O ex-presidente francês Charles de Gaulle disse uma vez que o Brasil não é um país sério e muita polêmica se criou.
Não sei se podemos generalizar, mas em muitas ocasiões a recíproca é verdadeira.
Como chamar de séria a televisão brasileira que detém o monopólio do futebol brasileiro?
Que passa seis meses promovendo o Campeonato Brasileiro.
Que incentiva a rivalidade e incita o torcedor a assistir o campeonato.
Que passa meses empolgando a todos, prevendo um magnífico desfecho.
Mas que na hora H não transmitiu o jogo que definiu o título do campeonato.
Independente de time A ou time B isto é o maior dos contra-sensos.
Porque quando se inicia o campeonato, são 380 jogos e apenas um define o campeão.
Ou seja, 379 jogos ficam a critério da televisão. Agora o outro é obrigação.
Pois conhecer o campeão não é o motivo maior de existir uma competição?
È claro que, em campeonato de pontos corridos, este jogo não é pré-determinado. Mas, particularmente este ano, todos sabiam quando iria ocorrer.
Não vem a caso discutir os interesses econômicos da televisão. Até porque ela paga caro e os clubes dão carta branca para que ela faça o que quiser.
Mas não transmitir o jogo que dá sentido a toda competição é enganar o torcedor. Ou melhor, o telespectador.
Qualquer que seja o time que esta pessoa torça. Qualquer que seja o time em questão.
Porque, na última quarta-feira, um time deu o ponta-pé inicial como um simples participante e saiu de campo campeão.
E apenas quem foi ao Morumbi ou quem tem pay-per-view assistiram.
O resto do Brasil se limitou a acompanhar pelo rádio e ver as fotos no dia seguinte.
Como querer que isto tudo seja chamado de ‘sério’?
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