Decisão de Pênaltis. Primeiro pênalti, Palhinha. Ele que sempre foi uma das armas do tricolor. Eu estava no banheiro e não acreditei quando saí correndo para ver a sua fraca cobrança ser pega pelo grande goleiro Chilavert. E eu pensava: “Será que o mundo ia cair, e nós iríamos ser derrotados?? Não, com certeza não!! era só o suspense antes do triunfo”. E a partir daí, todo mundo foi cobrando e convertendo, um por um. Se esse era o suspense, então quem planejou tudo deveria ser um grande diretor, um Alfred Hitchcock.

Veio a última cobrança do Vélez. Era marcar e não haveria mais nada o que fazer. Ainda me lembro da narração do Galvão Bueno. Me lembro de tudo. Até que usei a estratégia do jogo passado, de olhar para cima e não ver a cobrança. Mas foi naquele chute, uma simples cobrança de pênalti, quando eu descobri que no futebol não há diretores. E que você tem que saber perder.

Nunca tinha chorado por causa deste esporte. Nunca mais chorei. Está foi, com certeza, a partida que mais me marcou na minha vida. E justo uma derrota. Mas foi A derrota. Depois do jogo ainda lembro de um comentário do grande Juca Kfouri no Jornal da Globo, quando ele disse que os são-paulinos queriam mudar o nome do estádio de Morumbi para Morumtri, mas que ia ter que ficar para a próxima.

Esta foi a última partida do São Paulo naquele torneio, naquela competição que elevou o clube à grandeza que ele tem hoje. Foram 10 anos de espera, mas em 2004, no ano passado, ele voltou a disputar a Taça Libertadores. Eu já havia superado aquele trauma, é claro, e já estava inserido no mundo da imprensa esportiva. Acho que foi por isso que nem ligava muito para torcer. Foi estranho, aquilo não significava nem mais 1% do que era para mim em 1994.

Hoje, ainda me sinto emancipado do futebol. Adoro, ver, acompanhar, cobrir, estar envolvido com ele. Mas sem aquela paixão de torcedor. Mesmo assim, nesta quinta-feira, a nova conquista teve um sabor especial. Novamente, eu e meu pai, estávamos lá assistindo e vendo o nosso time ser campeão. Esqueci, por um dia, todos os podres do mundo deste esporte e me transportei para o mundo ideal. Mesmo sabendo que o gosto doce deste título não chega nem perto da amarga ressaca de 94, hoje me sinto vingado. Não uma vingança ruim, mas apenas uma resposta àquele dia 31 de agosto de 1994, quando um jogo destruiu alguns sonhos de um garoto.



Foto: Reuters

terça-feira, julho 12, 2005

Premiados no Samambaia

Olá Pessoas,

Inspirado no pedido do Higor, acabei pensando e cheguei a conclusão que meu blog pode ser informativo tb, ehehehehe. Então segue a lista dos premiados no I Prêmio Samambaia:

Menção honrosa
ILUSTRAÇÃO
Ana Paula Rosa

REPORTAGEM
3º LUGAR
Fábio Gaio
“O verdadeiro transporte alternativo” (Edição 20, Caderno Principal, página 5)
2º LUGAR
Juliana Araújo
“Bom preço e localização atraem público ao Cine Ritz” (Edição 21, Culturambaia, página 3)
1º LUGAR
Gabriela Louredo e Paula Arantes
“Estrutura arranhada” (Edição 19, Caderno Principal, Página 8)

ENTREVISTA
3º LUGAR
Kelly Rodrigues
“Goiás inicia pesquisa em agosto”
Entrevista com o médico Anis Rassi
(Edição 19, Caderno Biossegurança, Página 5)
2º LUGAR
Gabriela Louredo e Paula Arantes
“EUA engolem Protocolo de Kyoto”
Entrevista com Jean-Marie Lambert, professor de Direito Internacional na Universidade Católica de Goiás
(Edição 19, Caderno Principal,
Página 5)
1º LUGAR
Cássio Chaves, Fernando Prado, Júlia Mariano e Túlio Cherobino
“Governo também envolve criatividade”,
Entrevista com prefeito de Goiânia, Íris Rezende (Edição 21, Caderno Principal, páginas 4 e 5)

OPINIÃO
3º LUGAR
Fernando Prado
Enfim,sós
(Edição 21, Caderno Principal, página 3)
2º LUGAR
Rodrigo Cássio
Cidadão a cada dois anos
(Edição 20, Caderno Principal, página 3)
3º LUGAR
Túlio Cherobino
Na linha 264
Edição 21, Caderno Principal, página 3)

FOTOGRAFIA
3º LUGAR
Renato Cirino
“Descaso na manutenção dos laboratórios da UFG” (Edição 19, Informativo UFG, foto da capa)
2º LUGAR
Júlia Lemos
“O verdadeiro transporte alternativo”
(Edição 20, Caderno Principal, página 5, foto de Dirce Fernandes em sua carroça)
1º LUGAR
Mayara Vila Boa
“Às margens da insegurança” (Edição 20, Caderno Principal, página 5, foto da invasão Emílio Póvoa)

EDIÇÃO
3º LUGAR
Fellipe Fernandes E Renato Scavazzini
“Governo também envolve criatividade” (Edição 21, Caderno Principal, página 4 e 5)
2º LUGAR
Alenor Alves
“Férias forçadas no comércio”
(Edição 19, Caderno Principal, página 3)
1º LUGAR
Fellipe Fernandes
“Será que a vaca vai pro brejo?”(Edição 20, Caderno Agronegócio, página 2)

DIAGRAMAÇÃO
3º LUGAR
Giovanna Amaral
“Estrutura arranhada” (Edição 19, Caderno Principal, página 8)
2º LUGAR
Renato Scavazzini
“TSE vai punir irregularidades” (Edição 19, Caderno Política, página 4)
3º LUGAR
Cristiane Leite
“Embrapa realiza testes” (Edição 19, Caderno Biossegurança, página 3)

CAPA
3º LUGAR
Brenno Sarques
“Salário mínimo não é o ideal”
(Edição 20, Caderno Principal)
2º LUGAR
Fellipe Fernandes
“Iris reafirma promessas”
(Edição 21, Caderno Principal)
1º LUGAR
Juliana Luiza
“A caminho do céu”
(Edição 19, Caderno Principal)

OMBUDSMAN
2º LUGAR
Eduardo Sartorato
“Erros sim. Corpo mole, não!”
(Edição nº 21, Caderno Principal, página 2)
1º LUGAR
Marcela Matos
“Criticar ou não criticar,
eis a questão”
(Edição nº 20, Caderno Principal, página 2)

é isso, abraços e até mais se DEUS quiser,

sexta-feira, julho 08, 2005

Algo sobre o Prêmio Samambaia

Olá Pessoas,

O que escrever aqui?? Sabe quando você até tem assunto, mas não quer falar sobre. Eu acho que me sinto assim. De qualquer forma vou ver se discorro um pouco sobre o prêmio Samambaia de Jornalismo e sobre as férias acadêmicas que se iniciam. Vou usar isso como terapia, verei se ao final do post descubro o porquê de não querer falar tanto nisso.

Prêmio Samambaia!! Tem algumas pessoas que não gostam. Outros que defendem. O argumento dos primeiros é que o espírito competitivo não é bom para o aprendizado. O dos segundos é que a vida é o mercado e, mais cedo ou mais tarde, esta competição virá; e além do mais é uma ótima chance de estimular a produção acadêmica.

Eu gostei muito da idéia. Achei que foi uma cerimônia muito legal. Fiquei muito feliz por ver meus amigos sendo premiados. Gostei demais de ter recebido meu prêmio. Não fiquei nem um pouco ressentido por não ter ganho o primeiro lugar. Eu tenho a plena consciência de quando faço uma coisa boa e uma coisa ruim. Não acho que meu artigo tenha ficado ruim, mas também não ficou tão bom. Se fosse o do ano passado, o “Já somos quase um jornal” daí sim acho que teria grandes chances de ganhar.

Mas tudo na vida é experiência. Eu gostei demais de ter feito este texto de ombudsman. Principalmente porque me senti ultra pressionado. Eu escrevi ele das 02:00 às 04:00 da matina de uma quinta-feira depois de ter vindo de uma festa do Goiás. Tinha que ser escrito até o dia seguinte. Não tinha lido os jornais na íntegra. Estava muito cansado. E ainda tinha a minha pressão psicológica de tentar ser melhor do que o texto da Marcela, que por sinal tinha ficado muito bom. Não gosto de trabalhar assim.

Mas pelas circunstâncias acho que até saiu legal. Gosto de escrever como fiz o meu primeiro artigo de ombudsman já citado. Aquele eu fiz de uma hora para outra, na confusão do laboratório da Facomb, sem a mínima pressão de nada e ficou muito bom. Desta vez, pelo que eu fiz, me senti extremamente bem recompensado com os dois ótimos livros que ganhei.

Fiquei muito feliz por ter ajudado a Juliana Luiza a ter ganho o prêmio de Capa. Realmente foi um baita trabalho de equipe. Principalmente porque teve uma hora que o programa deu problema e a gente perdeu tudo. Isso era umas 10:00 da manhã e a gente precisa entregar até meio-dia. Refizemos na correria, mas acabou ficando muito bom. Ainda gosto mais da capa que o Fellipe fez, a da edição de junho, mas a nossa ficou boa também.

Depois da cerimônia fomos ao Candeeiro. Pessoas, to chegando no final da primeira página de Word. Hoje que eu tinha prometido a mim mesmo ser mais breve, mesmo porque não tinha tanta coisa para escrever, acho que vou acabar fazendo outro texto grande. Vou correr o risco de ser novamente criticado pelo tamanho, mas eu tenho outra história para contar.

Como eu disse, fomos no rodízio de pizza, lá no Candeeiro. Sei lá, parece coisa de pobre, ou de não sei o que, mas sempre tive vontade de ir lá. É que quando eu fazia o Geração Esportiva, voltava no Pq.Atheneu-Campinas, o famoso 014, e como estava no horário da janta sempre passava na porta daquele restaurante com fome. Nunca tinha ido, mas foi por falta de oportunidade, mesmo porque naquela época eu estava com uma situação financeira melhor do que hoje, ganhava em dia pelos Doutores. Mas sei lá, foi boa a sensação de estar lá dentro, comendo do bom e do melhor e ver o busão passar do lado de fora. Nossa, to me sentindo dentro do consultório fazendo psico-terapia, ehehehehe.

Pronto, acho que foi isso a noite de ontem. Não estou tão descritivo hoje por causa da falta de vontade que discorri no início. Mas cheguei a conclusão que não é o tema, mas o dia de hoje que não me inspira tanto na escrita. Vou, ou melhor, iria falar um pouco sobre minhas férias. Mas acho melhor deixar para a próxima. Assim tenho assunto para a próxima oportunidade e esse texto não fica tão grande.

Hoje o extra fica sendo aquela letra que prometi o post passado. Acho que é minha música do momento, vamos assim dizer.

Amanhã é 23 - Kid Abelha

Composição: George Israel/Paula Toller

As entradas do meu rosto
E os meus cabelos brancos
Aparecem a cada ano
No final do mês de Agosto

Há vinte anos você nasceu
Ainda guardo um retrato antigo
Mas agora que você cresceu
Não se parece nada comigo
Esse seu ar de tristeza
Alimenta a minha dor
Tua pose de princesa
De onde você tirou

Amanhã, amanhã
Amanhã, amanhã

Amanhã é 23
São 8 dias para o fim do mês
Faz tanto tempo que eu não te vejo
Queria o seu beijo outra vez

É isso, abraços a todos, até mais se DEUS quiser,

domingo, julho 03, 2005

Feliz Caminhada

Olá Pessoas,

Pensei que este final de semana seria fraco. Acabou que errei. É muito bom você dar de cara com algumas surpresas em sua vida. A minha não foi nada de mais, mas realmente me renovou os ânimos. Acho que foi tudo por causa da caminhada a Trindade. Não sei explicar, mas me deu energias novas e me sinto bem melhor. Acho que esse foi o melhor ano na minha pequena experiência de romaria.

Sábado acordei cansado após do fiasco do show dos Los Hermanos na sexta-feira. Não sei explicar, mas não gostei. Acho que por eu não conhecer o repertório, e também a falta de animação. Mas, pelo menos foi uma boa experiência. O melhor da sexta foi a nossa visita, eu, o Renato, a Maria, o Rogério(irmão do Renato) e o Fagner, à casa do Baiano, às 3 da madruga. Foi ótima a cara que ele fez na hora que abriu a porta e viu aquele tanto de gente.

Mas enfim, o dilema do Banquete Esportivo no sábado de manhã. Cada dia o programa capenga mais. No último sábado nem notas a gente tinha, ehehehehe. Acabamos pegando umas notícias e fazendo tipo o Geração Esportiva. Sabe que o programa fica melhor? Vou estudar, junto com o Renato, uma reestruturação do programa. Aquela leitura de notas sem parar fica muito ruim. Nisso o Antônio teve razão(não acredito que escrevi isso, ehehe).

Ah, no fim do programa recebi o quadro que ganhei na rifa da formatura. Sabe que a minha sorte para rifas, concursos e bingos sempre foi boa. Se não BOA, pelo menos mediana. Já ganhei muita coisa nesse tipo de “competição”. O quadro é pra lá de bonito. A mãe do Scavazzini realmente tem um grande dom. O mais interessante que ele se assemelha a uma paisagem que criei na minha mente quando li "O Senhor dos Anéis", que viagem!!

Então, cheguei em casa pra almoçar e meu pai me informou que ele e minha mãe estariam indo para Trindade às 4 da tarde. Eu tava com um sono imenso e então falei para eles irem na frente, que eu iria dormir e ia depois. Acho que eles não gostaram muito da idéia, mas eu não iria andar 20 km com sono. Dormi. Acordei às 4 e meia e fiquei enrolando na cama com uma preguiça enorme. Levantei, arrumei às coisas e saí de casa às 5 da tarde.

Peguei o Pq. Atheneu-Centro e depois o famoso Eixo Anhanguera lá na praça dos Bandeirantes. Antes comprei uns chocolates, alimento indispensável nas grandes caminhadas. Nunca tinha ido de eixão até o Padre Pelágio. Foi interessante passar pela Praça A, Dergo, e etc... até o fim da linha. Muita gente no busão estava indo para Trindade também. Cheguei e andei até o trevo. Comecei a andar às 5 horas mais 55 minutos.

Na primeira subida começou me dar um cansaço estranho. Foi daí que eu pensei que faziam duas semanas que eu não malhava. Dei um tempo na academia por causa do excesso de atividades no final do semestre. Mas a partir desta quarta, se DEUS quiser eu volto. Enfim, quando veio a primeira descida recebi um gás novo e vi que ainda estava em uma boa forma física. Então decidi acelerar e ver até aonde iria naquela velocidade.

O mais difícil de tudo nem era andar, mas sim ter que desviar das pessoas que estavam, como todo ano, indo muito mais devagar. Então era assim: Andava, andava, abria pro mato da esquerda passava um bando de gente, voltava pro meio, abria para a direita num pequeno morro, passava mais um tanto de gente, ia pro acostamento da pista e passava mais uma multidão e etc... Esse zigue-zague era o que mais cansava.

Começou a escurecer e eu lá, andando rápido e pensando, pensando, pensando muito. É muito legal ter um momento de reflexão, viu pessoas!! Mas nem foi tão profundo assim. Foi, vamos dizer assim, animador. A cada estação eu passava e rezava um pouco. Mas não parava. Mantinha o mesmo ritmo sempre. Só parei umas três vezes para comprar água e Tampico. Mesmo assim era parar, comprar, e voltar a caminhar.

Tinha passado 1 hora e meia desde que tinha começado quando cheguei a fabrica da Coca-Cola, à frente da OVG. Continuei no pique. Não cansava, nem na subida. Aquela era uma boa velocidade para mim. Sempre gostei de andar, e andar rápido. Então não me importei com aquilo. Pelo contrário, gostei muito. Mesmo porque eu ligava de vez em quando para a minha mãe e vi que estava alcançando meus pais, ehehehehe.

Mas foi estranho. A medida que me aproximava de Trindade meu ânimo ia melhorando numa proporção gigantesca. As minhas dúvidas e indecisões, sobre a minha vida, sobre as minhas crises, parecem que iam se tornando tão pequenas. Sabe quando você vai descobrindo exatamente o que deve fazer a partir de então? E você vai conseguindo forças para fazer o que tem que fazer? E tudo isso te dá um ânimo incrível? Pois é!!

Cheguei lá no trevo de Trindade após 2 horas e meia que tinha deixado o trevo do Padre Pelágio. Mais vinte minutos para chegar ao Santuário do Divino Pai Eterno. Encontrei os meu pais lá. Sentei e fiquei uns 30 minutos sem coragem de levantar. Estava tendo uma missa. Meus pais ficaram lá em baixo e eu sentei em cima do morro e continuei pensando na vida e ouvindo o sermão do padre.

Começou a enrolar demais, o sistema de som deu uma bifa. Então fui com os meus pais dentro da igreja, passamos pelas fitas, rezamos ao pé da imagem e saímos. Antes de voltar comemos um pastel que tava muito bom, para falar a verdade. Até meu pai tava animado. Coisa difícil, ehehehehe. Então fomos e utilizamos da benevolência do Marconi para voltar pagando apenas R$0,50 num eixão lotado, ehehehehe.

De volta a Goiânia, saímos do terminal e fomos pegar o carro que meu pai tinha deixado num estacionamento lá perto. Ainda bem, eu tava quebrado. Cheguei em casa, liguei para o Rodrigo e descobri que eles estavam no Ciao Bella comemorando o aniversário da Anapaula. Tomei um banho, comi uns sandubas e corri pra lá. Meu ânimo estava a toda. Cheguei lá o pessoal já estava menos empolgado, mas foi muito legal mesmo assim.

Para você que chegou até aqui, meu muito obrigado. Nem sei como consegui escrever tudo isso. Mas é que quando a gente está meio inspirado as coisas fluem. O que quero deixar é que sempre é muito bom ir lá na festa do Divino, em Trindade. Espero poder andar os 20 km de novo no ano que vem. Já fiz até uma nova promessa. Vamos ver se realiza, ehehehehe!!

Eu ia por a letra de uma música aqui, mas deixa para o próximo post, que com certeza eu vou estar falando de crise existencial de novo, ehehehe!! Então segue fotos de Trindade!!



Visão de quando se vai a pé para Trindade.



Eu e minha mãe lá no Santuário.



Eu e meu pai no mesmo local.

é isso pessoas, abraços a todos e até mais se DEUS quiser,
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