quarta-feira, abril 06, 2011

Se for escrever, pare, leia e pense!

Me irrita ler opiniões do povo em portais de notícias. Confesso que é interessante, já que percebemos facilmente algumas roupagens que podemos vestir 99% das pessoas que ali postam um comentário. O que me deixa indignado, porém, é o alto número de pessoas que acionam a mão antes de ligar o cérebro.

Peguemos este caso do Japão, por exemplo. É muito fácil criticar a energia nuclear neste momento em que você tem milhões de pessoas afetadas por vazamentos radiotivos. O que muitos esquecem, contudo, é que vivemos em um mundo em que a produção sobe a cada ano e que isto vai, automaticamente, demandar novos programas de geração de energia.

O Brasil, por exemplo, tem o projeto de instalação de novas quatro usinas nucleares no Nordeste. A meta é aumentar de 2% para 6% a participação da energia nuclear na matriz energética brasileira. Não é fácil olhar com bons olhos para este projeto, principalmente no atual momento, mas não se pode esquecer que o país tem necessidade de diversificar os meios de produção de energia e aumentar a geração.

É fato que o país possui um grande potencial hidráulico para produção de energia. Isto o coloca como um dos que tem a melhor relação entre geração limpa e suja. É um fato positivo. Não se pode, porém, esquecer as outras formas de geração de energia, senão correremos o risco de virarmos dependentes exclusivos de uma fonte só. Uma grande seca, por exemplo, e todo o potencial hidráulico estaria condenado (como já ocorreu).

O que me irrita profundamente é que há pessoas que não ouve o que fala (ou não lê o que escreve). É capaz de condenar a energia nuclear, criticar Belo Monte, falar mal da poluição gerada pelas termoelétricas e achar ruim se tivermos um novo apagão.

Produção de energia elétrica causa impactos. Cabe a nós decidirmos se vamos conviver com eles ou se tomaremos banho frio.
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