sábado, dezembro 15, 2012

Como é voar na Delta Airlines - I


Quero aproveitar o pouco tempo livre que terei nas próximas semanas para escrever um pouco sobre a região de Nova Iorque, Filadélfia e Washington, onde passei 15 dias no último mês. Meu objetivo é, além de registrar algumas informações que com o tempo posso perder em minha mente, ajudar outras pessoas que estão preparando um roteiro independente para estas cidades. Eu mesmo me utilizei de informações postadas em outros blogs durante a viagem, o que me ajudou muito em várias partes da peleja.

O primeiro assunto é a companhia aérea. Há muitas formas de escolher a empresa em que voar – qualidade de serviços, experiências passadas, segurança, educação dos funcionários e etc... O principal fator que pesou na minha escolha, porém, foi o preço. Há cerca de seis meses antes da data pretendida, comecei a peregrinar diariamente pelos sites de viagem, caçando os melhores preços. Eis que acabei comprando um bilhete promocional da Delta Airlines.

Sobrevoando a Carolina do Norte
A Delta é uma empresa americana com sede na cidade de Atlanta, Georgia. Isso significa que a maioria dos voos desta empresa que partem do Brasil vai para esta cidade. De lá você pode fazer uma conexão para várias partes dos EUA e do mundo. Os meus trechos foram Goiânia-Brasília, Brasília-Atlanta e Atlanta-Nova Iorque. Na ida fui para o aeroporto de La Guardia, e na volta saí do JFK, o maior da cidade.

A principal virtude da Delta Airlines foi a atenção de seus funcionários para com os passageiros. Apenas um deles foi rude comigo (em Brasília, na hora do check in). Todos os outros, tanto no Brasil, quanto nos EUA, foram bastante atenciosos e resolveram todos os problemas que tive durante a minha viagem.

Saí de Goiânia em um avião da Gol – companhia brasileira que tem convênio com a Delta para os voos domésticos no Brasil – e fui a Brasília, voo de 20 minutos de duração. Como houve um atraso no voo que havia deixado os EUA um dia antes, o meu voo de Brasília a Atlanta atrasou cerca de duas horas do horário previsto. Durante o check in, um passageiro perguntou o porquê do atraso, e o funcionário da Delta jogou limpo: “Houve um atraso nos EUA, e o avião que era para chegar aqui às 9 horas da manhã chegou ao meio-dia. A tripulação tem, por lei, o período de 12 horas para descansar antes de outro voo desta distância. Então acaba atrasando o voo seguinte”.

Uma coisa que achei bem legal foi que eles me avisaram do atraso por e-mail. Fiquei sabendo que passaria duas horas a mais de molho, em Brasília, antes mesmo de sair de Goiânia. Ninguém gosta de atrasos, mas quando você nota uma preocupação em informar que ele vai ocorrer é mais, digamos, digerível.

Lanche servido no trecho entre Nova Iorque e Atlanta
O avião que normalmente faz a rota de Brasília a Atlanta é um Boieng, com a configuração 3-3, como os aviões que fazem os voos domésticos no Brasil. A diferença é que ele é mais longo, com mais espaço para passageiros. Acredito que como o meu voo foi em um feriado prolongado (15 de novembro), houve uma maior venda de passagens e, de última hora, eles colocaram um avião maior. Também era Boieng, mas com a configuração 2-3-2.

Esta aeronave parecia ser nova por fora, mas por dentro notava-se que era bem antiga. Não havia entretenimento individual, nem mesmo aquelas entradas de ar que ficam em cima e que a gente pode regular da maneira que quiser. O mais engraçado é que um comissário anunciou que o ar condicionado não estava muito forte e que era para as pessoas ajustarem nas saídas individuais. Logo em seguida, todo mundo ficou procurando, mas elas não existiam. Um rapaz atrás de mim me perguntou em inglês: “Você está vendo alguma saída de ar por aqui?”.

A parte boa do voo foi a comida. Muito boa, em qualidade e quantidade. As opções foram aquelas de sempre – carne, frango e massa. Acompanhava também, além da salada, um pão com polenguinho e a sobremesa. No café da manhã havia um pão com queijo e champignons (maravilhoso), junto com iogurte e pãozinho. Todas as refeições tiveram bebidas quentes, no café da manhã, e frias, na janta.

O grande problema deste voo foi a falta do que fazer. Como não havia entretenimento individual, eles passaram vários filmes em uma tela grande na frente do avião. Da minha posição, porém, era muito difícil visualizar. Além disso, a luminosidade da tela atrapalhava o sono. Havia algumas rádios disponíveis para ouvir com os fones que eles distribuíram, mas logo enjoei daquilo. Outra coisa que achei ruim foi a demora ao servir o café da manhã. Já estávamos em processo de pouso quando veio a comida, o que não foi agradável.

Rota do avião: saída de Nova Iorque até a cidade de Atlanta
O voo entre Atlanta e Nova Iorque foi tranquilo. Nos serviram refrigerantes e petiscos, mas havia outras opções de comida para a compra. O avião era na configuração 3-3, mas como não havia ninguém do meu lado eu viajei tranquilo. O pouso em La Guardia foi fantástico, com direito a tour aéreo pela cidade. Também não houve entretenimento neste voo.

Na volta, ocorreu algo interessante. Viajei no mesmo avião nos dois trechos (de Nova Iorque a Atlanta e de Atlanta a Brasília). Era um Boieng 3-3, mas que tinha entretenimento individual para cada passageiro, com televisão, jogos e o famoso mapinha para a gente acompanhar o voo. Eu logo me concentrei em um jogo de trivia, onde competia com outros passageiros.

No trecho entre Atlanta e Brasília, tive uma sorte grande – o voo estava quase lotado, mas ninguém ocupou o assento ao meu lado. Assim, ficamos eu (janela) e uma senhora (corredor) bem à vontade, com direito a esticar os pés. Se houvesse outra pessoa ali, no entanto, as oito horas de voo seriam, certamente, bem desconfortáveis.

No geral eu gostei muito de viajar com a Delta, apesar dos pontos negativos citados. Foi positivo, principalmente devido a um problema de bagagem que tive na ida, entre Atlanta e Nova Iorque. Já que este post está longo, deixo para contar em um próxima oportunidade, junto com algumas outras histórias de voo. Até breve!!

segunda-feira, outubro 22, 2012

Causos Urbanos


Semana passada, estava eu em um posto de gasolina da capital quando o frentista, após pegar a chave do carro, começou a preparar a bomba para os R$ 30,00 de álcool que eu havia pedido. Saí do carro, como de costume, para avaliar o serviço, quando um amigo do rapaz se aproximou e o cumprimentou. Enquanto ele fazia o serviço, os dois conversavam, até que um assunto me chamou a atenção:

- Oh rapaz, outro dia capotei o carro. Maior prejuízo. Tive que pagar R$ 6 mil de conserto. Vendi as minhas férias, peguei um dinheirinho que tava economizando para arrumar o carro – contou o frentista.

- Ih... É foda demais. O conserto ficou R$ 6 mil?

- Pois é. Foi R$ 6 mil lá na Canaã (Vila Canaã, bairro de Goiânia famoso por revenda de peças de carros roubados). Lá na Canaã com R$ 6 mil você arruma qualquer coisa (risos).

- Ah, legal (risos). Mas nem me fale em carro. Você ficou sabendo que roubaram o meu carro? Eu tava lá casa do Manoel (nome fictício) assando uma carne e quando eu vi não tinha mais nada. Acharam lá depois do Parque Ateneu, todo depenado. Gastei uns R$ 4 mil para arrumar ele – revelou o amigo.

Moral 'irônica' da história: todo círculo vicioso só funciona se todos fizerem a sua parte.

Em tempo: este blog desaconselha compras de peças de automóveis em desmanches ou ‘robautos’. Lembre-se, a peça que você está comprando pode já ser sua, ou de um amigo.
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