quarta-feira, novembro 04, 2009

Barcelona: a cidade 'quase' perfeita

O que falar de Barcelona? Ela é tudo que eu pensava que Bruxelas seria, e vice-e-versa. O que significa isto? Pelo seu tamanho e centro importante da Espanha, achei que a cidade fosse um caos, como quase a totalidade das grandes cidades. Errei feio.

Já Bruxelas pensava ao contrário. Um centro pequeno, de um país minúsculo, reconhecido por sua organização. Tinha esperanças de encontrar uma cidade calma, limpa, bonita, segura e tranqüila. Errei feio.

Meu objetivo, porém, não é comparar duas cidades tão diferentes. Deixarei Bruxelas para um outro post, já explicando porque fiz tanta questão de visitá-la.

Acho que posso resumir Barcelona pela minha chegada. Como já escrevi aqui, meu avião atrasou cinco horas em Treviso e eu cheguei de madrugada a Girona, onde pousam os vôos da Ryanair.

Fui todo o trajeto imaginando como chegaria ao meu albergue, longe do centro da cidade. Tinha três desafios a minha frente. Primeiro, haver ônibus de Girona a Barcelona. Depois, conseguir um transporte público para chegar ao albergue. Por último, o albergue ainda estar aberto, aceitando check-in.

Não me preocupava muito com o primeiro. Como estes transfers do aeroporto para a cidade são orientados pelos horários dos vôos, tinha fé que teria lá um ônibus à espera. E assim foi.

Depois de uma hora e meia de estrada, cheguei a Estação Norte de Barcelona, onde enfrentaria a pior situação: procurar um ônibus para o meu albergue, no meio da madrugada e numa cidade grande e desconhecida.

Na saída já comecei procurar um bom lugar para dormir, ali mesmo no chão da estação, quando me chamou a atenção algumas pessoas que entravam no túnel do metrô. Pensei: “O que estará havendo, já que certamente o metrô está fechado”? É claro, fui atrás.

Que surpresa ao me deparar com a estação aberta e meia dúzia de pessoas comprando bilhetes. Ainda estava incrédulo, mas também fui lá comprar. Passei a catraca e só acreditei que pegaria um metrô as DUAS da manhã quando o trem parou de frente a mim e abriu a porta.

Era sábado, talvez isto explique o horário tardio de funcionamento do transporte público, não sei. Logo que entrei, fiquei mais surpreendido ainda quando eu vi um grupo de jovens cantando e dançado no meio do metrô (é claro, depois de uma biritinha). Alguns dias depois descobri que aquela cena resumi Barcelona.

A capital da Catalunha é cheio de energia. Não só não dorme, como tudo é motivo para festa. Imaginem uma cidade grande, bem arquitetada, com praia e montanha, onde as ruas são tranqüilas, cheia de eventos e belos monumentos.

Lá se destacam as obras do arquiteto Antonio Gaudì, como a catedral da Sagrada Família (ainda em construção, com previsão de término em 2020) e o Parque Güell. Este último é maravilhoso, situado em cima de uma montanha dá para ver toda Barcelona e respirar ar puro. Entre suas subidas e descidas, as obras naturalistas de Gaudì. De tirar o fôlego (e não falo só dos barrancos).

Barcelona é uma cidade ‘quase’ perfeita. Digo ‘quase’ porque um centro de 1,5 milhões de habitantes deve ter algum ponto negativo forte. Não consegui detectar nenhum nos quatro dias que ali fiquei. Roteiro mais do que obrigatório para quem vem a Europa.

2 comentários:

Erika disse...

A gente bem podia bolar um novo roteiro para daqui dois anos, que inclui uns dias em Barcelona, outros na casa do Fellipe e depois o caminho de Santiago..heheh. Bora?...rs

Rodrigo Alves disse...

Este é um post patrocinado pela prefeitura de Barcelona? rs. Estou brincando... Com toda essa propaganda todo mundo vai querer conhecer ainda mais. Abs.

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