segunda-feira, dezembro 27, 2010

Renovação

Algumas coisas que ocorreram no final do ano passado me indicaram a necessidade de mundanças. Uma delas era a confirmação de que o template anterior estava defasado em relação aos meus objetivos. O que fazer? Mudar, é claro.

Tentei encontrar algo mais moderno e funcional. Gostei deste. As cores são leves, fundamental para não se estressar. O fundo do texto é branco, arrumando, ao meu ver, um dos principais problemas do antigo.

Fui pesquisar quanto tempo havia permanecido com o "Visual dos Hobbits", e me surpreendi - foram 995 dias. Se soubesse, esperaria mais cinco dias para completar mil. Isto não ocultará, porém, os quase três anos que aquele velho template possui na história deste blog. E bola para frente.

Aproveitando, um Feliz Natal atrasado a todos!! Como Natal é época de renovação, nada melhor do que estreiar uma nova fase neste blog.

quarta-feira, dezembro 15, 2010

Lista Negra

Segue a lista dos deputados goianos que votaram "SIM" para o projeto de urgência e possibilitaram o aumento de 61,7% em seus próprios salários, do presidente, vice e ministros. A partir de fevereiro de 2011, eles vão receber R$ 26,7 mil.

Não houve nenhum goiano que votou "NÃO". Os que não estão listados não compareceram à sessão.

Luiz Bittencourt (PMDB)
Marcelo Melo (PMDB)
Roberto Balestra (PP)
Carlos Alberto Leréia (PSDB)
Professora Raquel Teixeira (PSDB)
Pedro Wilson (PT)

Apesar de apenas Balestra e Leréia terem sido reeleitos (os outros não disputaram), vale a pena passar esta lista para frente e dar uma "queimada" nesta turma.

quinta-feira, dezembro 09, 2010

Quando a mídia brasileira 'bailó' tango

“O Goiás é o Brasil na Copa Sulamericana”. Esta foi a frase dita, mas pouco respeitada pela mídia brasileira na edição 2010 da final da Copa Sulamericana entre Goiás e Independiente da Argentina.

Os portais e televisões nacionais pouco se interessaram na oportunidade do time goiano em trazer este título para o Brasil. Nos dias que precederam os dois jogos, pouco foi noticiado nos telejornais esportivos e quase nada encontrado nos principais portais da internet.

Este blog acompanhou os três principais portais esportivos (UOL, G1 e R7) em dias chaves desta decisão e constatou o que já sabia – no futebol o Brasil se resume a Rio-São Paulo-Sul, com algumas exceções as Minas Gerais. O restante é respeitado como coadjuvante, nada mais.

Com a concorrência da semana decisiva do Campeonato Brasileiro, a mídia nacional fez de tudo para valorizar a disputa praticamente encerrada entre Fluminense e Corinthians pelo título nacional e ignorou o primeiro jogo da final da Sulamericana.

Um dia antes da partida, não havia praticamente nenhuma informação nos portais. O G1 chegou a ressuscitar o confronto Goiás X Palmeiras das semifinais, com uma matéria onde o volante Assunção do time paulista dizia que não assistiria a final, magoado com a eliminação. Sobre a final, nada.



Após a primeira partida, e as notícias comuns da vitória do Goiás, a final da Sulamericana sumiu totalmente das páginas e deu lugar à decisão do Brasileirão. A mesma tática era usada por programas especializados na televisão, como o Globo Esporte.

Este, inclusive, conseguiu esgotar todas as pautas possíveis e impossíveis para contar o futuro título do tricolor carioca. Uma foi até caricata, quando perguntaram a um vidente quem seria o campeão. O título só escaparia das mãos do Flu se ocorresse uma catástrofe.

Com o fim do campeonato brasileiro, o Goiás e a final da Copa Sulamericana ganharam espaço do noticiário nacional, não? Negativo. Além da festa do Flu, os portais passaram a destacar sub-notícias dos clubes, o Inter a caminho do mundial e reforços para a próxima temporada.

Para total surpresa, o destaque do UOL um dia antes da finalíssima não era o Goiás – o time brasileiro que lutaria para trazer mais um título internacional a ‘pátria-amada’ – e sim o Independiente da Argentina. A matéria contava que o time argentino lotaria o estádio.



Um prova de que não existia matéria do Goiás, que mostraria a preparação do esmeraldino para a partida, é o fato de que a notícia do Independiente virou até mesmo ‘notícia do dia’ do clube goiano.



Até o site da Fifa trouxe mais destaque ao Goiás do que a mídia brasileira. Enquanto o clube do centro brasileiro era menosprezado pela imprensa de seu próprio país, era destaque no site da Federação Internacional de Futebol.



No dia do jogo final ficou clara a prioridade das televisões brasileiras. A Sportv preparou uma transmissão de primeira linha, mandando equipe completa para Buenos Aires. Encontrou, porém, uma solução de ‘valorizar’ o seu produto.

O Grêmio, quarto colocado do Brasileirão, esperava a decisão do Goiás para definir se participaria, ou não, da Copa Libertadores da América 2011. Assim, o canal adotou a opção calhorda de inserir o time gaúcho na transmissão, como se a final fosse Goiás X Grêmio.

A emissora mostrou que apesar de ser uma decisão Brasil X Argentina, a vitória dos nossos vizinhos serviria para parte do Brasil (e verdade seja dita, para eles, a parte que importa). Não fizeram cerimônia ao colocar flashes de Porto Alegre com a torcida do Grêmio vibrando com a derrota do time brasileiro.

Na Globo, o ‘tubão’ (transmissão de estúdio, quando a equipe não está no estádio) do Cléber Machado foi, no mínimo, mais neutro e interessante. Ele apenas citou que o Grêmio seria o time beneficiado com a vitória argentina e tratou o Goiás como protagonista do jogo.

Um dia depois da derrota esmeraldina, os portais voltaram a ser ‘infames’. O UOL finalmente lembrou do Goiás – em destaque na sua página principal - com uma matéria enfocada no ano ‘pífio’ do time do Planalto Central.



Já o G1, finalmente, pôde respirar aliviado e mostrar o que queria há tempos – uma foto da torcida gremista comemorando o resultado, com o time goiano, abaixo, ajoelhado e com jogadores de cabeças baixas.



Apenas o Blog do Juca Kfouri destacou o Goiás como um time brasileiro em busca de um título internacional. Além dos constantes posts analisando a situação do Esmeraldino, o blogueiro publicou o belo texto do torcedor Randall Neto, entitulado “Obrigado aos 33”, no dia da decisão.

Moral da história: dificilmente um time fora do eixo será o Brasil em algum torneiro internacional. Quando isto ocorre é ruim para o faturamento da mídia, que torce para que o ‘desagradável’ que rompeu o status quo do futebol perca logo e dê lugar para um clube mais representativo. Assim, para a linha editorial da imprensa nacional, o Goiás (como o Sport, Coritiba, Vitória, Vila Nova, Atlético-GO e etc...) dificilmente serão Brasil em alguma competição.

segunda-feira, dezembro 06, 2010

Frases V

“Pare de se comparar com os outros, porque você vai se achar melhor ou pior. E as duas coisas são ruins” – Dalai Lama

quinta-feira, novembro 25, 2010

Goiás!! Grande Goiás!!

A melhor forma de registrar a vitória histórica do Goiás sobre o Palmeiras, ontem, em São Paulo - por 2 a 1, que consolidou a classificação do verde goiano à final da Copa Sulamericana - é postar o texto abaixo, do grande cronista esportivo Juca Kfouri.

Posso até não concordar com algumas de suas opiniões, como a sua defesa contra a obrigatoriedade do diploma para jornalistas, mas não posso deixar que elogiar o grande trabalho que realiza e sempre realizou em prol do jornalismo esportivo brasileiro, além de possuir um dos melhores textos da imprensa nacional.


O Goiás não sabia que era impossível
por Juca Kfouri

O Goiás provou mais uma vez que nada é impossível no futebol.
E que por mais que insistamos em fazer previsões estas são apenas lúdicas, nada além disso.
E que por isso o Fluminense não pode mesmo se considerar campeão brasileiro, porque tudo pode acontecer.
Até ter um Palmeiras titular pela frente no domingo, embora só uma coisa pareça pior para o palmeirense do que estar eliminado da Copa Sul-Americana: ajudar o rival Corinthians.
O Goiás está na final que o Palmeiras tinha como dele e vai saber nesta quinta-feira se o adversário será a LDU ou o Independiente.
Para gremistas, botafoguenses e torcedores do Furacão, aparentemente, a chance do G4 valer Libertadores aumentou, mas só aparentemente, porque duvidar que o Goiás seja campeão da Copa Sul-Americana é coisa mais que duvidosa.
A torcida do Galo sim, pode comemorar, porque o Goiás que estará em Sete Lagoas no domingo certamente não será o titular, o que deve, pode, quem sabe, valer a manutenção do Atlético Mineiro na Primeira Divisão do Campeonato Brasileiro.
Enfim, pelo menos hoje, nada de previsões.
Apenas congratulações.
Ao Goiás, heróico Goiás.
Fonte: Blog do Juca - http://blogdojuca.uol.com.br/2010/11/o-goias-nao-sabia-que-era-impossivel

quinta-feira, novembro 04, 2010

Quem é mais poderoso?

Nos últimos meses deixei este espaço sem atualizações por questões profissionais, já que, devido aos meus ofícios, preferi diminuir o nível de opinião. Agora, passado este período, voltarei a escrever por aqui. Depois deste post, teremos atualizações mais constantes a partir do dia 23, quando voltarei de férias.

A revista norte-americana Forbes divulgou a habitual lista das pessoas mais poderosas do mundo. Ao analizá-la, resolvi não só postá-la aqui, como também esmiuçá-la. É interessante que mesmo sendo pessoas públicas, existem figurinhas que nós (eu pelo menos) não conhecemos de nome. Aí vem a parte da pesquisa. Eis a lista com as devidas apresentações:

1º Hu Jintao - 12o e atual presidente da República Popular da China. Comanda a maior população (1.321.851.888 habitantes), a segunda maior economia (US$ 8.791 trilhões) e o terceiro maior território (9.596.960 km2) do mundo.

2º Barack Obama - 44o e atual presidente dos Estados Unidos. Comanda a maior economia ( US$ 14,02 trilhões), a terceira maior população (308 758 000 habitantes) e o quarto maior território (9 372 610 km2) do mundo. Foi o primeiro negro a assumir o cargo e ganhou o prêmio nobel da paz em 2009.

3º Abdallah bin Abdul Aziz al Saud - Rei da Arábia Saudita, coroado em 2005. Acumula os títulos de Guardião das Duas Mesquitas Sagradas, Comandante da Guarda Nacional Saudita e Primeiro-Ministro da Arábia Saudita. Comanda um país rico por suas reservas de petróleo e, por isto, tem um grande poder estratégico no mundo.

4º Vladimir Putin - Atualmente ocupa o cargo de primeiro-ministro da Rússia. Apesar de ser um cargo abaixo do presidente Dmitri Medvedev, tem mais poder de influência que o mandatário do poder russo.

5º Papa Bento 16 - Líder do catolicismo romano, principal vertente do cristianismo, a maior religião do mundo com mais de 2 bilhões de seguidores. Foi eleito em 2005 o 226o Papa. Acumula os cargos de Bispo de Roma e Chefe de Estado da Cidade do Vaticano.

6º Angela Merkel - Chanceler (primeira-ministra) da Alemanha, lidera a maior economia da Europa. No ano passado foi eleita a mulher mais poderosa do mundo, pela mesma revista Forbes.

7º David Cameron - Eleito este ano primeiro-ministro do Reino Unido, derrotando nas urnas o ex-mandatário Gordon Brown e terminando com 13 anos de poder dos trabalhistas. É líder do Partido Conservador britânico.

8º Ben Bernanke - Atual presidente do Banco Central dos Estados Unidos (Fed), cargo que ocupa desde 2006. No ano passado foi eleito a Pessoa do Ano pela revista Times.

9º Sonia Gandhi - Viúva do ex-primeiro ministro da Índia Rajiv Gandhi. Nasceu na Itália, mas milita na política indiana, onde é presidente do Partido do Congresso. Em 2004 venceu as eleições legislativas, mas não assumiu, indicando Manmohan Singh em seu lugar.


10º Bill Gates - É o fundador da Microsoft, a maior e mais conhecida empresa de software do mundo. Eleito pela Forbes como o homem mais rico do mundo em 2010, com uma fortuna de US$ 53 bilhões.

11º Zhou Xiaochuan - Presidente do Banco Central da China desde 2002, cuja as reservas somam mais de US$ 2 trilhões. Responsável pelas reformas da economia chinesa na última década.

12º Dmitry Medvedev - Atual presidente da Rússia, eleito para o cargo em 2008 ajudado pela forte popularidade do governo Putin. Comanda o maior território e a oitava economia do mundo.

13º Rupert Murdoch - Magnata da comunicação e CEO da News Corporation, o terceiro maior conglomerado midiático do mundo, que inclui centenas de empresas no mundo inteiro. Fundador da Fox Broadcasting Company, carro-chefe de suas empresas.

14º Silvio Berlusconi - Primeiro-ministro italiano e magnata da comunicação na Europa. Apesar de ter sido eleito a pouco mais de dois anos, o seu governo está desgastado com seus escândalos sexuais, recessão no país e perda de apoio no Congresso.

15º Jean-Claude Trichet - Presidente do Banco Central Europeu deste 2003. Nascido em Lyon, França.

16º Dilma Rousseff - Presidenta eleita do Brasil para o período de 2011-2014. Conseguiu êxito graças a popularidade do governo Lula, seu maior apoiador durante a campanha. Integra o PT, partido de centro-esquerda trabalhista.

17º Steve Jobs - Magnata dos negócios e inventor, comandante principal da Apple, cuja empresa é co-criador.

18º Manmohan Singh - Atual primeiro-ministro da Índia. Comanda a segunda maior população do mundo, com mais de 1,1 bilhões de habitantes.

19º Nicolas Sarkozy - Presidente francês, casado com a cantora e modelo italiana Carla Bruni. Atualmente desgastado pelo recuo da economia e a impopularidade da sua reforma previdenciária.

20º Hillary Clinton - Atual secretária de Estado do governo Obama, disputou acirradamente com o próprio a indicação da candidatura presidencial no Partido Democrata, em 2008. Esposa do popular ex-presidente Bill Clinton.

segunda-feira, outubro 04, 2010

Das derrotas

Faço, sim, piadas sobre as minhas derrotas. Por que, o que é derrota? Derrota não é fracasso, mas apenas uma etapa para a próxima vitória. Pois o mundo gira, e irreversível só a morte.

segunda-feira, setembro 13, 2010

Músicas Italianas - Parte 1

Hoje apresentei várias músicas italianas a meus amigos, entre elas A Te, de Lorenzo Jovanotti. Para mim uma das mais belas deste esplêndido cantor e compositor. Como ninguém entendeu muito, e por isto ficaram com cara de que nada estava tocando, resolvi postar a letra e a tradução.

Aproveito o post para comemorar um ano de cidadania italiana reconhecida. Foi no dia 10/09/2009 que assinei o livro de registros e peguei a minha Carta d´Identità. Desta forma este post também é em homenagem aos meus amigos Fábio Saga Barbiero e Kelly Queiroz, que apesar de terem seguido caminhos diferentes, foram pessoas essenciais no meu projeto. E é claro, lembrar sempre do meu avô, Giovanni Sartorato, que já mora junto de Deus há alguns anos.

Vamos a música:



A Te (Para Você)
Lorenzo Jovanotti

A te che sei l’unica al mondo
(Para você que é única no mundo)

L’unica ragione
(Única razão)

Per arrivare fino in fondo
(Para chegar bem ao fundo)

Ad ogni mio respiro
(De cada respiro meu)

Quando ti guardo
(Quando te vejo)

Dopo un giorno pieno di parole
(Depois de um dia cheio de palavras)

Senza che tu mi dica niente
(Sem que você me diga nada)

Tutto si fa chiaro
(Tudo se faz claro)

A te che mi hai trovato
(Para você que me achou)

All’angolo coi pugni chiusi
(Na esquina com os punhos fechados)

Con le mie spalle contro il muro
(Com as costas contra o muro)

Pronto a difendermi
(Pronto para me defender)

Con gli occhi bassi
(Com os olhos baixos)

Stavo in fila
(Estavo na fila)

Con i disillusi
(Com os desiludidos)

Tu mi hai raccolto
(Você me pegou)

Come un gatto
(Como um gato)

E mi hai portato con te
(E me levou com você)


A te io canto una canzone
(Para você eu canto uma canção)

Perchè non ho altro
(Porque não tenho outra)

Niente di meglio da offrirti
(Nada melhor para te oferecer)

Di tutto quello che ho
(De tudo que tenho)

Prendi il mio tempo
(Pegue o meu tempo)

E la magìa
(E a magia)

Che con un solo salto
(Que com apenas um salto)

Ci fa volare dentro l’aria
(Nos faz voar pelo ar)

Come bollicine
(Como bolhinhas)


A te che sei
(Para você que é)

Semplicemente sei
(Simplesmente é)

Sostanza dei giorni miei
(Sustância dos meus dias)

Sostanza dei giorni miei
(Sustância dos meus dias)


A te che sei il mio grande amore
(Para você que é o meu grande amor)

Ed il mio amore grande
(E o meu amor grande)

A te che hai preso la mia vita
(Para você que pegou a minha vida)

E ne hai fatto molto di più
(E a fez muito mais)

A te che hai dato senso al tempo
(Para você que deu sentido ao tempo)

Senza misurarlo
(sem medir-lo)

A te che sei il mio amore grande
(Para você que é o meu grande amor)

Ed il mio grande amore
(E o meu amor grande)


A te che io
(Para você que eu)

Ti ho visto piangere nella mia mano
(Te vi chorar na minha mão)

Fragile che potevo ucciderti stringendoti un pò
(Tão frágil que poderia matá-la apertando um pouco)

E poi ti ho visto
(E depois te vi)

Con la forza di un aeroplano
(Com a força de um avião)

Prendere in mano la tua vita
(Pegar nas mãos a sua vida)

E trascinarla in salvo
(E leva-la a um lugar seguro)


A te che mi hai insegnato i sogni
(Para você que me ensinou os sonhos)

E l’arte dell’avventura
(E a arte da aventura)

A te che credi nel coraggio
(Para você que crê na coragem)

E anche nella paura
(E também no medo)

A te che sei la miglior cosa
(Para você que é a melhor coisa)

Che mi sia successa
(Que me aconteceu)

A te che cambi tutti i giorni
(Para você que muda tudos os dias)

E resti sempre la stessa
(E permanece sempre a mesma)


A te che sei
(Para você que é)

Semplicemente sei
(Simplesmente é)

Sostanza dei giorni miei
(Sustância dos meus dias)

Sostanza dei sogni miei
(Sustância dos meus dias)

A te che sei
(Para você que é)

Essenzialmente sei
(Essencialmente é)

Sostanza dei sogni miei
(Sustância dos meus sonhos)

Sostanza dei giorni miei
(Sustência dos meus sonhos)

A te che non ti piaci mai
(Para você que nunca se agrada)

E sei una meraviglia
(E é maravilhosa)

Le forze della natura si concentrano in te
(As forças da natureza se concentram em você)

Che sei una roccia sei una pianta sei un uragano
(Que é uma rocha, uma planta, um furacão)

Sei l’orizzonte che mi accoglie quando mi allontano
(É o horizonte que me acolhe quando estou longe)


A te che sei l’unica amica
(Para você que é a única amiga)

Che io posso avere
(Que eu posso ter)

L’unico amore che vorrei
(Único amor que queria)

Se io non ti avessi con me
(Se eu não te tivesse comigo)

A te che hai reso la mia vita
(Para você que entrega a minha vida)

Bella da morire
(Bela de morrer)

Che riesci a render la fatica
(Que consegue produzir no cansaço)

Un immenso piacere
(Um imenso prazer)


A te che sei il mio grande amore
(Para você que é o meu grande amor)

Ed il mio amore grande
(E o meu amor grande)

A te che hai preso la mia vita
(Para você que pegou a minha vida)

E ne hai fatto molto di più
(E a fez muito mais)

A te che hai dato senso al tempo
(Para você que deu sentido no tempo)

Senza misurarlo
(Sem medi-lo)

A te che sei il mio amore grande
(Para você que é o meu grande amor)

Ed il mio grande amore
(E o meu amor grande)


A te che sei
(Para você que é)

Semplicemente sei
(Simplesmente é)

Sostanza dei giorni miei
(Sustância dos meus dias)

Sostanza dei sogni miei
(Sustância dos meus sonhos)

E a te che sei
(E para você que é)

Semplicemente sei
(Simplesmente é)

Compagna dei giorni miei
(Companhia dos meus dias)

Sostanza dei sogni miei
(Sustância dos meus sonhos)

segunda-feira, julho 26, 2010

Frases IV

"Evitar o perigo não é, a longo prazo, tão seguro quanto se expor ao perigo. A vida é uma aventura ousada ou, então, não é nada" - Helen Keller

quarta-feira, julho 07, 2010

Um mês depois

Não vou deixar que este espaço chegue a um mês sem atualizações. Mesmo porque, de agora em diante vou atualizá-lo mais. Mais e mais. O mês de junho foi um período de acertos, o que me fez estar longe da caneta (ou do teclado). Agora com a minha vida ligeiramente acertada, posso voltar a este caderno virtual.

A verdade é que no próximo sábado fará um mês desde que voltei para Goiânia. Aos poucos as coisas vão entrando nos eixos. Posso dizer que sinto muito pouco (ou quase nada) de diferença. Para mim é como se eu nunca tivesse saído daqui. Talvez este tenha sido o ponto positivo de ter dado uma passada por aqui no final do ano passado. Não fiquei tão longe da realidade local.

Com emprego novo e trabalhando muito (e muito!), vejo que a minha vida passa a ter o tom normal. Mesmo assim, a expectativa é de não ter tempo livre nos próximos três meses.

Ontem terminei de ler o clássico 'Dom Casmurro', do fabuloso Machado de Assis. Já havia lido na oitava série. Ou melhor, minha mãe havia lido e me contou a história. Me lembro de ter iniciado o livro, mas não consegui passar do terceiro capítulo. Meu vocabulário, à época, era muito limitado e eu não entendia quase nada.

Naquele tempo tinha certeza de que Capitu era culpada. Ontem, ao terminar a leitura, me surpreendi ao mudar totalmente de opinião. Mais maduro, e com um pouco mais de conhecimento, não tenho dúvidas de que o mistério foi cisma de Bentinho. Por vários motivos, que não vou expor aqui para não me alongar, ou para não entregar a história a quem ainda não leu (será possível ainda ser spoiler, uma história públicada em 1899? De qualquer forma.....).

terça-feira, junho 15, 2010

Parabéns, Grand Amie!!

Hoje faz um ano que eu embarcava rumo a Itália para resolver de vez o reconhecimento da minha cidadania. E faz um ano também que a minha amiga Erika Lettry ficou 'P da vida' comigo por me mandar justamente no dia do seu aniversário.

Mesmo assim, ela e o Rodrigo foram se despedir de mim no aeroporto e depois foram me visitar, alguns meses depois. Esta foto tiramos no maravilhoso principado de Mônaco, onde fizemos o circuito de Fórmula 1 e conhecemos os principais cartões postais da cidade.

Hoje é, novamente, aniversário da minha grand amie. Uma pessoa que tem o coração imenso e que nos faz rir nos momentos mais necessários. Além disto, foge dos padrões femininos e consegue se ficar pronta para qualquer ocasião em apenas cinco minutos. Na nossa viagem, eu e ela nos aprontávamos logo e ficávamos esperando o Rodrigo por algumas dezenas de minutos (rsrs!!).

Em resumo, a Erika é uma pessoa que qualquer um quer ter como amiga pro resto da vida. Por isto, estou aqui hoje, apenas para dizer:

Parabéns!!

Muita paz, saúde e felicidade em todos os dias de sua vida.....

sexta-feira, junho 11, 2010

De volta!!

Não apenas ao mundo virtual, depois de alguns dias de fora, mas também a Goiânia, minha cidade-natal. Ainda vou escrever muitos posts sobre a Europa e Londres, mas já não estou morando mais lá. Pelo menos por enquanto. Ou não. Sei lá!! Vamos levando a vida e decidindo o nosso futuro aos poucos, sem afobação e nem afogadilho.

Por enquanto convido a todos a acessarem o Na Grande Área, meu blog de futebol, que durante a Copa do Mundo 2010, na África do Sul, terá atualizações diárias. Visitem e comentem!!

segunda-feira, maio 24, 2010

Lost e Férias

Acabei de assistir o último episódio de Lost. Achei brilhante, apesar de não responder todas as questões. Já está divindo opiniões no mundo inteiro. Não foi esta, porém, a história da série: causar dúvidas e discussões? Acho que elas continuarão a existir, por algum tempo pelo menos, principalmente no mundo virtual.

Por falar em virtualidade, informo a todos que tirarei umas férias do meu mundo virtual por alguns dias. Isto abrange blog, orkut, facebook, twitter, msn, gtalk e demais. Só continuarei checando os e-mails, mas em uma frequência bem menor. Ou seja, ficarei quase 100% offline de tudo que seja online.

grande abraço a todos e até a próxima se DEUS quiser!!

sexta-feira, maio 21, 2010

Cartilha do Pobre em Londres

Ela voltou!! E agora, em versão londrina.

A Cartilha do Pobre foi uma produção minha há cinco anos e publicada no antigo blog da minha amiga Erika Lettry. Acho que ela, a cartilha, acabou sendo apagada, porque ela, a minha amiga, mudou de endereço e não há mais arquivos lá onde outrora ela 'papagaiava' (www.aspapagaias.blogspot.com).

Passando por tanta situação de pobre aqui na capital inglesa, não podia deixar de criar uma nova cartilha. É interessante notar que Londres guarda características próprias para os pobres. E nó, pobres, aguentamos a rotina e as limitações que a renda nos impõe, rsrs. Resumi em 16 tópicos o que é ser pobre em Londres. Lá vai.

Ser pobre em Londres é:

- Em primeiro lugar, dividir casa com mais dez pessoas para pagar menos aluguel;
- Não conseguir acessar internet porque todos estão puxando filmes e músicas ao mesmo tempo;
- Morar na Zona 3, mas comprar o passe da Zona 2 (mais barato), descer do metrô antes e completar a viagem de ônibus (que não tem diferenciação de zonas);
- Encher o metrô de malas quando vai viajar, ao invés de chamar um taxi;
- Pegar o trem pinga-pinga para o aeroporto, economizando assim quase metade do preço dos trens expressos;
- Viajar de férias em companhias low-costs e ainda pegar o buzão para o aeroporto de madrugada, quando a passagem é mais barata;
- Comer sempre no trabalho, deixando a geladeira vazia e o bolso um pouco mais cheio;
- Viajar quase duas horas de ônibus para comer naquele restaurante chinês do tipo: coma o quanto quiser por apenas 5,49 libras;
- No supermercado, sair correndo para ver o que está no 'reduced' (promoção devido o vencimento próximo da data de validade);
- Ir ao parque no final de semana, já que é de graça;
- Não sair de casa no final de semana se você não tiver um Travelcard no Oyster (passe do transporte público). Neste caso, só sair do seu bairro para trabalhar;
- Curtir o som dos músicos de metrô, mas não dar nem mesmo um penny (um centavo) para o coitado, já que vai lhe fazer falta;
- Ficar vendo de cima das pontes os turistas fazendo passeios de barco pelo Tâmisa, ou se aventurando na London Eye (roda gigante);
- Ir para a Oxford Street, passear em várias lojas, passar vontade e não comprar nada;
- Ficar feliz ao comprar um montão de roupas baratas na Primark;
- Ir embora da cidade e descobrir que não fez nada (não viu uma peça, não foi no cinema, não assistiu a um jogo de futebol sequer, não comprou nada legal e não viajou pela Grã-Bretanha), já que usou todo o dinheiro que tinha para pagar o aluguel;

Quem tiver sugestões, manda aí. Vamos incrementá-lo.

terça-feira, maio 11, 2010

Londres depois de três meses

É engraçado quando a gente tem uma impressão sobre uma coisa, ou, no caso, um lugar e com o passar do tempo ela vai se consolidando. Em três meses ainda não dá para criar uma opinião sólida sobre algo, mas a tendência é que meu ponto de vista inicial sobre Londres se confirme.

Quando cheguei me deparei com um monte de gente preocupada com trabalho. Já sabia desta vocação dos imigrantes, mas gostaria de saber o porquê.

É claro que trabalho é preocupação geral em qualquer parte do mundo, mas o interessante é pensar porque tanta gente vem de tão longe para arrumar um ganha pão em terras inglesas.

Qualidade de trabalho não é, já que a maioria parte para o emprego de pouca instrução. Salvo raras exceções, este tipo de labuta não é nada agradável.

"Quantidade de dinheiro?" - me questionei incialmente, até notar o tão caro que é para se morar aqui. Transporte e aluguel pode facilmente te levar umas 500 libras por mês. Normalmente o tipo de trabalho que um imigrante faz lhe rende, no máximo, 1.000 ou 1.100 libras mensais (trabalhando de 50 a 60 horas por semana), o que, tirando comida e uma diversão ou outra, sobra-se muito pouco para se guardar. É raro aqueles que não reclamam das contas.

Qualidade de vida. Sim, aqui o transporte funciona e quase não existe crime. Pontos muito positivos, sem dúvida nenhuma. Mas, o que é qualidade de vida para você? Morar em uma casa sozinho, por exemplo? Pode esquecer, só se você conseguir passar para o nível 2 dos empregos londrinos. Além disto, se dê por alguém de sorte se você conseguir ter um quarto individual. Para mim (e um monte de gente que conversei) também pesa ficar longe do nosso país de origem, amigos e família. Então, qualidade de vida é um conjunto de tudo isto e muitas vezes a balança pende para o negativo.

Enfim, por que as pessoas gostam tanto de Londres?

Cheguei a conclusão que Londres é uma cidade que te enfeitiça. Oportunidades a cada esquina (mesmo que a maioria seja ilusão), possibilidades de crescimento (por rico aqui é rico mesmo!! rsrs) e, principalmente, poder e opções de consumo são atrativos que fazem qualquer pessoa pós-moderna ficar maluca.

Mais do que uma cidade que nunca dorme, Londres é o lugar onde tudo é possível. Um tipo de América do século XXI para africanos, asiáticos, latino-americanos e pessoas do leste europeu. Se entrar numa loja e ver produtos eletrônicos de última geração a preços totalmente acessíveis conseguem despertar o meu consumismo interno, eu, que sou e vivi toda a minha vida em um país em desenvolvimento, imagino o impacto para quem vem dos países mais pobres do mundo.

Não apenas consumo material, mas também consumo cultural. É impossível andar de metrô e não se esbarrar em dezenas de cartazes de peças de teatro da mais alta qualidade.

Tudo é bem acessível, mas é tanta coisa que você sempre fica pensando naquilo que precisa consumir no próximo mês. Este potencial inesgotável é que prende as pessoas por aqui. E é necessário muito cuidado para o feitiço não se transformar em música, daquelas que a gente não consegue tirar da cabeça e, assim, dias, meses e anos se passem sem que consiguemos sair de uma vez por todas deste país.

sábado, maio 08, 2010

E quem ganhou? Ninguém.....

Prometo escrever menos do que no outro post. Sei que política britânica não é um assunto muito interessante para nós, brasileiros, mas acho importante escrever um outro post, já que o jogo ficou embolado. Quem gosta de política vai gostar de fazer um paralelo entre o processo eleitoral aqui e no Brasil. De qualquer forma, meu objetivo é deixar registrado como é, mais ou menos, as eleições britânicas. Se alguém quiser pesquisar no futuro, pode usar estas informações como uma fonte em português, já que vi muito pouco escrito sobre o assunto na nossa lingua materna.

As eleições acabaram, mas a polêmica não. Quem será o primeiro-ministro? Ninguém sabe ainda. O trabalhista e atual líder de governo, Gordon Brown, pode continuar mesmo que seu partido não tenha conseguido o maior número de cadeiras (258). O seu sucessor também poderá ser o conservador David Cameron, que conseguiu o maior número de parlamentares (306), mas não suficiente para chegar à maioria (326).

Neste ponto, peço licença para corrigir uma informação do texto anterior. Os parlamentares eleitos não votam para eleger o primeiro-ministro, mas a rainha Elizabeth II convida o líder do partido que conseguiu a maioria do parlamento a compor um novo governo. Como ninguém conseguiu, o jogo continua em aberto.

O que ocorrerá então? Como havia comentado, o Partido Liberal Democrata (LibDem) será o fiel da balança. O seu líder Nick Clegg (foto) não tem chances de assumir a Downing Street, 10, mas é a peça política mais importante do momento. Isto porque o partido conquistou 57 cadeiras e pode fechar um governo de coalização tanto com conservadores, como com trabalhistas.

Clegg já começou a conversar com o conservador Cameron, para tentar chegar a um acordo. Uma aliança entre os dois partidos é a única opção viável para se ter um governo de maioria, já que juntos eles possuiriam 363 cadeiras. O problema é a diferença de idéias (ideais políticos e sociais) entre os dois. Por exemplo, Clegg e os LibDem querem uma reforma política, a mudança do voto distrital para proporcional, o que fortaleceria o seu partido em futuras eleições. Os conservadores são contra.

Gordon Brown ligou para Clegg e se pôs a disposição para conversar, se eles não chegarem a um acordo com os conservadores. Juntos, trabalhistas e democratas possuem 315 cadeiras, não conseguiriam a maioria, mas poderiam tentar formar um governo de minoria com alguns partidos menores. Os nanicos conquistaram 28 cadeiras, mas não marcharão unidos, já que as diferenças entre eles são muito grandes. São constituídos desde radicais separatistas, até partidos mais progressistas, como o Partido Verde, que conseguiu o seu primeiro assento em toda a história política britânica.

Um governo de minoria, tanto por parte de conservadores, quanto por trabalhistas, também pode governar discutindo para a aprovação de cada matéria, separadamente. Guardadas as proporções, isto ocorreu no governo Alcides Rodrigues (PP), em Goiás, onde o pepista enfrentou uma oposição 'às escuras' na Assembléia Legislativa, já que a maioria sempre foi do PSDB. A cada matéria o governador tinha que dialogar com os deputados e buscar o consenso sobre uma coisa ou outra. É mais democrático, mas muito mais devegar e desgastante.

Até chegarem a um concenso, Gordon Brown continuará como primeiro-ministro. Não há prazo para atingirem um acordo, mas muitos por aqui apontam 25 de maio como o dia D, quando a rainha fará um pronunciamento à nação e falará sobre as prioridades do novo governo. Veremos o que ocorrerá.

terça-feira, maio 04, 2010

Eleições britânicas: labours or conservatives?

Como diria o meu amigo Fellipe Fernandes, texto devido é texto pago. Estou aqui para falar sobre as eleições britânicas, que ocorrem no próximo dia 6, quinta-feira.

A exemplo de qualquer sistema eleitoral no mundo, o britânico também é bem complicado. Morro de rir das matérias que saem nos portais brasileiros com a seguinte explicação: "blá blá blá, e isto ocorre devido ao complicado sistema eleitoral britânico", e não explica o porquê. Acho que, pelo menos por cima, poderiam dar uma luz para o leitor.

No Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte (ou apenas Reino Unido-RU) o sistema de governo é monarquia parlamentarista. Isto significa que há uma rainha, Elizabeth II, que é a chefe de Estado e um primeiro-ministro, atualmente o trabalhista Gordon Brown, que é o chefe de governo.

Isto é difícil para nós, brasileiros, entendermos, já que nascemos e crescemos no presidencialismo arraigado. Neste sistema o chefe de Estado e governo é um só, o presidente, eleito pela população, em eleições diretas. Já no parlamentarismo, o chefe de Estado fica com a função de representar e unir o Estado, enquanto que o chefe de governo, é claro, governa.

No parlamentarismo também não há uma divisão muito clara entre executivo e legislativo, já que o primeiro-ministro, chefe do executivo, é membro do parlamento. Vou explicar melhor: é como se no Brasil um dos deputados federais, depois de eleito, se tornasse presidente por ter a maioria de apoio da Casa. Daí o nome parlamentarismo.

Quatro nações fazem parte do Reino Unido: Inglaterra, País de Gales, Escócia e Irlanda do Norte. Para chefe de Estado não há eleições, já que a mandatária é a rainha Elizabeth II e seu cargo é hereditário. O seu reino, inclusive, é um dos mais longos da história - são 58 anos à frente do cargo - e só perde para a legendária rainha Victória.

O cargo de primeiro-ministro, que representa a chefia de governo, é renovado a cada cinco anos. Na próxima quinta-feira os eleitores britânicos vão as urnas escolher os seus 650 representantes na chamada Câmara dos Comuns (que equivale a nossa Câmera dos Deputados).

Diferentemente do Brasil, por aqui o voto é distrital, e não proporcional. Qual a diferença? No nosso país, o número de cadeiras de cada partido é proporcional ao número total de votos, enquanto que por aqui cada distrito tem uma eleição própria, direta, e o vencedor ganha a cadeira. O problema dos métodos é saber qual é melhor e o assunto é polêmico. Inclusive isto é um dos pontos de debate destas eleições, já que existe uma ala política que defende a troca. No Brasil há quem defenda a mudança pelo voto distrital.

Como no Brasil, no RU há dezenas de partidos, mas, como nos Estados Unidos, dois deles dominam a política britânica. Os conservadores (chamados também de Tories) e os trabalhistas são as duas faces do jogo político. Há uma terceira força, os liberais democratas, que vem crescendo muito nestas eleições e que promete ter uma importância grande no próximo governo.

A disputa é assim: depois de eleitos, os membros do parlamento votam internamente para a escolha do primeiro-ministro. Isto serve apenas para ratificar a escolha popular, já que o partido que tem o maior número de cadeiras vai indicar o seu líder como chefe de governo. Este assume o prédio oficial do governo na Downing Street, 10, em Londres.

Os líderes dos três partidos e, assim, candidatos ao cargo de primeiro ministro são o trabalhista Gordon Brown, o conservador David Cameron e o liberal democrata Nick Clegg. O detalhe é que no RU o mandato não é da pessoa, e sim do partido, ou seja, quem alcançar a maioria na Casa escolherá o primeiro ministro pelos próximos cinco anos, ou até que o congresso seja dissovido. Isto é importante em caso de renúncia, como ocorreu em 2007, com Tony Blair. Não houve novas eleições, e o novo líder trabalhista, Gordon Brown, foi conduzido ao cargo.

A campanha começou oficialmente no dia 6 de abril, quando Gordon Brown foi até a rainha Elizabeth II pedir a dissolução da Câmara. A corrida começou com David Cameron um pouco à frente nas pesquisas, vantagem fruto do desgaste trabalhista. É bom lembrar que o partido já controla o governo há 12 anos (dez com Tony Blair e dois com Gordon Brown). Nestes anos, problemas como o apoio às guerras do Afeganistão e Iraque e a recessão criada rescentemente com a crise econômica fizeram com que o partido perdesse credibilidade junto ao eleitor.

Nas primeiras semanas, porém, Brown cresceu e deu mostras de que passaria Cameron para mais uma vitória trabalhista. Então vieram os debates, para desespero do primeiro-ministro. Pela primeira vez na história, o Reino Unido teve debates transmitidos ao vivo pela televisão. Foram três, todos temáticos. O primeiro abordou a política interna, o segundo os assuntos externos e o terceiro a economia e os impostos. Foi então que Nick Clegg decolou.

Declarado vencedor dos dois primeiros debates, o liberal democrata embolou a disputa com os seus adversários. As pesquisas, inclusive, lhe deram uma pequena liderança entre o primeiro e segundo confronto. No terceiro, porém, David Cameron, foi melhor e reassumiu o favoritismo.

O problema é que o jogo continua embolado, o que começa a preocupar investidores e ameaçar um futuro governo. Explico. Vamos imaginar que existam 100 cadeiras e que elas fiquem divididas assim: candidato A, 40, candidato B, 30, candidato C, 30. O candidato A vence as eleições, assume o governo, mas não consegue a maioria. Isto porque os outros dois partidos, unidos, contam com 60 e conseguiriam travar o seu governo. É isto que está ocorrendo atualmente, o que certamente dará força ao partido de Nick Clegg, na composição futura.

O que tenho reparado nestas eleições é que aqui também existe 'vale-tudo' político, como no Brasil. Os britânicos, diferentemente dos brasileiros, não se incomodam. O partido conservador, por exemplo, estampou por Londres um monte de outdoors com a imagem de Gordon Brown e com dizeres contrários ao primeiro-ministro. Existe um que é mais ou menos assim: "eu aumentei os impostos e vou subir a taxa do seguro social. Vote em mim". Embaixo, em letras minúsculas, um outro dizer: "ou vote por mudanças, vote Partido Conservador". Gostaria de ter a foto, para ilustrar, porque achei isto muito interessante. Imagino em Goiânia, por exemplo, se o PMDB colocasse um montão de outdoors com a foto gigantesca de Marconi Perillo com a frase: "Eu prometi X e não cumpri. Vote em mim outra vez". Daria o que falar.

Esta eleição também ficará marcada pelas gafes. A maior delas, indiscutivelmente, foi de Gordon Brown. O trabalhista estava em campanha, quando foi convidado a conversar com uma eleitora histórica de seu partido. A velhinha, que tinha algumas críticas sobre a política interna e economia, começou a fazer questionamentos e a debater com o primeiro-ministro. Depois de muito conversar, Brown despediu-se com sorrisos, entrou no carro e dialogou com um assessor:

- Foi um desastre. Eles nunca deveriam ter me colocado para falar com aquela mulher. De quem foi a idéia? - disse o premier.

O assessor diz alguma coisa e Brown emenda:

- Acho que foi da Sue. Foi ridículo.

- O que foi que ela disse? - insistiu o assessor.

- Ah, tudo! Ela é um tipo de mulher bitolada (radical). Ela disse que é trabalhista. Foi ridículo.

O que Gordon Brown não sabia é que o seu microfone estava ligado e o diálogo, claro, foi gravado e divulgado. O mais engraçado foi a reporter, depois do ocorrido, ir atrás da mulher para contar o que passou e pedir o que ela achava. Eles colocaram o audio do primeiro-ministro para ela ouvir. A velhinha, assustada, arregalou os olhos e disse: "Eu não posso acreditar nisto". Uma dica, se você me aguentou até agora, por favor, veja o video aqui. É muito engraçado, não irá se arrepender.

Esperaremos, então, a próxima quinta-feira, para ver qual futuro os britânicos decidirão para o seu país. Se trabalhistas terão mais alguns anos de poder, ou se os consevadores realmente estarão de volta.

terça-feira, abril 27, 2010

Passado, mas não esquecido

Estou com cinco dias de atraso. Podem parar de pensar besteira, pois me refiro a um aniversário. Motivo do atraso? Correria e um pouco de preguiça, unidos com a tentiva de não escrever dois posts muito juntos. Affff, agora me dei conta que já passa da meia-noite, então são seis dias de atraso.

De qualquer forma, para mim, é uma data especial. Porque ele está sempre do meu lado. Me entende. Não fica bravo quando eu o esqueço. Está sempre disposto a me ajudar, quando preciso. Me conhece muito bem. Guarda consigo coisas que fiz de bom e de ruim nesta vida, e está sempre alerta para me lembrar e/ou alertar de algo.

É claro que estou falando deste blog, que no último dia 22 de abril completou cinco anos. Apesar de não ter comemorado na data certa, faz uma semana que me lembro todo o dia desta marca. E fico feliz por ter chegado tão longe, mesmo que, às vezes, me dá um peso na consciência, já que poderia tratar-lo melhor.

E o que esta raposa da foto tem a ver com isto tudo? - pergunta o leitor. Nada, só é uma comemoração pela aquisição da minha nova câmera digital. Esta foto é do quintal daqui de casa. Aqui em Londres, as raposas perambulam pela cidade, como cachorros. São vistas à noite e de manhã, quando não há muita gente andando pelas ruas. São ariscas e se assustam com qualquer coisa.

domingo, abril 25, 2010

Alcides X Marconi - Round final

O senador e pré-candidato ao governo de Goiás, Marconi Perillo (PSDB), teceu duras críticas ao governo Alcides Rodrigues (PP), agora pouco, pelo Twitter. Como estou há um ano fora do contexto político estadual, pensei que o tom dos ataques de ambos os lados já estava neste nível. Errei. Perplexos, amigos jornalistas comentavam em tempo real as declarações do tucano e me atualizaram dizendo que esta foi a primeira vez que o senador criticou tão direta e fortemente o governo de seu ex-aliado.

Como o fim da base aliada é coisa que escrevo desde 2007 (já fazem três anos, como o tempo passa, rsrs!!) achei interessante registrar o ocorrido aqui no blog. Abaixo as declarações do senador, extraídas do Twitter:

"Boa noite a todos.

Vou fazer algumas observações sobre as últimas declarações do pré-candidato a governador do PMDB, Iris Rezende.

A primeira: ele está desinformado ou foi leviano na referência à demolição do Estádio Olímpico, que não ocorreu há 10 anos, como ele diz.

Quem demoliu o Estádio Olímpico foi a gestão inoperante de Alcides Rodrigues, que já era governador em julho de 2006.

Infelizmente,o governador Alcides não conseguiu sequer liberar os recursos q a bancada goiana incluiu no Orçamento da União nos últimos anos

Além da deslealdade, a inoperância e a incompetência reinam absolutas desde o início do governo Alcides Rodrigues.

Para ser honesto, Iris deveria centrar seus ataques na gestão inoperante do governo Alcides, que derrubou o Estádio Olímpico.

Aliás, de novo o pré-candidato Iris deveria criticar a inoperância do governo Alcides, que destruiu o Programa Terceira Via.

O Terceira Via foi criado em nosso governo e era responsável pela conservação e melhoria das rodovias estaduais.

Um registro importante: por ineficiência, o governo Alcides perdeu também os recursos do Bird para o setor rodoviário.

Em nossas administrações, recuperamos mais de três mil quilômetros de estradas destruídas quando assumimos em 1999.

O problema agora é que as empresas tercerizadas do Terceira Via estão há mais de seis meses sem receber do governo Alcides.

O governo deve parar de culpar terceiros pelos seus erros e pedir desculpas pela ineficiência e desmedida letargia.

O pré-candidato Iris sabe que digo a mais pura verdade e tenta culpar o PSDB por razões unicamente político-eleitoreiras."

terça-feira, abril 20, 2010

Rapidinhas

- Estou com algumas idéias de posts aqui para o blog, mas os venho adiando. A razão principal é a falta de fotos, já que eles ficariam muito incompletos sem elas. Poderia sair de casa e tirá-las, mas me falta o principal, uma câmera.

- Pois é, a minha virou cacos há um mês. Derrubei-a durante uma visita a Primrose Hill, um monte anexo ao Regent's Park, um dos parques reais aqui de Londres. Como pão do pobre cai sempre com a mantega para baixo, a última coisa que a lente da câmera viu foi uma pedra se aproximando muito rapidamente.

- Eu acho engraçado a noção de "24 horas" na Europa. Para mim, um comércio "24 horas" fica sempre aberto, pelo menos 360 dias por ano. Outro dia fui a um supermercado "24 horas", em um domingo à noite, e chegando lá descubri que ele só funcionava até as 15 horas. "24 horas" era apenas de segunda a sábado (rs).

- Hoje eu estava em um ônibus quando algo me chamou a atenção. Londres deve ser a cidade que mais tem mulheres motoristas de ônibus ou condutoras de metrô. Já vi várias. É claro que os homens ainda são maioria, mas é interessante notar este avanço social.

- A primaveira chegou com sol, menos frio e animação para os londrinos. É tão engraçado ver quanto o espírito do povo daqui muda a medida que vai chegando o verão.

- Os cuidados com os jardins são um exemplo. No inverno ninguém cuida do seu jardim, e a maioria vira depósito de lixo. Um horror!! Depois que mudamos de estação, um dos hobbies de fim de semana da população em geral é ir cuidar de suas áreas verdes.

- Apesar de muita gente no Brasil estar pensando que a Grã-Bretanha foi engolida pelas cinzas do vulcão islandês, por aqui dias sucessivos de muito sol. De diferente só os aeroportos, que continuam fechados.

- Já tem pesquisas indicando virada de Gordon Brown para cima de David Cameron. Veremos no próximo dia 6 de maio, quando os britânicos vão às urnas.

- Aliás, as eleições por aqui é um dos temas de futuros posts. Também quero escrever sobre a mudança do tempo de exposição solar e a gigantesca comunidade brasileira de Londres.

- Sobram-se filmes, falta-se dinheiro. Ainda não assisti Alice in Wonderland. Gostaria também de ver I love you Philip Morris, com Jim Carrey e participação de Rodrigo Santoro.

- Andando por Londres é possível pegar (de graça mesmo) muitos jornais e revistas. Não são a obra-prima da imprensa britânica, é claro, mas é interessante notar que mesmo um periódico gratuito pode ter a sua qualidade. Muito diferente dos de Goânia, por exemplo.

domingo, abril 11, 2010

Londres depois de dois meses

Argh!! Que cidade cara!! Antes de vir morar em Londres veja bem se a relação custo/benefício compensa. Isto não conta para mim, que não vim fazer dinheiro, e sim estudar inglês. Mas para quem pensa em 'enriquecer' por aqui é preciso tomar cuidado, pois guardar dinheiro pode ser uma grande dor de cabeça.

Na verdade nem tudo na cidade é caro, e sim o aluguel e o transporte. Só de pensar que o que gasto por um quarto aqui (na zona 3, não tão perto do centro) eu alugaria um bom apartamento 3 quartos bem localizado em Goiânia. E mais, pagaria aluguel e condominio tranquilamente, e talvez ainda algumas contas, como luz e água.

O transporte é muito bom, mas tem o seu custo. São 25,80 libras por semana para as zonas 1 e 2. Para mim, que moro na zona 3 e quero economizar (já que o passe desta zona é 30,20 libras por semana), eu preciso pegar um ônibus e esperar cerca de 15 minutos até chegar a um metrô zona 2. Lembrando que os ônibus são livres, ou seja, com qualquer bilhete você pode pegar qualquer linha, independente de zonas.

Então por que não andar só de ônibus? Os ônibus daqui são bem melhores do que os da maioria das cidades brasileiras, mas tem um grave problema de velocidade. Londres é uma cidade bem servida de pontos de ônibus, fazendo com que o trâfico não evolua. De 30 em 30 segundos o ônibus para em um ponto. Chega a dar nervoso.

No aspecto positivo, comida, bens de consumo duráveis e não-duráveis e qualquer tipo de bugiganga daquelas que quando a gente bate os olhos não consegue tirar (um celular novo, um relógio, tênis, camisas de futebol, e etc.....) são muito baratos. Assim como diversão (exceto jogos de futebol, que só são baratos se você comprar o season pass, que te dá direito a ver todos os jogos de um time em um ano). Isto tudo com preços bem atrativos, que consegue conquistar até quem não ganha em libra.

Por isto que Londres é o paraíso dos turistas. Qualquer dia que você ande por Piccadily, Leicester ou Trafalgar Squares, Oxford Circus, Westminister ou qualquer outro ponto turístico da cidade é certo que você passára por centenas, ou até milhares deles. Para mim, que pago as contas por aqui, me dá uma pontinha de inveja poder aproveitar isto tudo sem ter que pensar em se manter. Aliás, tenho a ligeira impressão de que os extrangeiros que moram em Londres não aproveitam a cidade. Ou sobrevivem, ou guardam tudo que ganham para mandar ao seu país de origem.

*Em tempo: Hoje foi a primeira vez deste que cheguei aqui que pude sair na rua sem casaco, apenas com a minha camisa polo tradicional. Clima agradável de primavera.

terça-feira, abril 06, 2010

Kick Ass - diversão e sangue

Uma das coisas boas de morar na Europa ou nos EUA é poder conferir os lançamentos do cinema bem antes do que se estivesse no Brasil. Esta tarde eu tirei um tempo livre para assistir Kick Ass, que em 'português' se chamará Kick Ass - Quebrando Tudo. Apesar de já ter entrado em cartaz há uns 15 dias, no Brasil ele só será visto a partir do dia 11 de junho.

O filme é a adaptação da HQ de mesmo nome, do escocês Mark Millar e do norte-americano John Romita Jr. e conta a história de Dave Lizewski (Aaron Johnson) que, encabulado por ninguém nunca ter tentado virar um super-herói, decide vestir uma roupa, adotar uma identidade secreta e ir a luta, literalmente. Adota o nome de Kick Ass ('Chutar o Trazeiro', em tradução literal).

Neste ponto entra a maior diferença em relação as histórias de heróis convencionais. Dave é uma pessoa comum, um nerd para dizer a verdade, que não tem sucesso com as garotas e passa todo o seu tempo livre em uma loja de quadrinhos lendo histórias com seus amigos. Ou seja, nada de poderes especiais ou qualquer coisa do gênero. Toda esta história só podia ter um resultado: ação patética ou violência extrema. Ficamos com o segundo.

Logo na primeira tentativa de virar um herói, Dave é esfaqueado e atropelado. Recuperado, ele tenta de novo e, depois de muito apanhar, consegue salvar a vida de um rapaz, mesmo ao acaso e com muita sorte. O video do "herói sem poderes" cai no You Tube e ele vira celebridade da noite para o dia.

Só que isto não lhe dá poderes, habilidades ou experiência de combate ao crime. Em uma outra investida, Dave esbarra com os interesses de uma corporação do crime organizado, encabeçado por Frank D'Amico (Mark Strong), um chefão que não poupa crueldade. Dave estaria liquidado se não fossem mais dois heróis entrar em cena. O Big Daddy, Damon Macready (Nicolas Cage), e a Hit Girl, Mindy Macready (Chloe Moretz), são pai e filha que chegam para equilibrar a situação.

Nesta hora entra o detalhe que vai deixar até o menos conservador de cabelo em pé. Mindy é nada menos do que uma menininha de 12 anos, mas que em combate se transforma em uma máquina de guerra e não para antes de aniquilar o último bandido. Além de xingar toda hora, a garota 'derrota' os inimigos de uma forma tão violenta que quando entra em cena é difícil ver outra coisa a não ser sangue jorrando pelo chão e paredes. Já na sua primeira aparição, ela acaba com um grupo de oito bandidões, com direito a muita faca atravessando corpos e vôo de pernas multiladas.

A violência é a tônica do filme. Eu que achava que Kill Bill havia passado um pouco dos limites agora tenho um outro patamar de comparação (rsrs). Ou seja, quem não gosta de sangue, dedos multilados a sangue frio ou pessoas sendo rodadas dentro de um micro-ondas até explodir, fique longe das telas. O lado bom para os puritanos de plantão é que o filme deixa bem claro a mensagem: "meninos, não tentem isto em casa".

Como não podia ser diferente, a trama gira em torno da tentativa de Big Daddy e Hit Girl tentar acabar com o bando de Frank, com a ajuda atrapalhada de Kick Ass. No meio ainda aparece Red Misti, Chris D'Amico (Christopher Mintz-Plasse), um quarto 'herói', filho do chefão Frank, que se infiltra para tentar ajudar o pai.

O interessante em Kick Ass é originalidade de trazer o mundo dos super-heróis para a vida real. Neste aspectado a violência tem seu lado positivo, pois o filme mostra que nós somos humanos limitados e qualquer tentativa de combater o crime com as próprias mãos tem 99,9% de chance de acabar em fracasso, ou melhor, morte. Além disto, há várias piadinhas bem boladas, além de cenas que fazem paródias dos filmes de heróis convencionais. Em resumo, uma boa diversão para quem não se importa de ver sangue por toda parte.

domingo, abril 04, 2010

Páscoa de longe

É Páscoa!! Mas Páscoa longe de casa não tem o mesmo gosto. Por mais que você compre um ovo de chocolate, e faça coisas que lembrem o lar. Páscoa longe da família e amigos tem sabor de um dia comum, por mais que não seja. Acho que estar longe de casa vai contra o conceito de dia comemorativo, rsrs.

Enfim, não esqueçamos o valor da Páscoa. Que Cristo ressucitado possa estar no coração de todos e que o coelho possa pular todos os dias de nossas vidas!!

Feliz Páscoa!!

quarta-feira, março 31, 2010

Segurança segura

Duas coisas me fariam viver na Europa para sempre: o baixo preço de carro, roupas, eletrônicos, enfim, bens duráveis, e a segurança. Esta última ainda me chama a atenção e consegue me impressionar profundamente todos os dias, mesmo depois de quase um ano no velho continente.

Mesmo em Londres, cidade que tem cerca de 7 milhões de pessoas, você não se sente nem um pouco inseguro. É maravilhoso poder sair do trabalho quase uma hora da manhã, ir para o ponto de ônibus, esperar tranquilamente, entrar, sentar, ir pensando na vida, totalmente distraído, descer em um bairro afastado, e ir caminhando para a casa sem preocupações.

Ontem ocorreu ainda um fato, comum por aqui, é verdade, mas que impressiona. Logo após descer do ônibus aqui perto de casa, às 1:20 da madrugada exatamente, vi uma mulher, sozinha, sacando dinheiro em um caixa eletrônico. Dois marmanjos passaram por trás dela no momento e ela não não demonstrou nenhuma reação de medo, ou de afobação. Simplesmente continuou a operação.

Infelizmente não podemos dizer o mesmo dos médios e grandes centros do Brasil. Mesmo de carro, a insegurança é frequente. Aqui, ao contrário, você pode andar tranquilamente à noite, bêbado, com 800 libras no bolso (cerca de R$2400,00) sem ficar tenso e nem incerto de que vai chegar bem em casa.

sábado, março 27, 2010

Dúvidas

Não demorou muito para conseguir um emprego aqui em Londres. Quando você procura qualquer coisa normalmente acha na primeira esquina. Foi o que aconteceu. Mas, não obstante as dificuldades do novo desafio, os últimos dias me encheram de dúvidas sobre os caminhos que devo seguir nos próximos meses.

Já não sei mais o que vale a pena e o que não. Ficar sem rumo é o que não dá. Apesar de ter passado dois meses em casa, logo logo completará um ano que estou nesta vida louca, sem ficar raízes de longo prazo em nenhum lugar. Isto cansa e me enche de dúvidas, porque a pergunta: "e aí?", fica no ar. E isto faz me lembrar que na vida não existe caminhos certos ou errados, e sim aquele que a gente constrói.

quinta-feira, março 18, 2010

Ah, as mudanças!!

Mal comecei fazer alguma coisa de útil, depois de um tempo na vida mansa, e eis que já ganho umas férias. Como assim? A minha escola de inglês para uma semana a cada três meses, e eu comecei o curso bem perto da 'entre safra'. Enfim, acho que o destino quer mesmo que eu descanse (rsrs!!) e vamos fazendo isto, até mesmo porque algo me diz que a correria está para começar.

Mas o que isto tem a ver com mudanças, pergunta o leitor sensato? Nada. As mudanças já vieram, e agora o que tenho que fazer é dar prosseguimento a nova vida que elas proporcionaram. Vendo, lendo e ouvindo, porém, me deparo com vários amigos assustados com mudanças, então achei que o tema vem bem a calhar.

Eu morro de medo de mudar. Taí uma afirmação pra lá de verdadeira. O problema é que eu tenho mais medo ainda de ficar estagnado. Então, de vez enquando, eu preciso fazer algumas mudanças na minha vida. Se elas são certas ou erradas, não consigo saber antes de executá-las. Mesmo porque se soubesse, é claro, pegaria o caminho certo. O que posso fazer é apenas seguir a minha intuição e meu coração.

Por que é tão difícil mudar? Porque mudar é dar a cara a tapa. É desistir de uma rotina onde você conhece o caminho. É abandonar uma vida, ou um estilo de vida, que te conforta, já que você faz tudo no automático, e partir para o desconhecido. É trocar o consolidado pelo incerto, não importa o tipo de mudança.

Então por que mudar? Na grande maioria das vezes é porque aquilo que você faz, o estilo de vida que você leva ou o que você costuma fazer não te alegra mais. Por mais que você tente não há como esconder a vontade interna pela mudança.

É necessário mudar? Não sei, depende da pessoa. Tem pessoas que conseguem se resolver sem mudar. Outras que vivem o resto da vida amargas porque não mudaram. Neste caso, quase sempre, falta coragem. Já que mudar é se expor, é entrar em um túnel escuro, é fazer algo que você não sabe onde vai dar, é não saber o que as pessoas vão falar, é não prever onde você estará daqui há alguns dias, meses ou anos, não são todas as pessoas que conseguem pegar outro caminho.

No meu caso, deixei a confortável vida que levava na casa dos meus pais, empregado, fazendo o que queria, na área em que queria, para uma 'aventura' em outro continente. Dúvidas? Milhares. Medos? Um monte. Riscos? Muitos. Garantias? Nenhuma. Parece até uma loucura colocando as coisas deste modo. Mas, às vezes, você percebe que não será completamente feliz se não fizer uma mudança na sua vida. E quando isto acontece eu prefiro mudar do que envelhecer sem saber como teria sido.

Não é fácil. Você ter que lidar com tudo novo, nova vida, novas atitudes e novas pessoas. Ainda vivendo aterrorizado com que as pessoas vão falar se as coisas não derem certo. Ou o que vão falar se derem certo. No caminho muitas dúvidas e incertezas. Vontade de voltar atrás, algumas vezes.

Uma coisa posso dizer: já ralei muito (e vou ralar ainda mais) devido a minha decisão de mudar de país e de vida. Mas mudar é sempre abrir mão de algo em troca de outra coisa maior. Ou seja, se a gente rala, também há o lado positivo. Este compensa tudo. E se no fim nada der certo, pelo menos vou poder sentar na mesa de um bar com os amigos, sem qualquer tipo de amargura, mas feliz, com um copo de cerveja na mão, e contar diversas vezes a história que as mudanças proporcionaram na minha vida. E, discontraído, pelo menos, vou sempre poder dizer: - eu tentei!

sexta-feira, março 12, 2010

Londres depois de um mês

É noite. Madrugrada para falar a verdade. Acabei de comer um congelado comprado por uma libra (cerca de 3 reais) no supermercado. Estou no meu quarto sozinho, dando un rolé básico pela internet. Lá fora, pela janela, tudo está escuro, o céu cor-de-rosa, carregado. As árvores estão sem folhas, tipico de final de inverno aqui no hemisfério norte.

Enfim, esta é minha situação atual, um mês depois de desembarcar em Londres. Confesso que a vida está até muito mais tranquila do que achei que seria. Como aqui é um centro onde as pessoas chegam buscando muito trabalho, parece que todos levam uma rotina agitada. Não é verdade.

O centro da cidade é agitado, como de qualquer metropole. Os bairros, porém, são muito tranquilos, dando a impressão, às vezes, de estarmos em uma cidade no interior de Goiás.

O melhor de morar em Londres é justamente isto. Ter tudo ao nosso alcance, sem a loucura dos grandes centros brasileiros. Aqui tem uma igualdade social muito maior, emprego para todos (e para todos os níveis de escolaridade), muita opção turistica e cultural, várias possibilidades de instrução. As pessoas não vivem inseguras como no Brasil (só, as vezes, em relação ao terrorismo), já que a violência aqui é mínima. Ou seja, um lugar muito bom para morar.

O tranporte público é excelente. É até engraçado, porque hoje o meu professor de inglês, que é londrino, falou na sala de aula que o transporte aqui era muito bom. Achei estranho. Fui procurar nas minhas memórias e percebi que nunca tinha ouvido ninguém falar que o transporte da sua cidade era bom. Pois é. Coisa de brasileiro.

São só algumas primeiras impressões. Veremos quais delas se consolidarão ao longo do tempo, e quais eu terei que mudar nos próximos meses.

sábado, março 06, 2010

Em busca do palhaço

Era noite. Já se passavam das 11 horas quando chegamos ao aeroporto. Estava frio, como de costume, mas nada comparado ao que eu havia me deparado, e sofrido, dois dias antes. Mesmo porque dentro do prédio a temperatura se mantém. O problema era fora.

O embarque só seria às quatro da manhã, o que nos daria tempo. Muito tempo, para falar a verdade. Melhor chegar cedo do que tarde. Ainda mais quando o vôo é internacional e o embarque é em Londres, onde as pessoas são todas muito psicas com segurança.

Naquela hora o problema principal era comida. Ou melhor, a falta dela. Pasmem todos, mas o maior aeroporto da Inglaterra tem apenas uma lanchonete que funciona 24 horas. Aliás, este tipo de comércio não é forte na Europa. Em Londres ainda se pode achar alguns estabelecimentos abertos durante a noite toda. Já na Itália é raríssimo.

Queríamos comer bem (em quantidade, dentro do possível), com o menor gasto de libras. Resposta certa: fast-food. Onde? Eis o problema. Topei o desafio de ir encontrar um Burger King ou um Mc Donald's em um dos cinco terminais de Heathrow.

Para me auxiliar, levei o meu inseparável celular. Novo celular, é verdade, que comprei aqui, com tecnologia 3G, quando percebi que o meu velho companheiro de batalhas não funcionaria mais com estes novos chips. Entrei na internet e busquei a localização de um BK. Me informaram terminal 3. Lá fui eu.

Depois de muito, muito e muito caminhar pelas passagens subterrâneas, elevadores e escadas rolantes, para cima, e para baixo, chego no destino e percebo que tudo, absolutamente tudo, estava fechado. Parecia um front de guerra depois de uma batalha. Isto porque havia muitos corpos espalhados pelo chão. Pessoas que dormiam, esperando pelo chamado, que deveria ocorrer nas primeiras horas da próxima manhã.

Procurei novamente no celular. Descobri que dentro de Heathrow não há fast-foods. Pelo menos é o que informa o site oficial do aeroporto. O que fazer? Como não conseguia realizar uma busca eficiente no site do BK, optei pelo o do Mc Donald's. Descobri um 24 horas logo ali fora, há pouco mais de um quilômetro. Era a nossa única chance.

A região era completamente desconhecida por mim e, nesta hora, já se passava da meia-noite. A única coisa que sabia é que estava em um emaranhado de tuneis e caminhos que levavam por lugares desconhecidos. Tudo ali era gigante e longe. Sair de lá já seria uma maratona. Mesmo assim topei o desafio de ir tentar buscar este lanche, DEUS sabe onde.

Decidi dividir o meu problema em etapas. A primeira era sair do aeroporto e chegar na avenida indicada no meu celular. Para isto precisaria de um ônibus. Fui seguindo as placas até o Central Bus Station, na esperança de pegar algum transporte 24 horas.

Nesta área, porém, Londres é muito bom. Havia vários ônibus por ali, que funcinavam a noite toda. O problema era só achar o certo. Antes de conseguir procurar na internet, eis que para um bem na minha frente. Vi o número da linha, pensei um pouco e entrei. "Ah, o máximo que pode me acontecer é ter que descer, atravessar a rua e pegar ele voltando", raciocinei.

Mas, por sorte do destino, ou proteção divina, não é que ele foi exatamente para onde precisava? E ainda bem que não decidi ir a pé. Não sou louco. Em grandes aeroportos, sair do complexo já é uma grande viagem.

Desci dois pontos depois, logo depois que vi o grande 'M' amarelo. Corri logo em sua direção, em meio ao frio de aproximadamente zero graus, mas logo percebi que estava fechado. Antes do desespero, notei uma faixa que indicava '24 hours drive-throu'. "Ah, vão me atender, nem que tenha que entrar na fila junto com os carros", decidi.

Por sorte não precisei fazer isto. Logo ao lado havia uma janela com atendimento 'walk up', ou seja, para pobres sem carros, como eu. Alegre por conseguir chegar sem erros, passei logo a pensar na segunda etapa: como levar três lanches completos com apenas duas mãos?

O problema maior eram as bebidas. Pedi então uma sacola adicional. O rapaz que atendia não entedeu bem, e ensacou duas vezes o lanche, me dando um suporte para levar os copos. Não conseguiria levar naquele suporte, então, logo que saí, parei em uma mesa externa para colocar os copos dentro da sacola extra.

Ventava muito no momento, e a sacola voou. Sai desesperado atrás da minha única esperança de conseguir carregar tudo. Consegui. Com três sacolas lotadas em mãos fui para a terceira etapa, a volta.

Atravessei a via expressa em meio a muito frio e logo vi o ponto de ônibus. Enquanto analizava o intinerário dos ônibus, eis que o meu passa rápido e nem para. Parar pra que, só tinha eu no ponto? O jeito é esperar o próximo.

Podia pegar várias linhas, mas havia algumas que não podia nem pensar em entrar. Esperei, um, dois, cinco, oito, dez minutos sem nenhum sinal de nada. O frio já penetrava nos meus braços, pernas e rosto. O calor dos hamburguers subia do saquinho e dava um alentos às mãos.

Eis que vejo um ônibus vindo. "Vou ficar atento ao número", pensei. Quando consegui identificá-lo, fiquei na dúvida. Em situações como esta a dúvida é imperdoável. Era um dos meus, mas passou que nem um foguete. Em seguida, vi um outro vindo. Cansado de ficar lá naquele lugar congelante, não pensei duas vezes. Dei o sinal mesmo sem saber. Pensei que não ia parar também, mas o motorista foi gente fina e, mesmo passando do ponto, parou lá na frente. Corri e entrei.

Por sorte, ou proteção divina novamente, ele votaria ao aeroporto. Em poucos minutos estava de volta aos corredores, e escadas. Cheguei vitorioso de volta ao saguão, pouco mais de uma da manhã.

Depois do lanche (Finalmente!!!!!) conversamos e fizemos piadas sobre um indiano (ou coisa parecida) que limpava o terminal a bordo de um carrinho e, ele, pensava estar na Formula 1. Por várias vezes, quase me atropelou.

As quatro e pouco o check-in abriu e despachamos as malas. Destino? São Paulo, Brasil. Fomos até o portão de embarque onde nos despedimos do nosso amigo Marcio. E lá foi ele passar as suas férias no país tropical. Já eu e Eric, demos as costas, fomos até a bus station e iniciamos a viagem de volta para a casa.

domingo, fevereiro 28, 2010

Corrida do Oscar 2010

No próximo domingo, 7, ocorrerá a 82. Academy Awards, ou cerimônia de entrega dos Oscars. Talvez seja a primeira premiação em 15 anos que eu não poderei acompanhar. Com este fuso horário maluco (de Los Angeles para Londres são oito horas de diferença), teria de ficar toda a madrugada acordado. Bem, veremos! De qualquer forma, não poderia deixar de registrar meus palpites. Nada mais do que uma bricadeira que faço todos os anos com os amigos, já que não vi quase nenhum filme. Abaixo a lista com a minha aposta em negrito. E aí, concordas?

Melhor Filme

Avatar, de James Cameron
Um Sonho Possível, de John Lee Hancock
Distrito 9, de Neill Blomkamp
Educação, de Lone Scherfig
Guerra ao Terror, de Kathryn Bigleow
Bastardos Inglórios, de Quentin Tarantino
Preciosa, de Lee Daniels
Um Homem Sério, de Ethan e Joel Coen
Up – Altas Aventuras, de Pete Docter e Bob Peterson
Amor Sem Escalas, de Jason Reitman

Melhor direção
James Cameron (Avatar)
Kathryn Bigelow (Guerra ao Terror)
Quentin Tarantino (Bastardos Inglórios)
Lee Daniels (Preciosa)
Jason Reitman (Amor Sem Escalas)

Melhor ator
Jeff Bridges
George Clooney
Colin Firth
Morgan Freeman
Jeremy Renner

Melhor ator coadjuvante
Matt Damon
Woody Harrelson
Christopher Plummer
Stanley Tucci
Christoph Waltz

Melhor atriz
Sandra Bullock
Helen Mirren
Carey Mulligan
Gabourey Sidibe
Meryl Streep

Melhor atriz coadjuvante
Penélope Cruz
Vera Farmiga
Maggie Gyllenhaal
Anna Kendrick
Monique

Melhor animação
Coraline
O Fantástico Sr. Raposo
(foto)
A Princesa e o Sapo
O Segredo de Kells
Up – Altas Aventuras


Melhor filme estrangeiro
Ajami
El secreto de sus ojos
The milk of sorrow
Un prophète
A fita branca


Melhor direção de arte
Avatar
O mundo Imaginário do Dr. Parnassus
Nine
Sherlock Holmes
The Young Victoria


Melhor cinematografia (ou fotografia)
Avatar
Harry Potter e o Enigma do Príncipe
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios

A Fita Branca

Melhor figurino
Bright Star
Coco Antes de Chanel
O Mundo Imaginário do Dr. Parnassus
Nine
The Young Victoria


Melhor edição
Avatar
Distrito 9
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Preciosa


Melhor maquiagem
Il Divo
Star Trek
The Young Victoria


Melhor trilha sonora
Avatar
O Fantástico Sr. Raposo
Guerra ao Terror
Sherlock Holmes

Up – Altas Aventuras

Melhor canção
Almost there (A Princesa e o Sapo)
Down in New Orleans (A Princesa e o Sapo)
Loin de Paname (Paris 36)
Take it All (Nine)
The Weary Kind (Crazy Heart)

Melhor roteiro original
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
The Messenger
Um Homem Sério
Up – Altas Aventuras


Melhor roteiro adaptado
Distrito 9
Educação
In the Loop
Preciosa
Amor Sem Escalas


Melhores efeitos visuais
Avatar
Distrito 9
(foto)
Star Trek

Melhor som
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Transformers: A Vingança dos Derrotados


Melhor edição de som
Avatar
Guerra ao Terror
Bastardos Inglórios
Star Trek
Up – Altas Aventuras


Melhor documentário
Burma VJ
The Cove
Food Inc.
The Most Dangerous Man in America: Daniel Ellsberg and the Pentagon Papers
Which Way Home


Melhor documentário em curta-metragem
China’s Unnatural Disaster: The Tears of Sichuan Province
The Last Campaign of Governor Booth Gardner
The Last Truck: Closing of a GM Plant
Music by Prudence
Rabbit à la Berlin


Melhor curta-metragem
The Door
Instead of Abracadabra
Kavi
Miracle Fish
The New Tenants


Melhor curta-metragem de animação
French Roast
Granny O’Grimm’s Sleeping Beauty
The Lady and Reaper
Logorama
A Matter of Loaf and Death

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

20 mil X 'thank you'!!

Não me lembro quando eu coloquei no blog o contador de visitantes atual, mas creio que fazem mais ou menos 2 anos. Nestes últimos dias ele passou da casa dos 2o mil. Só tenho agradecer a todos que enobrecem estev espaço com sua visita. Tenho me esforçado muito para escrever coisas úteis, independente do tema. Espero estar conseguindo.

Pobre é foda. Estou em lugar que se chama Mocha Café, próximo a estação da Leicester Square, em Londres. Aqui você pode usar a internet wi-fi de graça (fica a dica). Já estou aqui há várias horas, pois preciso fazer várias buscas pela internet. Minha estadia em um hotel baratinho na zona oeste terminou e hoje fui para um albergue. Espero que seja apenas por esta noite.

Só escrevo agora sobre a minha vinda a Londres porque, até o momento, não havia motivação. É claro que também não tive tempo, porque onde estava não havia internet. Porém, como a minha amiga Erika Lettry, que postou a algumas horas sobre isto, meu humor não estava muito bom desde o momento que saí do Brasil.

Enfim, acho que é uma longa história e não quero entrar muito na minha parte espiritual. Mesmo porque hoje me animei um pouco. Apesar de ficar sem meu quartinho de hotel (o diminutivo não é para parecer mais bonitinho não, rs!), comecei a visitar alguns quartos para mim alugar. Fui em um em Leyton, leste de Londres, e conheci um pouco mais da cidade.

O dono da casa é um inglês e me pareceu muito gente fina. No fim ainda me deu uma carona até a estação. Pela primeira vez eu andei num destes carros ingleses, que tem a direção contrária. Conversei bastante e vi que meu inglês tem evoluído desde que cheguei por aqui. Veremos daqui há alguns meses.

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Qual a sua fobia?

Estava sem assuntos para atualizar meu blog, quando dou de cara com este texto. É engraçado notar que todo mundo tem medo de alguma coisa. Quem não tem (ou acha que não) é só procurar um pouquinho que deve encontrar alguma fobia. Quando os sintomas são intensos, é claro, é necessário uma ida ao psiquiatra mais próximo. Mas se não passa de um medo bobo, é interessante pensar no assunto.

O interessante mesmo, porém, é notar a lista abaixo. Tem fobia para tudo. Até para quem tem medo de sexta-feira, 13 ou de amor. Por outro lado, algumas são bem comuns, como medo de altura (acrofobia), de ficar solteiro(a) (anuptafobia), de voar (aviofobia), de palhaços (coulrofobia), de casamentos (courofobia), do escuro (nictofobia), dentre outras.

E aí, qual a sua fobia?

Fobias

1. Ablutofobia: Medo irracional de lavar roupa ou tomar banho

2. Acrofobia: Medo irracional de altura

3. Agorafobia: Medo de se achar sozinho em espaços abertos, de multidões, de atravessar locais públicos ou de sair de um lugar seguro

4. Ailurofobia (Elurofobia): Medo de gatos

5. Alectorofobia: Medo de frangos

6. Antropofobia: Medo de pessoas

7. Anuptafobia: Medo de ficar solteiro

8. Aracnofobia: Medo de aranhas

9. Atiquifobia: Medo do fracasso

10. Autofobia: Medo de si mesmo ou de ficar sozinho

11. Aviofobia: Medo de voar

12. Caliginefobia: Medo de mulheres bonitas

13. Coulrofobia: Medo de palhaços

14. Cinofobia: Medo de cachorros

15. Gamofobia: Medo do casamento

16. Ictiofobia: Medo irracional de peixes

17. Herpetofobia: Medo de répteis e anfíbios

18. Melanofobia: Medo da cor preta

19. Misofobia: Medo de germes ou sujeira

20. Nictofobia: Medo do escuro ou da noite

21. Ofidiofobia: Medo de cobras

22. Ornitofobia: Medo de pássaros

23. Fasmofobia/Espectrofobia: Medo de fantasmas, monstros e demônios

24. Filofobia: Medo do amor

25. Fotofobia: Medo da luz

26. Parakavedekatriafobia: Medo da sexta-feira 13

27. Pupafobia: Medo descontrolado de marionetes e outros bonecos desengoçados

28. Pirofobia: Medo de fogo

29. Pluviofobia: Medo da chuva

30. Tanatofobia ou Tantofobia: Medo da morte ou de morrer

domingo, janeiro 31, 2010

O que fazia há.....

A vida moderna nos priva de muitas coisas importantes. Uma das principais, ao meu ver, é a reflexão. A gente vive, vive e vive, quase sempre ligado no automático, e esquece de pensar o que viveu. Seja por avaliação, recordação, nostalgia, exemplos ou qualquer outra coisa, recordar o próprio passado é necessário. Então, convido a todos fazer o 'joguinho' abaixo para refletir um pouco sobre a própria vida. É bom para saber se está progredindo ou permanece estagnado. Na pior das hipóteses, ajuda a avivar a memória.

O que fazia há.....

..... 1 semana - 24 de janeiro de 2010

Descansava depois de uma maratona de provas de admissão do Instituto Rio Branco. Pescoço e costas doloridas.

..... 1 mês - 31 de dezembro de 2009

Comemorava a chegada do ano novo, juntamente com meus pais, irmão e amigos.

..... 6 meses - 31 de julho de 2009

Derretia no calor insuportável do verão toscano. Esperava a minha não-renuncia para o reconhecimento da cidadania italiana.

..... 1 ano - 31 de janeiro de 2009

Trabalhava no meu posto de repórter e planejava a minha ida à Italia. Preparava para assumir a coluna de política do jornal, nas férias do meu antigo editor.

..... 2 anos e meio - 31 de julho de 2007

Tinha acabado de voltar de férias do Peru e da Bolívia, e planejava a minha vida futura. No trabalho, estava mergulhado no paradão 'entre-eleições', e esperava pelas sucessões municipais.

..... 5 anos - 31 de janeiro de 2005

Continuava firme e forte na Rádio Universitária, trabalhando nos programas 'Banquete Esportivo' e 'Doutores da Bola'. Era monitor do primeiro e me preparava para assumir a monitoria do segundo. Na espera do início do meu último ano letivo no curso de Jornalismo da Universidade Federal de Goiás (UFG).

E aí, topas a fazer um igual?

quarta-feira, janeiro 27, 2010

Tudo é História!

É tão interessante notar o que pessoas tão perto de nós pensam sobre a nossa história. Uma epidemia de quizzes de início de ano no Facebook mostrou que mesmo duas pessoas que se conhecem profundamente podem não conhecer a história uma da outra.

Como história é fascinante! Tanto que comecei a fazer este curso de graduação em 2002 na UEG, em Anápolis, e, depois de um mês, desisti, logo depois de ser aprovado em Jornalismo na UFG, em Goiânia. Pensei que todos soubessem deste meu estágio em terras anapolinas, mas tive uma surpresa quando alguns arriscaram Direito e Relações Internacionais.

E como eu desejei ter feito Relações Internacionais neste último final de semana. Sentando durante seis horas na sede das Faculdades Alfa, tentei fazer o meu melhor na prova do Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD), do Instituto Rio Branco. O mais difícil para mim foi Direito e Noções de Economia, matérias que eu nunca estudei na vida. Esta última eu deixei quase tudo em branco. Arrisquei só três itens. Não deveria.

O que eu realmente lamentei foi a prova de História. Logo na minha melhor disciplina, os eleboradores foram impiedosos. Foram cobrados assuntos muito específicos, que exige muito mais do que um bom domínio da história geral. Você sabe quem tinha maior população durante a Revolução Industrial, se a Inglaterra ou França? Que a revolução francesa levou à conscrição maciça de homens solteiros entre 18 e 25 anos? Pois é, são alguns exemplos.

O mais estranho é que tudo isto me motiva a estudar cada vez mais, até ficar sabendo de todos estes detalhes. Tenho descoberto muita coisa interessante na História. E pretendo descobrir cada vez mais.

sábado, janeiro 09, 2010

Começo 2010

Sabe quando a gente pensa em 300 temas para começar bem o ano e acaba tendo tantas idéias que se perde e não consegue escrever nada? Acho que este foi o motivo de não ter escrito nada até agora. Nada melhor, então, do que começar com um post falando sobre o início de 2010. Às vezes o obvio é o melhor caminho, rs.

Os dez primeiros dias do ano foram tranquilos. Será que premoniza um ano tranquilo? Só o tempo dirá.

Continuo lendo livros e estudando um pouco. Aliás tenho uma indicação maravilhosa para quem, como eu, gosta de geo-política e história mundial(ou européia, já que aqui no Brasil as duas são quase sinônimos). O nome está a direita, no menu de livros que estou lendo, mas a análise vem só depois que eu acabar de ler. Vai demorar um pouco, já que ele é grande e eu estou indo com calma, lendo várias vezes.

Estou também relendo Dom Casmurro, do grandioso Machado de Assis, já que quando eu li pela primeira vez, com 14 anos, eu não entendi nada. Agora parece uma história tão fácil de entender que eu estou com vergonha do meu 'eu' do passado. Imperdível mesmo é a estrutura narrativa de Machado, que supera os tempos.

PS.: Este blog não será atualizado pelos próssimos 15 dias, pois estarei viajando.
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