sexta-feira, junho 10, 2005

O VII FICA - Parte Um

Olá Pessoas,

É muito difícil sair de um FICA e cair logo numa semana movimentada. Acho que essa é a opinião de todos que conheço, pois ninguém atualizou seus blogs ainda(escrevi isto terça-feira). Outra dificuldade é contar tudo o que ocorreu lá na Cidade de Goiás. Apesar de não ter ocorrido muitas coisas fora do “script”, toda viagem traz surpresas e um certo amadurecimento a todas as pessoas envolvidas. Vou tentar contar um pouco da minha visão do VII FICA. Só lembrando que este relato é apenas uma parte pequena de tudo o que ocorreu lá.

Quarta – Feira

Começamos pelo começo. Quarta, quinta e sexta-feira a maioria do pessoal foi para a oficina do Ismail Xavier sobre Cinema e Literatura Brasileira. Na quarta-feira, Eu, Rodrigo, Ana Carol e Hebert chegamos de Goiânia na hora da oficina. Não posso deixar de falar sobre o nosso palestrante. Coitado!! Nada deu certo para ele. Primeiro, ele não pode usar o telão, e então improvisaram uma televisão. Só que a TV estava muito baixa e ninguém estava vendo nada. Então, após muito atraso, ele requisitou uma caixa de madeira para por a TV por cima, e daí até que ficou bom. Quando começou a mostrar os vídeos, mais um problema. A TV estava sem cor. Com isso ficou o Ismail falando: “Se tivéssemos cor aqui estaria um amarelo profundo e seria outra coisa esta cena.”. Quando nós pensamos que tudo o que poderia dar errado já tinha dado errado, eis que surge o problema do microfone. O aparato de captação sonora começou a dar defeito, e ele parava toda hora para arrumar. Foi umas 10 vezes que isso ocorreu até ele apelar, colocar o microfone em cima da mesa e falar para todos: “Todo mundo consegue me ouvir sem microfone??”. A partir daí ele continuou a falar sem a tecnologia. No final ele iria passar “Cidade de Deus”, mas como o destino é duro, cruel e traiçoeiro, o DVD não rodou por estar fora de área. Nota-se que esta hora já era meio-dia e cinqüenta, ou seja, todos estavam verdes de fome e ele lá querendo porque querendo fazer o vídeo funcionar. Mas não conseguiu(por sorte nossa!!) e ficou para outro dia.

Após a oficina, na porta do Hotel Vila Boa, a primeira grande cena do VII Fica, que iria ficar em nossas memórias por todo o festival. Estávamos eu, Hebert, Ana, Erikita e Rodrigo, esperando o Fellipe e a Gleice conversarem com o professor Bernadet, quando lá dentro do hotel ouvimos um barulho de queda. Quando viramos para ver o que havia ocorrido, vimos o professor Ismail Xavier caído na escada com seus vídeos todos espalhados pelo chão. Até aí, tudo bem, pois o dia do rapaiz já estava horrível mesmo. Só que o mais engraçado foi quando uma professora da FACOMB chegou até aonde nós estávamos e falou: “Nossa, coitado, ele está tão cagadinho hoje!!”. Foi risos por todas as partes.

Enquanto isso, Fellipe e Gleice tentavam convencer o professor Bernadet a escrever uma coluna para a nossa revista. Outra cena. O Fellipe virou para ele e disse: “Pode ficar a vontade, professor!!”, quando ele retrucou: “Eu, ficar a vontade????? Fica a vontade você!!”. Esta cena também foi comentada a exaustão durante o resto do festival. Tudo que a gente falava era: “Eu, (fazer isso)???? (Faz isso) você!!”

Depois fomos até em casa deixar as malas. A casa que alugamos era um bom lugar. Ficava um pouco acima da rodoviária velha. Era um daqueles locais antigos mais acolhedor. Tinha portas e paredes grossas, do tipo da era da escravatura. A casa possuía dois quartos, uma cozinha(que serviu também como quarto) e um banheiro no quintal. Era um local construído em um morro, ou seja, a casa era uma descida. Tinha os dois quartos, descia um pouco, a cozinha, descia mais um pouco, o banheiro e o quintal, que era íngreme. Mas apesar dos pesares gostei muito. Pelo preço que pagamos era uma casa muito boa.

Na quarta-feira o almoço foi lá no restaurante em que quase fomos expulsos no ano passado(ehehehehehe, outra história). Caro e a comida nem era tão boa assim. Só fomos lá porque estávamos desesperados de fome. A tarde eu fui com a Erika tentar adiantar a nossa pauta da revista, e depois fomos assistir alguns filmes. Assisti dois episódios de uma série, um sobre a poluição e outro falando sobre a seca no mar Aral por causa das irrigações que são feitas nas fazendas da região. Este último foi muito bom. Depois subi pra casa e dormi um pouco. A noite fomos até o Morro do Macaco Molhado, point da cidade. Não estava bom. Ficamos lá um pouquinho e fomos embora. Antes de dormir fomos a pizzaria, Eu, Rodrigo, Hebert, Ana e Fellipe. Acho que estou muito descritivo, ehehehehe.

Quinta-Feira

Acordamos “cedo” para a oficina do Ismail Xavier. Eu, o Hebert e a Ana Carol fomos tomar café da manhã em uma pastelaria no mercado central, que acabou se tornando point pela qualidade e preços. MUITO BOM mesmo!! Quando chegamos vi a Ana pedindo pamonha frita. Pensei: “Putz, pamonha frita no café da manhã??”. Mas acabou sobrando e eu não resisti. Pra quê? Só para aumentar meu colesterol, com certeza!! Ahahahahaha!! Não consegui passar nem mais um dia lá sem comer pamonha. Seja ela cozida, frita, ou cozida-frita. Muito bom, pessoal!! Eu recomendo!!

Depois do café da manhã subimos o morro até o Hotel Vila Boa. Ismail Xavier e mais contratempos. Ele estava mostrando uns vídeos e explicando ao mesmo tempo. Teve uma hora que ele pausou a fita, só que ela deu stop por causa do imenso tempo que ele ficou sem mexer no vídeo. Conclusão: o vídeo-cassete desligou e não ligava mais. Daí veio toda a equipe técnica do hotel, para tentar resolver o problema, mexe daqui, vira dali, e nada. Quando já estava todo mundo descrente, o vídeo voltou. Só que apenas ele. Esta hora foi a vez da TV desligar e não ligar mais. Putz, como foi engraçado. O melhor de tudo foi a cara do Ismail. E também o Fellipe com o Rodrigo pondo a culpa na camisa xadrez dele. Na quarta-feira ele foi com uma camisa xadrez que era a mesma que ele tinha usado o ano passado. Mal sabia a gente que ele iria repetir ela na sexta-feira.

Após a oficina, o almoço. Fomos comer num restaurante muito bom de comida goiana por R$9,90 o quilo. Lá descobri que a Erika gosta muito de pequi, ehehehehe. Mas é muito bom mesmo, eu tb adoro.

A tarde chegaram o Scacha, a Maria, a Cris, a Marcela e sua prima. Foi quando eu descobri que estava em uma ótima forma física, pois subi e desci o morro lá de casa três vezes. Este dia eu não assisti nenhum filme. Fui com o Hebert até a sede da UEG para fazer uma matéria sobre a população vilaboense e o FICA. Esperamos muito, mas acabou valendo a pena, pois teve até uma festinha com bolo e refrigerante. E eu consegui por o filme na Nikon N-80, com ajuda da Júlia e a Sabrina. Consegui temporariamente, como eu iria descobrir na manhã de sexta.

Noite de quinta em Goiás. Fomos comer um sanduba em um Pit-Dog que ficava MMMUUIIIITTTOOOO alto. Foi a maior galera. Idéia de Leandro Coutinho, que é vilaboense. Mas valeu a pena, muito bom a lanche de lá. Na volta vimos o final do show com Nilton Pinto e Tom Carvalho. Descobri que enquanto eles fazem uma parte da platéia morrer de rir, a outra nem se mexe. Interessante. Depois sentamos na sargeta(literalmente) na porta do Palácio Conde dos Arcos e ficamos sem nada para fazer. Até então que surgiu a brincadeira do anel. Mas para contar isso eu tenho que apresentar o Aurélio.

Em toda a nossa excursão pela cidade de Goiás havia sempre uma pessoa que nos chamava atenção pela sua semelhança com um ex-professor nosso, o famoso Pedro Plaza. Houve até boatos que ele era irmão dele. E todos nós ficamos curiosos. Na verdade ele era o Aurélio, nem conhecia o Pedro Plaza, mas acabou rendendo boas risadas para nós nesta noite.

A brincadeira era a seguinte: uma pessoa, com o anel, ia passando suas mãos nas mãos do resto das pessoas que estavam sentadas em fila. Daí esta escolhia uma e deixava o anel cair em sua mão. No final ela elegia alguém para descobrir com quem estava o anel. Quem perdesse tinha que pagar uma prenda. A da Paula Lunna foi ter que ir lá no Aurélio, que estava sentado numa mesa conversando com mais duas mulheres, e perguntar se ele era irmão do Pedro Plaza. E não é que ela foi toda animada?? Ehehehehehe. Só que quando ela voltou não esperava as palmas que fez ela ficar vermelha de vergonha.

Fomos mais uma vez no Morro do Macaco, mas acabei ficando pouco de novo. Um estranho sono veio e me consumiu de uma hora para outra. Então deixei as pessoas e segui para a casa, com o Hebert e a Ana Carol. E dormi muito bem, mais uma vez.

é isso, depois eu posto os outros dias....

Para ilustrar uma foto da rua da nossa casa. Ainda tenho que revelar a maior parte das fotos que tirei lá.



até mais a todos, se DEUS quiser....

3 comentários:

Anônimo disse...

Nossa, nem tinha me dado conta do tanto de coisa engraçada que aconteceu. E eu que pensava que esse FICA não tinha sido histórico, me enganei. Mas o trem foi bom, né? Pena que eu fiquei véia e manqueba...rs. Beijitos!!!

Did disse...

nossa.. vc eh bem descritivo mesmo!
Mas vale a pena, nao vale?
É muito bom recordar daquilo que nos fez e faz bem!
O FICA foi ótimo, a casa e a cia tb!
Bjao
Did

Fellipe Fernandes disse...

Que isso, Du? aí vc me complica...rsrsrs depois o Ismail vai falar que fiquei com inveja da camisa dele!!!! Imagina? mas já pensou se a gente tivesse uma vestimenta exclusiva da Maison IX??? ia ser demais, não ía? Enfim...quero ver os outros dias logo. Quase rolo de rir com as lembranças. Ainda bem que elas ficam, não é? Abração.

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