segunda-feira, outubro 15, 2007

A arbitragem e o destino do Goiás

A derrota do Goiás por 2 a 1 para o Grêmio, sábado, no estádio Olímpico, em Porto Alegre, determinou a sentença esmeraldina – ou ganha os jogos em casa, ou será rebaixado.

Os próximos compromissos no Serra Dourada são Fluminense, sábado, 20, às 18:10, e Vasco, sábado, 3. Empates não servem, serão péssimos resultados.

Se o Goiás vencer os quatro jogos que tem em casa, escapará da degola (ainda pega o Corinthians e o Internacional). Mas a tarefa está longe de ser fácil. Além do time ser limitado, o fator arbitragem já começou a pesar, o que é normal em toda reta final de campeonato.

Não que tenha algum esquema conspiratório para salvar time A ou B. É que em final de campeonato o árbitro já entra em campo pressionado.

Hoje, Goiás e Corinthians estão empatados em pontos, dividindo a ‘primeira’ posição dos condenados. Vamos pensar em hipóteses. Se o Corinthians for rebaixado por um erro de arbitragem será um escândalo nacional. O ‘coitado’ do árbitro será suspenso e por meses o assunto na mídia esportiva só será este.

Agora se o Goiás vier a cair para a segunda divisão por causa de uma infelicidade do apito, pouco se comentará. É capaz do árbitro voltar a atuar já na outra semana. Por isto, até mesmo para se preservarem, na dúvida a decisão será pró-time grande.

Neste ponto o Atlético-MG, por exemplo, tem vantagem sobre o Goiás. Leão, o técnico do Galo, é rei de criar fatos e reclamar da arbitragem. E o pior, a mídia dá espaço para ele. Eis a resposta a aquele pênalti para lá de duvidoso na partida de sábado, 13, contra o América-RN, quando o time mineiro venceu por 1 a 0.

Em Porto Alegre, o Goiás foi prejudicado duas vezes pela má atuação de Wagner Tardelli (FIFA/SC) – não expulsou o atacante Tuta que, aos 6 minutos do primeiro tempo fez falta violenta no zagueiro Leonardo, além de ter validado o segundo gol tricolor, marcado pelo próprio Tuta depois de atropelar o goleiro Harlei na pequena área. A mídia nacional não esteve nem aí. E nem estará se o Goiás for rebaixado.

Por isto o time terá que jogar o que sabe e o que não sabe se quiser salvar o clube do cruel destino que lhe apresenta. Atuará contra adversários e contra o apito. Terá que sair com os três pontos de cada batalha.

Vale lembrar que, mesmo com todos os erros de arbitragem que já houve e que ainda estiverem por vir, a culpa de um hipotético rebaixamento do Goiás não será da arbitragem, e sim de quem viu aflorar a decadência no Verde e não fez nada: a diretória, principalmente o seu presidente Pedro Goulart.

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Por hora, me desculpem pelo atraso da atualização e, excepcionalmente esta semana, não haverá as rapidinhas. Abraço a todos!!

Um comentário:

Rodrigo Alves disse...

Acho que você, mais que a maioria das pessoas, sabe que a pressão é algo intrínseco das relações humanas. Vide as negociatas políticas que bem conhece. Alías bastidores do mundo do futebol nada mais é do que isso: uma grande politicalha. E dá-lhe pressão nos juízes...

Fugindo um pouco do assunto (desculpe a mensagem padronizada), quando tiver um tempinho, visite o novo projeto que Erika e eu estamos tocando: um blog cultural. Visite www.pluralblog.blogspot.com e divulgue. Se puder, coloque um link no seu blog. Obrigado. Abração.

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