domingo, setembro 11, 2011

A eterna Música da Noite

Não sou um grande conhecedor de musicais, mas dos quais eu já assisti não tenho dúvida em eleger "O Fantasma da Ópera" como o melhor. E das várias musicas marcantes desta peça, uma me encanta em especial. O título original é "The Music of the Night" e quando a obra foi adaptada aqui no Brasil ela se chamou "A Música da Escuridão".

Vale muito a pena escutá-la por inteiro, então segue a letra e o video do trecho tirado do filme. Apesar de a letra ser em inglês, ela é bem simples, assim não colocarei a tradução.



The Music of the Night
Webber Andre Lloyd

Night time sharpens, heightens each sensation
Darkness stirs and wakes imagination
Silently the senses abandon their defences
Helpless to resist the notes I write
For I compose the music of the night

Slowly, gently, night unfurls its splendour
Grasp it, sense it, tremulous and tender
Hearing is believing
Music is deceiving
Hard as lightning, soft as candlelight
Dare you trust the music of the night

Close your eyes for your eyes will only tell the truth
And the truth isn't what you want to see
In the dark it is easy to pretend
That the truth is what it ought to be

Softly, deftly, music shall carress you
Hear it, feel it, secretly possess you
Open up your mind
Let your fantasies unwind
In this darkness which you know you cannot fight
The darkness of the music of the night

Close your eyes, start a journey through a strange, new world
Leave all thoughts of the world you knew before
Close your eyes, and let music set you free
Only then can you belong to me

Floating (floating), falling (falling), sweet intoxication
Touch me (touch me), trust me (trust me), savour each sensation
Let the dream begin
Let your darker side give in
To the power of the music that I write
The power of the music of the night

You alone can make my song take flight
Help me make the music of the
Help me make the music of the night...



Quando a peça veio ao Brasil - se não me engano em 2005 -, as músicas todas foram reescritas para que, ao mesmo tempo, fossem fiéis a peça e pudessem ser cantadas em português para o público. Assim sendo, a letra adaptada é um pouco diferente.

Eu, pessoalmente, prefiro o texto em inglês, mas a "nossa" versão também é muito legal, principalmente na voz do Saulo Vasconcelos, o grande dos musicais no Brasil. Coloquei um video apenas com o audio porque não há um clipe da gravação do espetáculo.



A Música da Escuridão

Cai a noite, abre o pensamento
Vem no escuro
Forte o sentimento
Todos os sentidos entregam-se rendidos...


Calma, doce, noite vem descendo
Sente, ouve, como vai crescendo
Vira o rosto em paz, deixa o sol ficar atrás
Vira as costas para a fria luz e então
A música virá da escuridão


E de olhos fechados deixa entrar o som
Faz de conta que a vida não valeu
Deixa a alma subir até o céu
E terás muito além do que era teu


Calma, lenta, a canção te invade
Chega, entra, já não tens vontade
Abre os teus umbrais, e as secretas espirais
Fantasias transbordando o coração
Com a música que vem da escuridão


Deixa o som te levar a um mundo novo e teu
Onde nada é igual ao que passou
Deixa a alma inventar esse jardim
Onde então pertencerás a mim


Leve, solta, estás embriagada
Toca, sente, eis a nova estrada
Deixa-te levar pela sombra em teu olhar
Ao poder da minha cálida canção
A música que vem da escuridão


Tu serás a minha inspiração
Musica que vem da escuridão...


A peça saiu de cartaz há vários anos no Brasil e, infelizmente, não há registros digitais para quem quiser revê-la. É incrível como as pessoas não conseguem ter ideias simples para ganhar dinheiro, já que nenhum grande musical que é adaptado no Brasil possui versões em CD e/ou DVD para a venda. Depois de tanto trabalho a impressão que fica é que aquilo que foi feito se perdeu.

Espero um dia ainda poder fazer aula de canto, apenas por hobby. Sempre tive vontade, mas as oportunidade$ não surgiram. Quem sabe eu ainda me torne algum talento tardio. Bom, dois pré-requisitos eu já tenho - sou italiano e gordo (rsrs).

quarta-feira, setembro 07, 2011

São Paulo mais uma vez

Deve ser minha veia paulista, mas me sinto bem em São Paulo. Fábio Barbieiro, meu amigo paulistano, nunca entendeu como uma pessoa pode gostar daquela cidade. Mas acho que isto é impressão de quem mora e convive com os problemas da metrópole. Para mim, que venho de fora, é uma ótima oportunidade de andar, andar e andar pelas ruas da cidade, sem nenhum compromisso.

Este ano o festival italiano de Nsa. Achiropita estava muito concorrido: tanto em espaço na rua, quanto para conseguir um prato do maravilhoso espagueti. Mesmo assim, é sempre ótimo visitar as ladeiras do Bixiga e comer uma refeição que lembre um pouco a minha pátria italiana.

Como não pode deixar de ser, também dei a passada tradicional no Teatro Abril para assistir um musical. Em cartaz, o famoso Mamma Mia, construído sobre as músicas da banda Abba, sucesso nos anos 70, 80, 90 e até hoje, rsrs!!

Já é costume (e desta vez não foi diferente) que os musicais da Broadway adaptados no Brasil são de ótima qualidade. A história da peça é a mesma do filme, não tem nenhuma surpresa. A produção, porém, impressiona. Gostei da atuação de Pati Amoroso (Sophie), que, apesar de alguns deslizes, esteve muito bem. Ela é jovem e a medida que for ganhando experiência promete ser uma ótima atriz de musicais. Como Kiara Sasso (Donna), que já fez vários espetáculos e, em cena, bate um bolão. Destaco também Arízio Magalhães (Sam), que é substituto do badalado Saulo Vasconcelos, porém canta e atua muito bem.

Duas cenas se destacam. A última do primeiro ato, quando dezenas de atores contracenam dançando e cantando a música Voulez-Vous, é grande e impressiona. Outra, de menor dificuldade, mas muito bonita, quando Arízio canta para Pati a música Knowing me, Knowing you.

Um final de semana em São Paulo é pouco, mas estar lá ao lado dos amigos é renovador. É claro que sempre falta alguém, porém isto faz parte da vida e o importante é aproveitar o momento.

terça-feira, agosto 02, 2011

Pensamento do dia

Para começar bem o mês de agosto e voltar a escrever neste espaço:

"As chaves já não abrem portas no mundo atual. Este serviço foi transferido para os cartões de crédito"

segunda-feira, junho 06, 2011

Câmara de Ap. de Goiânia ignora jornalistas

Saiu hoje o edital para o concurso público da Câmara Municipal de Aparecida de Goiânia, segunda maior cidade do Estado de Goiás em número de habitantes e principal cidade conurbada a Goiânia. Para minha surpresa, e acredito de muita gente, o pré-requisito mínimo para o cargo de Assessor de Comunicação é apenas Nível Médio Completo.

É isto mesmo, os membros da Casa legislativa acreditam que não é necessário ser formado em Jornalismo, nem mesmo ter formação superior, para o exercício do cargo. Espero ação do Sindicato dos Jornalistas do Estado de Goiás.

Você pode acompanhar a página do concurso aqui e o edital aqui

Atualiação às 18:08----------

Resposta do Sindicato:

"O Sindicato já está tomando as providências para tentar corrigir esse problema.
O presidente do Sindicato, Cláudio Curado,  teve uma reunião hoje com o presidente da Câmara Municipal de Aparecida para tratar desse assunto."


Agradeço ao Sindicato. Vamos acompanhar os desdobramentos.

terça-feira, maio 17, 2011

Goiás é o 23o da América do Sul

O Goiás Esporte Clube ocupa posição de destaque no novo ranking da Confederação Sulamericana de Futebol (Conmebol). O clube goiano ocupa o 23o lugar na lista que foi divulgada hoje (terça, 17), à frente de vários clubes tradicionais do futebol brasileiro, como Flamengo (28), Botafogo (38), Corinthians (41), Atlético Mineiro (45) e Vasco (71).

O clube goiano também está na frente de times importantes de outros países da América do Sul, como Peñarol (URU), River Plate (ARG), San Lorenzo (ARG) e Emelec (EQU).

Com o seu novo ranking, a Conmebol passa contar apenas os cinco últimos anos. O objetivo é elencar os  melhores clubes de um passado recente, ao invés da fórmula antiga, que considerava os resultados desde 1960.

Seguem os primeiros 26 colocados do ranking:

quinta-feira, maio 05, 2011

Obama e o 'Olho por olho'

Tenho lido alguns textos de opinião sobre a morte do terrorista Osama Bin Laden, anunciada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, no último domingo, 1. São dois os acontecimentos que mais me chama a atenção neste episódio: a grande comemoração dos estadunidenses e o desrepeito de normas internacionais pelo grande país do norte.

Até que ponto esta ação, totalmente arbitrária, pode ser justificada? É claro que os atentados de 11 de setembro de 2001, em Nova Iorque e Washington, foram hediondos e condenáveis. Não diz o Direito Internacional, porém, que todo o ser humano, por pior que seja, tem direito a um julgamento?

Recomendo mais um texto, desta vez do colunista da Folha de São Paulo, Hélio Schwartsman, onde ele lembra que a operação dos EUA remete a Lei de Talião, do Código de Hamurabi - o popular "olho por olho, dente por dente":

"A primeira e mais antiga é conhecida como lei de talião. É o famoso "olho por olho, dente por dente" do Antigo Testamento. Tecnicamente, leva o nome de justiça retributiva. Não difere muito da vingança. Aplica-se a pena porque o réu a "merece". Essa noção de merecimento, é claro, só faz sentido quando dispomos de um Deus ou alguma outra entidade metafísica que sustente uma ideia de Justiça perigosamente platônica."


Vale a pena a leitura, principalmente por que é um texto interpretativo, não expressa tantos juízos de valores. Para ler, clique aqui

segunda-feira, maio 02, 2011

Análise interessante

A primeira reação de grande parte da população americana diante da notícia da morte de Osama bin Laden, o rosto mais famoso do terrorismo internacional, foi sair às ruas para comemorar a derrota de seu inimigo. No entanto, a operação contra o terrorista saudita foi um assassinato sumário e como tal não deveria ser comemorado, de acordo com a análise da historiadora Maria Aparecida de Aquino.

"Há meses vem sendo preparada, junto com o governo do Paquistão, toda uma operação para chegar à casa de Osama Bin Laden. A ordem que se tinha era metralhar, a ordem era atirar. Fica difícil pensar em motivo para comemoração", pondera Aquino, professora em História Social da Universidade de São Paulo (USP).

A pesquisadora também questiona os precendentes abertos pela ação americana. "Isso não significa defender o que aconteceu em 11 de setembro de 2001, que foi um ato terrível e ofendeu a humanidade. Não significa negar o direito da população americana de buscar os culpados. Mas defender a forma como isso foi feito será dar aos Estados Unidos a possibilidade de amanhã entrar em qualquer uma de nossas casas e dizer: ‘olha, imaginei que aqui houvesse um terrorista e andei metralhando’. É muito grave o que aconteceu".

* Texto veiculado no Portal UOL. Leia a íntegra da ótima entrevista com a pesquisadora aqui.

quarta-feira, abril 06, 2011

Se for escrever, pare, leia e pense!

Me irrita ler opiniões do povo em portais de notícias. Confesso que é interessante, já que percebemos facilmente algumas roupagens que podemos vestir 99% das pessoas que ali postam um comentário. O que me deixa indignado, porém, é o alto número de pessoas que acionam a mão antes de ligar o cérebro.

Peguemos este caso do Japão, por exemplo. É muito fácil criticar a energia nuclear neste momento em que você tem milhões de pessoas afetadas por vazamentos radiotivos. O que muitos esquecem, contudo, é que vivemos em um mundo em que a produção sobe a cada ano e que isto vai, automaticamente, demandar novos programas de geração de energia.

O Brasil, por exemplo, tem o projeto de instalação de novas quatro usinas nucleares no Nordeste. A meta é aumentar de 2% para 6% a participação da energia nuclear na matriz energética brasileira. Não é fácil olhar com bons olhos para este projeto, principalmente no atual momento, mas não se pode esquecer que o país tem necessidade de diversificar os meios de produção de energia e aumentar a geração.

É fato que o país possui um grande potencial hidráulico para produção de energia. Isto o coloca como um dos que tem a melhor relação entre geração limpa e suja. É um fato positivo. Não se pode, porém, esquecer as outras formas de geração de energia, senão correremos o risco de virarmos dependentes exclusivos de uma fonte só. Uma grande seca, por exemplo, e todo o potencial hidráulico estaria condenado (como já ocorreu).

O que me irrita profundamente é que há pessoas que não ouve o que fala (ou não lê o que escreve). É capaz de condenar a energia nuclear, criticar Belo Monte, falar mal da poluição gerada pelas termoelétricas e achar ruim se tivermos um novo apagão.

Produção de energia elétrica causa impactos. Cabe a nós decidirmos se vamos conviver com eles ou se tomaremos banho frio.

quarta-feira, março 23, 2011

TV UFG denuncia censura

A diretora da TV UFG, Rosana Borges, enviou Carta de Repúdio e artigo com o título "a praça censurada" à Rádio 730. Nestes documentos ela relata que a última sexta-feira (18) uma equipe da TV UFG teria sido vítima de "censura na Praça Cívica.

A equipe da TV foi impedida de fazer imagens na Praça Cívica, por integrantes do Gabinete Militar do Governo de Goiás.

Diz a Carta de Repúdio, assinada por ela, e enviada à Rádio 730:

"Contrariando a Carta Magna que rege nosso país, na tarde da última sexta-feira, dia 18 de março, uma equipe da TV UFG foi vitma de censura prévia na Praça Cívica, em Goiânia. Ao montar os equipamentos para iniciar uma gravação, a equipe, composta por jornalista, cinegrafista e auxiliar de cinegrafia, foi interceptada por um policial militar que solicitou autorização para filmagem no local. De pronto, a repórter informou que estava em uma praça pública e que, portanto, não precisaria de autorização. Insistindo na dita autorização, o PM intimidou a repórter e a encaminhou para uma sala do Gabinete Militar localizada dentro do Palácio Pedro Ludovico Teixeira. Quando a jornalista chegou na sala percebeu que estava sozinha em meio a vários outros policiais. Dentro do recinto, o policial que abordou a equipe questionou a formação profissional da repórter e afirmou que a mesma ainda era estudante.
Outro policial, que estava sentado em uma mesa, questionou sobre o conteúdo da matéria que estava sendo produzida, dizendo que precisava saber se a matéria estava "falando mal do governo". Mesmo explicando que era jornalista formada, contratada da TV UFG, que estava gravando em local público, com uma equipe e equipamentos identificados, a jornalista foi constrangida por policiais militares que insistiram em avisar que, para a TV UFG registrar imagens na Praça Cívica, é necessário informar sobre o conteúdo da gravação aos policiais e ainda solicitar a referida autorização, que não é concedida por meio de nenhum documento escrito, sendo apenas verbal, após a explicitação da pauta aos policiais do Gabinete Militar.
Após mostrar a pauta das entrevistas, que questionavam o goianiense sobre sua satisfação com o plano de saúde, a repórter foi autorizada a filmar na Praça Pública, digo, Censurada. Considerando que o local de gravação é uma praça pública, a sanção sofrida pela emissora parece não se tratar de apenas uma forma de intimidação, pois fere o Artigo 220 da Constituição Federal Brasileira, configurando numa tentativa de censura prévia. Não é a primeira vez que a TV UFG produz matérias na Praça Cívica e filma no mesmo local em que fez as entrevistas. No entanto, é a primeira vez que é solicitada esta autorização.
A denúncia foi protocolada na Corregedoria da Polícia Militar, que vai investigar os fatos e adotar os procedimentos administrativos cabíveis. No entanto, esses parecem ser insuficientes diante da gravidade dos acontecimentos, uma vez que se trata de uma tentativa de censura prévia e que, como dito, é uma prática não aceitável no atual momento histórico em que vivemos no Brasil".


* Notícia veiculada no Portal 730, com negritos feitos pelo autor do blog

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

O Tirano do Futebol

A Revolução Francesa, iniciada em 1789 (com a queda da prisão Bastilha, marco do movimento), deflagrou um processo que durou décadas, mas que acabou gradativamente com o absolutismo monarca na Europa e no mundo.

No Brasil, o período que vai de 1822 (independência) até 1889 (república), marca a época de decisões soberanas por parte de uma só pessoa. Este tempo, porém, não acabou, pelo menos no futebol.

O esporte mais popular dos brasileiros é reinado desde 1989 por um rei absoluto, que impõe as suas mais esdrúxulas vontades. Às suas decisões quase não há questionamentos, a não ser de um ou outro jornalista desobediente que ousa, de vez enquando, denunciar as suas artimanhas.

O bloqueio a ele foi furado uma vez, quando no final da década passada as suas relações com empresas e a própria Confederação Brasileira de Futebol (CBF) foram investigadas pela CPI CBF-Nike, criada e tocada pelo Congresso Federal.

Talvez a proteção que o maior meio de comunicação do país concede a ele (leia-se aos seus próprios interesses comerciais com a CBF), tenha o ajudado um pouquinho a se safar de um destino que, segundo a investigação parlamentar, era certo e inevitável.

Hoje ele reina mais do que nunca. Todas as decisões do futebol brasileiro passam por suas mãos. Não importa se o que decide tem, ou não, base técnica. Tomou uma decisão, está tomada - respeite-a.

Isto vale desde o novo técnico da seleção brasileira, até mesmo a decisão de qual clube foi campeão brasileiro em um determinado ano. Não há discussões na CBF, e sim uma relação de obediência e vassalagem. O futebol brasileiro, talvez a nossa maior expressão cultural e certamente um dos nossos maiores produtos, está nas mãos de uma só pessoa.

Como vários indivíduos de bem no Brasil, este blog comunica que não respeita as decisões da Vossa Majestade do futebol. Principalmente em relação a aqueles reconhecimentos de títulos nacionais pré-1971, fato consumado apenas para atender a interesses políticos. Para este espaço, o que continua valendo é o bom senso.

Obs.: Vale lembrar que este blog respeita os clubes que conquistaram a Taça Brasil e o Torneio Roberto Gomes Pedrosa, mas não considera que tais campeonatos possam ser igualados ao atual Campeonato Brasileiro.

Obs2.: Já sobre a questão do título de 1987, este blog concordaria com a decisão de dividí-lo entre Flamengo e Sport Recife se fosse tomada naquele ano ou, nos dias atuais, se estudada friamente por um corpo de técnicos. A demora da resolução de um assunto de 24 anos atrás e, sobretudo, a natureza essencialmente POLÍTICA da mudança de postura do soberano do futebol tornam a decisão questionável e condenável.

Obs3.: A Obs2 foi modificada após a divulgação do post devido a interpretações errôneas advindas do texto original.

sexta-feira, janeiro 28, 2011

Jornalistas devem ter "privilégios"?

A meia-entrada para jornalistas pode virar lei em Pernambuco. Segundo notícia do blog do Josias de Souza, o governador Eduardo Campos (PSB) mandou uma mensagem para a Assembléia Legislativa do Estado para que o desconto em eventos culturais vire lei estadual.

O que me chamou a atenção foi a revolta do titular do blog com o que chama de "privilégio". Para mim foi uma opinião, digamos, politicamente correta demais.

Calma!! Antes de me condenarem, leiam, por favor, os meus argumentos.

Ele tem toda razão em condenar o absurdo do sindicato local em querer cobrar que o desconto seja apenas para os filiados e, além disto, exigir deste que esteja em dia com a instituição.

Mas, ora, criticar o desconto, que poderia dar acesso facilitado ao conhecimento e cultura para o profissional de comunicação, isto eu achei exagerado. Aliás, acho que políticas como estas deveriam ser adotadas como bandeira pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

Lembro, por exemplo, que na França jornalistas não pagam para entrar em museus. Até mesmo nos clássicos, como o Louvre e o Palácio de Versailles, o profissional entra de graça (e sem fila) apenas com a apresentação de uma carteira internacional que prove o desempenho da profissão.

Na Itália, até pouco tempo, a Ordem dos Jornalistas tinha um convênio com a empresa ferroviária Ferrovie dello Stato (que praticamente monopoliza o serviço no país), onde os jornalistas tinham um bom desconto para viajar entre qualquer localidade.

No Brasil, os responsáveis pela informação não possuem nenhum incentivo para melhorar a sua formação.

O jornalista brasileiro não precisa de incentivos apenas para ter acesso a cultura, mas principalmente para continuar na profissão. Hoje, a situação do jornalismo é de penúria. Na maior parte do país o piso da categoria (que muitas vezes se transforma em teto) não ultrapassa R$ 1.500,00.

Em Goiás, meu Estado, o valor mínimo bruto é R$ 1.362,00. Poucos jornalistas ganham mais do que isto. Quando ocorre, o valor adicional não passa de R$300,00 ou R$400,00.

Questiono: Será que este valor é suficiente para que os responsáveis pelas notícias e opiniões, que entram todos os dias na casa de praticamente todos os brasileiros, tenham uma vida tranquila e sustente a si e a sua família? E como este profissional ainda terá condições de buscar melhorar a sua formação?

Talvez não deveria mesmo haver o chamado "privilégio", já que os jornalistas precisam ser "independentes". Diante da nossa situação profissional, porém, acredito que estes benefícios poderiam ser, pelo menos, discutidos. Não condenados.

sábado, janeiro 01, 2011

Feliz Ano Novo!!

Não poderia faltar a tradicional mensagem de "Feliz Ano Novo". E um post no primeiro dia do ano, mesmo que seja no apagar das luzes, é sinal de que vou escrever aqui o ano inteiro.

Um ótimo ano a todos!!
powered by Blogger | WordPress by Newwpthemes | Converted by BloggerTheme