domingo, maio 31, 2009

Os 11 erros de Goiânia 2014

O poder político e econômico foram determinantes para a escolha das 12 cidades-sedes da Copa 2014. Temos também, porém, que olharmos para o nosso próprio umbigo e ver os erros que impediram Goiânia de chegar lá. Aliás, não é nada difícil encontrar defeitos na “corrida” da nossa capital por alguns jogos da Copa do Mundo e muitos milhões de reais em investimentos em infraestrutura.

Falta de ação, incompetência administrativa, inexperiência, projeto fraco, a não existência de um forte interlocutor, falta de motivação, além de vários outros motivos, levaram à derrocada goiana. Um insucesso que, repito, vai custar muito para os goianienses a longo prazo.

Veja os principais erros do Comitê Executivo da Copa 2014 em Goiânia (Coexgyn) e envolvidos:

1. Projeto desastroso – Não precisava ser perito para perceber que havia algo errado no projeto do Serra Dourada para 2014. Desde o primeiro dia, o modesto plano de obras foi criticado justamente. A principal gafe foi não prever a cobertura total dos assentos do estádio (pelo projeto original 15% das arquibancadas não seriam cobertas). Fico imaginando um jogo de Copa do Mundo, estádio lotado, e 15% do público tomando chuva. O absurdo foi tão grande que dias antes do anúncio das sedes foi feita uma correção no projeto. Uma vergonha! O plano de ação do Serra Dourada estava mais para uma grande maquiagem do que adequação para a disputa de uma Copa do Mundo.

2. Equipe sem experiência – Os 'cabeças' da Coexgyn, comandada pelo presidente da Agetur, Barbosa Neto (PSB), não tinham a mínima experiência de como tocar um projeto rumo a algo tão audacioso como sediar jogos da Copa 2014. Tudo foi feito com muito amadorismo. O projeto, por exemplo, foi mandato à CBF no limite do prazo e via Correios. Uma lástima.

3. Governo sem ações – O governo do Estado fez muito pouco para ver Goiânia como uma das sedes da Copa 2014. Tirando a participação em alguns eventos e o apoio verbal do Palácio das Esmeraldas à Coexgyn, nada mais foi feito. Informações apontam para dificuldades de captação de recursos e falta de investimentos do governo na postulação da cidade. Uma participação quase zero se comparada, por exemplo, com a do Mato Grosso, onde o governador Blairo Maggi foi o grande articulador político da candidatura de Cuiabá.

4. Slogan de derrota – A frase “Eu acredito!” é conhecido nacionalmente no meio futebolístico como a crença em um milagre. Muito usado quando um time chega na última rodada precisando vencer e tendo que torcer por mais três ou quatro resultados para não ser rebaixado. Não era esta a situação de Goiânia. Quando o Brasil foi confirmado como sede da Copa de 2014, a capital de Goiás era uma das favoritas. A Coexgyn transformou Goiânia de "favorita" em "a espera de um milagre".

5. “Gol contra” da marca – A marca de Goiânia 2014, “A Copa no coração do Brasil”, jogou contra a candidatura da cidade. Isto porque a localização geográfica era algo que deveria ser minimizada, já que havia, como houve, prejuízos em relação a proximidade com Brasília. Enquanto outras cidades arrumaram marcas únicas, como Manaus, Belém e Rio Branco, que disputaram para ser a cidade sede da Amazônia, Cuiabá e Campo Grande, que duelaram para ser a representante pantaneira na Copa, Goiânia apostou em uma marca que concorria com a capital federal, confirmada como cidade sede desde o primeiro dia em que a Fifa concedeu ao Brasil o direito de organizar a Copa 2014. Até mesmo Natal conseguiu uma marca melhor, “A capital brasileira mais próxima da Europa”. A Coexgyn tinha que ter sido criativa e puxado para Goiânia a marca do Cerrado, cidade Country, agronegócio, ou qualquer outra coisa que fugisse do confronto com Brasília.

6. A falta de trânsito da FGF na CBF – Não me lembro em que ano, mas a última vez que o Brasil concorreu para sediar uma Copa, o presidente da CBF Ricardo Teixeira veio a Goiânia e confirmou que a cidade seria sede, no caso de sucesso da postulação nacional. Não foi daquela vez, mas a afirmação traduzia muito bem a amizade de Teixeira com o ex-presidente da Federação Goiana de Futebol, Wilson da Silveira. Após a morte de Silveira, o vice André Pitta assumiu a federação e as relações com a CBF nunca mais foram as mesmas. Tanto que esta pode ser a primeira vez, em muito tempo, que Goiânia não sediará um jogo da seleção nas eliminatórias.

7. Falta de eventos – A organização de Goiânia-2014 foi a mais discreta de todas as outras 16 candidatas. Nada foi feito nesta reta final para divulgar o trabalho e as qualidades da capital para ser escolhida como sede. A maior parte dos goianienses até mesmo se esqueceu que Goiânia estava realmente concorrendo a uma das 12 vagas. Além disto, os três fortes padrinhos da cidade, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o ex-treinador de Brasil e Portugal, Luiz Felipe Scolari, e o ex-presidente da FIFA, João Havelange, não foram requisitados hora nenhuma. Divulgaram o apoio, e nada mais.

8. Divulgação precária – A Coexgyn informou várias vezes que apresentou mais de 200 projetos de melhorias da infraestrutura de Goiânia, no caso do sucesso da candidatura. Hora alguma, porém, se empenhou para a divulgação dos mesmos. A população de Goiânia pouco foi informada e, com isto, não se mobilizou em favor da cidade. Camisetas e faixas também foram raras na capital, inclusive no dia no anúncio. Pode parecer pouca coisa, mas uma cidade mobilizada pode fazer milagres.

9. Sem apoio político – A política goiana passa por uma das melhores fases em toda a história. Temos o vice-presidente do Senado, os líderes de PTB, PR e DEM na Câmara Federal, o relator da reforma tributária, além de fortes interlocutores junto ao presidente Lula. Nada disto foi usado para que a força política da cidade nos bastidores crescesse, o que certamente faria a diferença.

10. O mal uso da proximidade com Brasília - O Brasil inteiro entendeu a mensagem transmitida por concorrentes de Goiânia, de que a cidade não poderia sediar a Copa por causa da proximidade com Brasília (cerca de 210 km). Goiânia, por sua vez, não se importou em buscar um antídoto para tal. Deveria contratacar com uma campanha maciça de argumentos, destacando a importância de um eixo Goiânia-Brasília na Copa. Uma das saídas seria se aliar com a capital federal, já que Brasília também teria mais força (para conseguir o jogo de abertura, por exemplo) se Goiânia fosse sede. A distância pequena entre duas sedes não é fator decisivo, tanto que Natal e Recife, duas cidades eleitas, estão separadas por cerca de 290 km.

11. Clima de derrota antes da hora – Já fazia alguns meses que as pessoas envolvidas no projeto Goiânia 2014, a Coexgyn e as administrações municipal e estadual, haviam entregado os pontos. “A gente é obrigado a acreditar”, foi o que me disse um político do alto escalão municipal quando questionei as chances da cidade, no início de maio, apontando para um broxe da campanha que ele usava na ocasião. Nos meios de comunicação todos discursavam com o tom otimista. Com as câmaras e gravadores desligados a descrença era geral.

Goiânia fora da Copa 2014

Em cerimônia apenas protocolar, já que a lista das 12 cidades-sedes da Copa 2014 havia sido vazada dias antes, o Comitê Executivo da FIFA confirmou que Goiânia não será uma das sub-sedes do mundial.

Em outra oportunidade farei uma exposição maior sobre o assunto, mas é notório que foram usados todos os critérios possíveis, menos o técnico. Se fosse levado em conta o preparo de cada cidade não tenha dúvida que Goiânia e Belém estariam na lista, no lugar, provavelmente, de Cuiabá e Manaus.

Não são poucas as críticas que podem ser feitas ao comitê que organizou a candidatura de Goiânia, mas nesta hora o que chama maior atenção é de como o jogo político (para não dizer financeiro) é fator determinante para esta decisão. Tanto que a FIFA apenas respaldou a lista da CBF, previamente negociada com governadores e demais "autoridades" esportivas locais.

Isto tudo provocará um déficit sem fim para cidades que, por mérito, deveriam receber os jogos. Cinco anos praticamente sem investimentos de infra-estrutura, já que quase a totalidade das verbas federais serão escoadas para as 12 "escolhidas". Que a população dos lugares "politicamente" subjugados não esqueça este jogo na próxima vez de recepcionar a CBF e os atuais mandatários.

Mais informações sobre a escolha das sedes no blog do nobre jornalista Eduardo Horácio.

quinta-feira, maio 28, 2009

O fim da Base Aliada

Quem acompanha este blog se estranha ao ver o assunto política ser debatido neste espaço. Apesar de gostar do tema, no qual trabalhei os últimos quatro anos, sempre preferi deixar as análises sobre governos e políticos para as páginas do jornal Tribuna do Planalto, e escrever aqui assuntos fora do ramo de trabalho.

Agora que deixei temporariamente o meu trabalho jornalístico e me preparo para uma nova jornada, desta vez na Europa, sinto vontade de repercutir o grande assunto político de Goiás: o fim da base aliada e o racha "quase" formal entre o governador Alcides Rodrigues (PP) e o senador Marconi Perillo (PSDB).

Para quem é leigo, um resumo. Alcides foi vice-governador de Marconi durante sete anos e três meses, assumindo o governo em março de 2006, na renúncia do tucano que se candidatou ao Senado. Disputou e venceu a reeleição no mesmo ano, ampliando o seu mandato para até o final de 2010.

Logo que se passaram as eleições, os atritos entre os dois grupos políticos começaram. Políticos ligados a Marconi queriam mais espaço no governo de Alcides, que preferiu dar prioridade aos seus aliados mais próximos. Com o tempo, o governo foi revelando problemas nas contas do Estado, colocando em xeque a tão propagada eficiência dos quase oito anos de governo Marconi.

Os atritos foram aumentando, mas ficaram restritos aos bastidores. A explicação lógica é que, como os dois eram aliados, uma briga pública seria prejudicial para ambos. A 'guerra-fria' proporcionou vários episódios, mas nenhum definitivo. Até a semana passada.

Com o aumento da expectativa de poder sobre o senador Marconi Perillo, pré-candidato ao governo nas eleições do ano que vem, aliados começaram a jogar duro com o governo, que não ouviu calado. Na segunda, 25, o deputado Carlos Leréia (PSDB), um dos aliados mais fortes de Marconi, fez duras críticas a Alcides, chamando-o de "traiador". As palavras do tucano também foi uma resposta ao secretário da Fazenda, Jorcelino Braga, que nunca evitou de dizer que Alcides assumiu o governo com uma situação financeira bem deficitária.

As palavras de Leréia foram a gota d'água. Leia abaixo a entrevista coletiva que o governador Alcides Rodrigues concedeu ontem, quarta, 27, publicada hoje pelo jornal O Popular, em que ele responde os ataques. Resumo da história: o 'advogado' Leréia levou a Alcides um pedido de divórcio por parte de Marconi, e este assinou no mesmo instante.

O senhor se sentiu ofendido com as declarações do deputado Carlos Alberto Lereia?
Alcides Rodrigues - É claro que fiquei ofendido. Afinal de contas, tenho me pautado pela seriedade, pelo trabalho e pela retidão ao longo da minha vida pública e também pessoal. O poder público não pode resvalar para a área da irresponsabilidade, da leviandade e também do deboche. A sociedade, principalmente em Goiás – Estado que está crescendo e prosperando – precisa e exige dos homens públicos seriedade em suas condutas e decisões. Neste sentido, o governo de Goiás tem sido transparente, responsável e ético. E vai continuar assim.

Depois desses episódios, fica complicada a união da base aliada?
Eu disse que a antecipação das eleições era inoportuna, inconveniente, indesejável e ia contra os interesses administrativos de Goiás. O resultado está aí: a antecipação do debate sucessório. Estamos muito longe ainda das eleições. Neste momento, todos que fomos eleitos temos de trabalhar muito pelo nosso Estado para beneficiar a população. É isso que estou fazendo com a minha equipe. Trabalhando muito, apresentando resultados positivos a cada dia, a cada instante. Goiás está sendo um canteiro de obras, não só de infraestrutura, mas em todas as áreas, em todas as regiões.

O senhor vai considerar lideranças do PSDB como opositores ao governo oficialmente?
Vou tratar todos com consideração, com respeito, como tenho feito até este momento. A Assembleia Legislativa tem tido toda atenção e consideração como Poder pelo Executivo. Os outros poderes, idem. Então, vou continuar nesta linha. Não vou me resvalar hora nenhuma para o lado da discussão que não traz frutos para Goiás.

Vai buscar ampliar o apoio na Assembleia Legislativa?
Nunca tive problemas na Assembleia. Tenho tido o respeito e a compreensão dos parlamentares em todas as discussões que para lá foram encaminhadas pelo Executivo. Tenho tido uma relação respeitosa com o Legislativo. E assim há de continuar.

Em sua opinião, onde está o começo deste rompimento com o senador Marconi Perillo?
Eu quero dizer que os problemas começaram a existir a partir do momento da busca do poder. Esta não deve ser a primeira discussão de um homem público, em qualquer esfera. O debate sucessório é apaixonante. E muitos são mais apaixonados até do que outros. Alguns são muito vaidosos. Têm de estar à frente em tudo, de ser considerado o melhor, o mais bonito, o mais-mais de tudo. E não é assim. Temos de ter espírito público e procurar fazer valer a confiança que foi nos depositada pelo povo goiano.

O vaidoso é o senador Marconi Perillo?
Não disse nomes, não nominei. Eu disse que existem pessoas vaidosas. Os senhores não concordam?

O que acha da acusação de traição, de que na época da campanha o senhor defendia o governo anterior e depois surgiram as críticas?
Olha, traição é daquele que não dignifica a confiança do povo. É aquele que não cumpre compromissos. É aquele que fala uma coisa e faz outra. É aquele, ou aqueles que fazem reuniões na calada da noite, fazendo estratégias para inviabilizar o governo. Estes é que são os traidores do povo de Goiás. Não (trai) quem trabalha diuturnamente, pagando contas, fazendo com que a coisa pública seja levada a sério, acabando com as tetas daqueles que não estão percebendo que o tempo é outro e que agora não existe mais.

Tempo novo acabou?
Sempre existirá tempo novo, tempo bom, para aqueles que querem o bem da coisa pública e dos interesses do Estado.

O senhor concorda com o secretário Jorcelino Braga, que disse que há um grupo do PSDB que quer desestabilizar seu governo?
Concordo em gênero, número e grau. O secretário Braga, como os demais secretários, têm sido uns leões na luta para que possamos ultrapassar tantos problemas que se apresentam à nossa frente, principalmente numa crise internacional. O Estado está em melhores condições porque fizemos uma corajosa reforma administrativa a tempo. E tivemos a condição de atravessar esta turbulência. Temos dificuldades, mas estamos trabalhando para ultrapassar estes obstáculos – alguns colocados até por pessoas que querem inviabilizar o governo.

O que deixou o senhor mais indignado em todo este episódio?
A quebra da confiança. Eu sempre fui um companheiro leal, correto, em todos os instantes. Correto, leal, prestativo, solidário e companheiro. Mas nunca me permiti estar na condição de títere1 ou de capacho.

Mandaria algum recado ao senador Marconi Perillo?
Não, não quero mandar recado. Eu, se tiver de falar, falo pessoalmente e a hora que for conveniente. Hora nenhuma eu peço para alguém falar em meu nome.

Está mais revoltado com o deputado Lereia ou com o senador Marconi?
Quero esquecer este episódio, que tem nele embutido alguns que representam o Cavaleiro da Triste Figura2.

Confirma que o PP terá candidato a governador?
Não quero discutir eleições. É inoportuno e até a legislação eleitoral não permite. Estamos é trabalhando, fazendo e conquistando muito por Goiás.

O governo pensa em apresentar dados sobre o governo anterior?
Os números não mentem. Estão aí para todos.

1 - Boneco que se move por cordéis e engonços. Fig. Bonifrate, casquilho que para nada serve. Palhaço, bufão.

2 - Da obra de Miguel de Cervantes, Dom Quixote, que narra a história de um velho que, ao ler romances de nobres cavalheiros, sai em busca das suas próprias aventuras. O livro, na verdade, é uma paródia aos cavaleiros medievais em uma época em que a cavalaria já está em decadência. Em outras palvavras: cavaleiro decadente.

quarta-feira, maio 27, 2009

Campeonato Brasileiro - 3a Rodada

Corinthians 2 X 1 Grêmio Barueri – A equipe da capital fez o seu dever de casa, mesmo com a cabeça mais voltada ao jogo contra o Vasco, no meio de semana pela Copa do Brasil.

Goiás 0 X 1 Internacional – O Goiás poderia ter decidido o jogo ainda no primeiro tempo, quando o meia Felipe armou algumas jogadas. Com gols desperdiçados, o verde avançou o seu time na segunda etapa e viu o Inter fazer um gol de contra-ataque. Ótimo placar para o time B gaúcho, que tem como principal arma o titularíssimo Guiñazu.

Cruzeiro 2 X 0 Vitória – Como o Corinthians, o Cruzeiro jogou voltado ao compromisso de quarta-feira. Não deu chances para os baianos, que vivem altos e baixos.

Palmeiras 0 X 0 São Paulo – Apesar do placar, o jogo foi muito bom. Chances para os dois, principalmente no lado tricolor, que viu o goleiro Marcos fazer ao menos quatro milagres. O terceiro goleiro do São Paulo, Denis, também fez boa partida.

Atlético-PR 2 X 3 Náutico – Foi o placar mais surpreendente da rodada. Coloca um ponto de interrogação sob o Atlético, que vem de uma fraca campanha no ano passado. O Náutico soma pontos preciosos.

Grêmio 2 X 0 Botafogo – Os jogadores gaúchos fizeram a felicidade do técnico estreante, Paulo Autuori. O Botafogo mostra que não possui time para decolar e precisará de reforços se quiser ir além da Sulamericana.

Fluminense 1 X 4 Santos – Outro resultado incomum. O Fluminense é forte no Maracanã, mas a falta de um time mais técnico começa a causar prejuízos. Já o Santos tem um conjunto bem arrumado e deverá dar trabalho.

Santo André 1 X 2 Flamengo – Ótimo resultado para os cariocas, que até a pouco tempo vinha com sérios problemas no ataque. Apesar da derrota, o Santo André pode fazer alguns estragos nas próximas rodadas.

Sport 2 X 3 Atlético – Está confirmado, o Sport entrou em ‘depressão pós-Libertadores’. Precisará esquecer o torneio continental sob risco de perder o contato com os primeiros colocados. Grande resultado para o Atlético.

Avaí 2 X 2 Coritiba – Três jogos e três empates para o Avaí. Primeiro ponto para os paranaenses. Nenhum dos dois mostrou ainda se podem ‘ameaçar’ as primeiras colocações.

Série B – Vasco venceu e pôs respeito sob o Atlético Goianiense no principal jogo da rodada. Destaques ainda para o Guarani, que venceu o Campinense na Paraíba e ainda desfruta dos 100% de aproveitamento, além do Vila Nova, que sofreu mas venceu o São Caetano em Goiânia.

terça-feira, maio 19, 2009

Campeonato Brasileiro - 2a Rodada

Ainda no início da competição, a segunda rodada mostrou algumas das tendências para os primeiros dez jogos. Muitos times 'grandes' perderam pontos preciosos e clubes apontados para o rebaixamento venceram.

Atlético-MG 2 X 1 Grêmio – O Galo jogou bem, dentro da limitação do próprio time e do início de trabalho de Celso Roth. Conseguiu parar o bom time do Grêmio, que pensa mais na Libertadores. O pênalti no final do jogo foi questionável, mas não escandaloso.

Flamengo 0 X 0 Avaí – Mais um jogo que prova a fragilidade do ataque rubro-negro. A esperança do time é a entrada de Adriano, a partir do final do mês. Para o Avaí, um bom resultado fora de casa.

Coritiba 2 X 4 Santo André – A maior surpresa da rodada, sem dúvida. O Coritiba é forte dentro do Colto Pereira e vinha de um jogo bom contra o Palmeiras, apesar da derrota. O Santo André mostra que não lutará apenas para não cair.

Santos 3 X 3 Goiás – Melhor jogo da rodada, não só pelo número de gols, como pela movimentação dos dois times. O Goiás não recuperou o que perdeu na primeira partida, mas ganhou um ponto importante. E mais: mostrou que o time é confiável, precisando, é claro, de alguns ajustes. O Santos perdeu uma ótima oportunidade de três pontos.

São Paulo 2 X 2 Atlético-PR – Resultado que mostra a má fase do São Paulo, principalmente devido aos problemas médicos. Perdeu Bosco, seu segundo goleiro, para as próximas partidas. Bom ponto para o Atlético.

Grêmio Barueri 0 X 0 Fluminense – Mostra que o tricolor sofre o mesmo problema que o seu rival e que precisará melhorar o ataque. Já o paulista parece não ter tanta força quanto o Santo André.

Internacional 2 X 0 Palmeiras – Mesmo jogando com o time reserva o Internacional bateu o Palmeiras, mostrando cada vez mais que o time paulista é limitado. Já o gaúcho tem seu teste decisivo na quarta, contra o Flamengo, pela Copa do Brasil.

Botafogo 0 X 0 Corinthians – Jogo bom, muitos lances perigosos, mas poucos gols. O Botafogo foi superior, apesar de o time paulista ter tido chances de gols claras. O time carioca se superou, mas não conseguiu o resultado.

Náutico 2 X 0 Cruzeiro – Outro placar incomum. Era esperado uma melhor sorte do time mineiro, que não joga pela Libertadores neste meio de semana. Ótima vitória para o Náutico. Vale melhor avaliação.

Vitória 1 X 0 Sport – Ótima vitória dos baianos. Mostraram que podem brigar por algo mais no campeonato. O Sport, por sua vez, ainda não superou a eliminação na Libertadores.

Série B – O destaque vai para Atlético-GO e Vasco, que se enfrentam no próximo sábado em busca da liderança da competição. Guarani, Figueirense e Duque de Caxias também venceram duas vezes. O Vila Nova foi goleado pelo Ipatinga e viu ligar o sinal amarelo.

quarta-feira, maio 13, 2009

Aventurações testa o Citybus

Já havia algum tempo que queria fazer o 'test-drive' na nova cria do transporte coletivo de Goiânia. Como todo bom goianiense, me assusto com o preço de R$4,50 do serviço e o valor sempre foi impedimento. Para que deixar de utilizar o meu carro e pegar um micro-ônibus se para mim não será financeiramente compensador?

Idéia
Acordei hoje às 08:50 da manhã e não tinha mais sono - para quem me conhece sabe que é um milagre -, quando resolvi levantar. Fui futricar um pouco na internet, ler jornais, ver as últimas, quando comecei pensar como iria a Assembléia Legislativa, já que acompanhar as votações do legislativo era o meu trabalho do dia.

Estava cansado de pagar R$6,50 de estacionamento, e não me passava pela cabeça atravessar a cidade até o jornal, então fiquei imaginando como chegaria ao parlamento. Na mesma hora pensei um pouquinho e resolvi: vou testar o novo city-bus.

Planejamento
A pauta estava lançada, mas precisava me preparar para aquela 'aventura'. Em primeiro lugar, abri um informativo que tenho aqui em casa sobre o serviço e chequei a rota. Quase desanimei quando vi que teria que ir até o Flamboyant para depois guinar ao centro. A curiosidade, porém, falou mais alto.

O informativo (quatro páginas standard de jornal) não indicava os pontos em que passavam as vans. Em se tratando das companhias de ônibus locais não é nada que foge do normal. Entrei então no site da Rede Metropolitana de Transporte Coletivo (RMTC) para ver se conseguia maiores informações. Lá nem constava o novo serviço.

Acessei o Google Maps e, pelas avenidas do roteiro, tentei imaginar o trajeto dos citybuses. Como pegaria, primeiro, o 901, e ele passa na Av. Quarta Radial, acreditei que haveria um ponto na frente do Supermercado Marcos. Percebi também, que não teria que mudar de ponto lá no Flamboyant para pegar o 902, que liga o shopping à Praça do Avião.

Sitpass
Logo após o almoço, encarei a missão. Saí do meu prédio exatamente às 13:27, e comecei a caminhar tranquilamente rumo a Av. Quarta Radial. Como pegaria duas vans, e o informativo do Citybus foi bem claro ao comunicar que só teria direito de fazer a integração de uma van a outra quem usasse o famigerado sitpass, sai logo a sua procura.

Entrei na primeira loja que vi, uma papelaria, e perguntei se lá vendia o passe. O rapaz respondeu negativamente e, após uma nova questão da minha parte, me informou que vendiam em um guichê, em frente ao supermercado Marcos.

Atravessei a Av. Circular e encontrei logo o lugar. É uma daquelas cabines que vendem recarga e cartões de telefone. Tinha um garoto na minha frente, mas fiquei aliviado logo quando vi uma pilha de sitpass de duas viagens. Vale lembrar que por aqui é difícil de achá-los, daí a sua qualificação de 'famigerado'. Gastei sete minutos da porta do meu prédio à compra do passe.

SPL-Flamboyant
Atravessei a avenida e comecei a esperar no ponto. Como nunca tinha visto ninguém dentro dos citybuses me senti estranho. Fiquei imaginando como seria andar em um ônibus sem ninguém. Já fui esperando pelo pior, já que no informativo dizia que a espera máxima para aquela linha era de 20 minutos. Em Goiânia, quando dizem 20, na verdade, querem dizer 40.

Me surpreendi. Em quatro minutos (cronometrados), eis que surge a minha van fazendo a curva na Avenida Circular. Dei o sinal, ela parou e fiquei esperando a porta abrir. Ao subir os degraus, outra surpresa. O motorista virou a cabeça na minha direção e, antes de qualquer reação da minha parte, sorriu e disse: "Boa tarde!".

Era muito para mim. Andei anos e mais anos de ônibus minha vida e nunca um motorista me havia cumprimentado. Retribui a saudação e passei a catraca. Pensa que as surpresas acabaram? Claro que não. Havia uma passageira sentada no primeiro banco da van. Surpreendente!

Sentei um pouco mais atrás e verifiquei que não cabia no banco. Normal. Sou grande e nunca coube nestas vans. O banco, porém, era muito confortável. A limpeza estava impecável. A van cheirava novo - fiquei imaginando quantos passageiros aquele carro já havia transportado. Não eram muitos, com certeza.

Em nosso caminho até o shopping, percebi que o motorista não tinha pressa alguma. Pelo contrário. Andava calmamente e se preocupava em fazer as curvas sem 'jogar ninguém pela janela'. Depois de seis minutos desci no Flamboyant.

Flamboyant-Assembléia Legislativa
Quando vi que a van não pararia naquela plataforma gigantesca atrás do shopping, apertei o botãozinho de parada e segui para a porta de desembarque. Não apitou, parecia desligado, mas percebi que o motorista logo veria que eu estava querendo descer.

Não deu outra. "Ah, este botão não está funcionando. Você quer ficar aqui?", questionou. Com o meu positivo, ele parou imediatamente e eu desci. Achei estranho ele parar em qualquer lugar, mas, enfim, não discutiria. Mesmo porque o próximo ponto estava a uns 50 metros e eu poderia caminhar tranquilamente.

Chegando lá, confirmei com o vendedor de sitpass se era ali que eu pegaria a van para o centro. Me disse que sim e me informou que era a linha 902. Sentei no banco do ponto e comei a esperar. Em pouco tempo passaram-se alguns ônibus e umas duas vans. Novamente, em quatro minutos desde a minha chegada, não é que o citybus já estava diante de mim?

Entrei e, novamente, o motorista me cumprimentou. Já acostumado às gentilezas, retribuí e perguntei qual ponto eu desceria para ir à Assembléia. "Eu passo lá na frente", respondeu, dando a entender que ele pararia lá para mim descer. Agradeci novamente e sentei. Não sei se foi impressão minha, mas a poltrona desta van parecia um pouco maior.

O carro estava, novamente, impecável. O ar-condicionado mantinha uma temperatura agradável dentro da van, mas nada de frio. Parecia estar tudo perfeito. Saiu do shopping, foi até a Av. 90, passou pela Praça do Cruzeiro, contornou a Praça Cívica e rumou até a Alameda dos Buritis.

Como, desta vez, só tinha eu de passageiro, logo que chegou à Assembléia eu me posicionei na porta de saída e, sem falar mais nada, ele parou a van bem em frente ao parlamento. Desci e atravessei a rua tranquilamente. Foram 16 minutos do Flamboyant até a Assembléia Legislativa, passando por pontos críticos do trânsito goianiense. Às 14:10 estava dentro do prédio.

Conclusão
Me baseando nesta minha primeira experiência, aprovo os serviços do Citybus. Quando saí de casa pensei que estava entrando numa fria (e nem era pelo ar condicionado, rs), mas a viagem foi muito boa. A única ressalva é em relação ao preço. Continuo defendendo apenas 50% a mais da tarifa convencional, ao contrário dos 100%. O preço do citybus é mais caro que muito transporte coletivo eficiente da Europa.

Sugiro, então, R$2,00 para o ônibus e R$3,00 para o citybus. Seria uma tarifa mais decente. Sem esquecer, é claro, que o transporte convencional está sedento por melhorias. Não tenho dúvidas em afirmar que o nosso transporte coletivo é um dos piores do Brasil. Que tal algumas melhorias? Fica a sugestão para os 'barões do transporte' de Goiânia.

Foto: Divulgação - Prefeitura de Goiânia

segunda-feira, maio 11, 2009

Campeonato Brasileiro - 1a Rodada

Começou! Para mim a temporada 2009 do futebol brasileiro iniciou-se neste último fim de semana, com o Campeonato Brasileiro. Estava sentindo a falta deste torneio tanto que, sem perceber, assisti três dos dez jogos. Acredito que este Blog esteja precisando de uma 'injeção' de esporte, então espero escrever sempre após as rodadas. Veremos se conseguirei.

Sport Recife 1 X 1 Grêmio Barueri - Derrapada do Sport em casa, logo na sua estréia. É claro que o time pernambucano está pensando mais no confronto de amanhã contra o Palmeiras do que nos primeiros jogos do Brasileiro, mas deixou de conseguir dois pontos preciosos contra um time que deverá lutar contra o rebaixamento.

Palmeira 2 X 1 Coritiba - Palmeiras também jogou pensando no Sport, mas conseguiu virar o jogo contra o ex-time de Keirrison. Jogador que já mostrou que fará muita falta aos paranaenses este ano.

Avaí 2 X 2 Atlético-MG - Foi o primeiro jogo que assisti. O Atlético Mineiro está em formação, com o novo comando de Celso Roth. Mostrou poder de reação, já que perdia de 2 a 0. O Avaí apresentou um time limitado, mas que não perdoará desprezo. Não creio que algum dos dois lutará por algo grande neste campeonato.

Corinthians 0 X 1 Internacional - Para mim os dois times que começam o campeonato como favoritos ao título. Mesmo vencendo o time misto do Corinthians por apenas um gol, o Inter ganhou três importantes pontos em um confronto direto que fará falta ao paulista mais tarde.

Fluminense 1 X 0 São Paulo - O tricolor paulista estreou jogando mal e não conseguiu voltar do Rio trazendo pontos. E teve chances para isto. O Fluminense também voltou a mostrar fragilidades em seu setor ofensivo, mas atrás continua se fechando bem. Achou um gol logo no início e levou os três pontos.

Cruzeiro 2 X 0 Flamengo - Se faz o pênalti logo no início, o Flamengo fatalmente sairia com um resultado melhor. Além de não marcar, cometeu um pênalti que o Cruzeiro não perdoou. Ótima vitória dos mineiros.

Atlético-PR 0 X 2 Vitória - O placar só ressalta aquilo que vi na Copa do Brasil. Aquele primeiro tempo contra o Corinthians foi exceção para o Atlético, assim como o Vitória que ganhou do galo por 3 a 0 no primeiro jogo parece ser o verdadeiro. Olho nos baianos.

Grêmio 1 X 1 Santos - O Santos tem um time limitado, mas conseguiu levar um precioso empate do Sul. O Grêmio, por sua vez, tropeçou em casa. É claro, também está com a cabeça na Libertadores.

Santo André 1 X 1 Botafogo - Me surpreendeu o time paulista conseguir segurar o 1 a 0 até o finalzinho contra o vice-campeão carioca. Antes do campeonato, para mim, o Santo André seria um dos candidatos a rebaixamento. Merece uma melhor avaliação.

Goiás 3 X 3 Náutico - O Goiás jogou bem, mas pecou na marcação. Deu muita liberdade aos meias pernambucanos, principalmente após o terceiro gol. O placar foi decepcionante para o time goiano, mas o jogo mostrou falhas antes ocultas, principalmente no campeonato goiano.

Série B - Destaque para os times de Campinas-SP (Guarani 4 a 2 contra o Fortaleza, no Ceará, e Ponte Preta 2 a 0 no ABC, em casa), a vitória do Bahia sobre o Paraná (2 a 0) e o placar magro do Vasco contra o Brasiliense, no Rio (1 a 0). O Atlético-GO começou bem (venceu o América-RN por 2 a 0, fora de casa), mostrando que poderá ser um dos favoritos a subir para a série A.
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